Os preços das casas vão baixar?

finanças

Será 2022 o ano certo para comprar casa?

07 jul 2022 | 7 min de leitura

Os preços das casas vão baixar? Com a pandemia, a guerra e a inflação, os preços das casas não dão sinais de baixar e o mercado imobiliário não prevê/espera uma descida tão cedo. Se está a pensar em comprar casa, fique atento à situação atual com estes números.

Se está à espera do melhor momento para comprar casa, de certeza que já encontrou quem diga que os preços vão descer em breve. Ou talvez já se tenha cruzado com quem diz o contrário: os preços das casas não vão baixar.

 

É difícil fazer previsões. Por isso mesmo, conheça os números e decida por si se está na altura de dar o próximo passo e investir numa nova casa.

 

 

Comprar casa em Portugal

É um exercício de memória: ainda se lembra de como era o mercado de compra e venda de casas em 2009? E arrendar casa? Lembra-se do que aconteceu a muitas empresas de construção durante a crise financeira?

 

Parece um cenário muito distante, mas a verdade é que passaram apenas cerca de 10 anos. Neste período, o mercado imobiliário português mudou profundamente.

 

Abriu-se o investimento em imóveis como uma grande oportunidade, tanto para portugueses quanto para estrangeiros que passaram a ver Portugal como um destino muito agradável.

 

E por falar em destinos agradáveis, o mercado imobiliário também mexeu com as oportunidades para alojamentos turísticos. Em 2021, o Algarve foi escolhido nos World Travel Awards, como Melhor Destino de Praia, a Madeira como Melhor Destino Insular e os Açores como Melhor Destino de Aventura.

 

A recuperação económica impulsionou bastante a venda e compra de casa, uma das razões pela qual em 2021, os bancos emprestaram mais de 15,2 mil milhões de euros em crédito habitação. Em 2013, foram pouco mais de 2 mil milhões.

 

A procura puxou pela oferta e este ano 2022 o preço médio das casas aumentou 12,9% no primeiro trimestre, segundo o INE. O resultado foi um aumento de preços único, tanto para quem queria comprar casa como para quem preferia arrendar, sobretudo nos grandes centros urbanos, como Lisboa, Porto e Faro, onde atualmente é mais caro comprar casa.

 

 

A chegada do COVID-19 ao mercado imobiliário

Os impactos da pandemia no mercado imobiliário notaram-se de imediato. E não tardaram as soluções para ajudar as famílias a lidar com as novas dificuldades.

 

As moratórias chegaram rapidamente para que, quem tinha ficado sem rendimentos e não conseguia pagar os seus créditos, não caísse em incumprimento nem perdesse as suas casas.

 

Houve quem esperasse o pior. Mas aprendemos com o passado.

 

Ao invés de uma crise imobiliária, como a de 2009-2013, até agora, foram protegidas as pessoas que viram os seus rendimentos serem muito afetados pela pandemia.

 

No final de 2020, a compra e venda de habitações tinha caído 5,3% em número, pela primeira vez desde 2012 (segundo o INE), mas tinha crescido 2,4% em valor.

 

Os preços das casas baixaram ou não?

Para o INE, o que aconteceu foi uma desaceleração do crescimento dos preços nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e na Região Autónoma da Madeira, entre abril e junho de 2020 (um horizonte temporal onde os impactos da pandemia seriam notórios).

 

Se está à espera do melhor momento para comprar casa, de certeza que já encontrou quem diga que os preços vão descer em breve. Ou talvez já se tenha cruzado com quem diz o contrário: os preços das casas não vão baixar.

 

É difícil fazer previsões. Por isso mesmo, conheça os números e decida por si se está na altura de dar o próximo passo e investir numa nova casa.

 

 

Comprar casa em Portugal

É um exercício de memória: ainda se lembra de como era o mercado de compra e venda de casas em 2009? E arrendar casa? Lembra-se do que aconteceu a muitas empresas de construção durante a crise financeira?

 

Parece um cenário muito distante, mas a verdade é que passaram apenas cerca de 10 anos. Neste período, o mercado imobiliário português mudou profundamente.

 

Abriu-se o investimento em imóveis como uma grande oportunidade, tanto para portugueses quanto para estrangeiros que passaram a ver Portugal como um destino muito agradável.

 

E por falar em destinos agradáveis, o mercado imobiliário também mexeu com as oportunidades para alojamentos turísticos. Em 2021, o Algarve foi escolhido nos World Travel Awards, como Melhor Destino de Praia, a Madeira como Melhor Destino Insular e os Açores como Melhor Destino de Aventura.

 

A recuperação económica impulsionou bastante a venda e compra de casa, uma das razões pela qual em 2021, os bancos emprestaram mais de 15,2 mil milhões de euros em crédito habitação. Em 2013, foram pouco mais de 2 mil milhões.

 

A procura puxou pela oferta e este ano 2022 o preço médio das casas aumentou 12,9% no primeiro trimestre, segundo o INE. O resultado foi um aumento de preços único, tanto para quem queria comprar casa como para quem preferia arrendar, sobretudo nos grandes centros urbanos, como Lisboa, Porto e Faro, onde atualmente é mais caro comprar casa.

 

 

A chegada do COVID-19 ao mercado imobiliário

Os impactos da pandemia no mercado imobiliário notaram-se de imediato. E não tardaram as soluções para ajudar as famílias a lidar com as novas dificuldades.

 

As moratórias chegaram rapidamente para que, quem tinha ficado sem rendimentos e não conseguia pagar os seus créditos, não caísse em incumprimento nem perdesse as suas casas.

 

Houve quem esperasse o pior. Mas aprendemos com o passado.

 

Ao invés de uma crise imobiliária, como a de 2009-2013, até agora, foram protegidas as pessoas que viram os seus rendimentos serem muito afetados pela pandemia.

 

No final de 2020, a compra e venda de habitações tinha caído 5,3% em número, pela primeira vez desde 2012 (segundo o INE), mas tinha crescido 2,4% em valor.

 

Os preços das casas baixaram ou não?

Para o INE, o que aconteceu foi uma desaceleração do crescimento dos preços nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e na Região Autónoma da Madeira, entre abril e junho de 2020 (um horizonte temporal onde os impactos da pandemia seriam notórios).

 

"O preço dos 'alojamentos familiares' recuou face ao trimestre anterior, mas foi maior, ainda assim, do que entre abril e junho de 2019."

 

Contrariamente ao que aconteceu em 2019, no início de 2021 o crescimento dos preços das habitações voltou a aumentar. Atualmente, os preços das casas estão altos e tão cedo não se prevê uma descida dos mesmos, visto que continua a haver uma grande procura por parte da população.

 

Só uma nova crise conseguiria desestabilizar o mercado imobiliário, baixar a procura e, por arrasto, provocar uma queda de preços.

 

As moratórias não duram para sempre

A moratória de crédito habitação que o Estado abriu aos portugueses logo no início da pandemia fez com que, quem ficou sem rendimentos, não entrasse em incumprimento. Foi uma segurança para quem deixou de conseguir pagar a sua casa.

 

Também os bancos seguiram este exemplo e não só disponibilizaram a moratória para crédito habitação de imediato como a prolongaram depois, em linha com o Governo português.

 

Tudo para salvaguardar as famílias e impedir que se repetisse a última grande crise.

 

Mas com o alívio da pandemia, as instituições de crédito começaram a preparar o fim das moratórias junto dos clientes. Os portugueses que aderiram às moratórias entre 1 de outubro e 31 de março viram estas chegarem ao fim em dezembro de 2021 e os restantes que suspenderam o pagamento das prestações mais cedo em setembro de 2021.

 

 

Mercado imobiliário: Guerra e inflação

Em março de 2022 a taxa de inflação registou um valor de 5,8%, um valor assustador que tem originado muitas complicações em inúmeros setores, sendo o setor imobiliário e o setor da construção os mais afetados.

 

O conflito militar na Ucrânia, veio aumentar os custos das matérias-primas e o preço médio das casas, que já tem vindo a subir desde a saída da troika do país. Este aumento da energia e das matérias-primas reflete-se no abrandamento da atividade, que por sua vez tem levado a uma diminuição da oferta a médio prazo e consequentemente uma subida do custo da habitação.

 

Atualmente com a perda do poder de compra, as restrições nos créditos e as subidas da Euribor, o mercado imobiliário vê-se bastante fragilizado, mas tão cedo não aponta para uma descida de preços das casas.

 

Se em 2021 a previsão da taxa de inflação seria de 1,8%, atualmente a nova previsão aponta para um valor médio de 4%, se não houver um agravamento do conflito atual. Em 2023, está também prevista uma estabilização das taxas da Euribor, no entanto quem quiser comprar casa deve esperar um aumento da fatura de juros.

 

 

Mais tempo em casa, mais crédito para comprar casa

Há outro número que deve conhecer para perceber se vale a pena comprar casa agora.

 

Em junho de 2021, os bancos emprestaram 1 295 milhões de euros para comprar casa (contas do Banco de Portugal). Em junho de 2020, foram 833 milhões. Em junho de 2019, antes da pandemia, foram 848 milhões.

 

O teletrabalho e o fecho das escolas reduziram o espaço de muitas famílias. As divisões tornaram-se pequenas para a exigência das reuniões e aulas online ao mesmo tempo. A casa tornou-se espaço de convívio e descanso, mas também escritório, sala de aula, ginásio...

 

Trabalhar em casa significa que podemos estar em qualquer parte do mundo – desde que exista uma boa ligação à internet. Se escolheu passar o confinamento numa casa de família no interior do país, longe das grandes cidades, sabe do que estamos a falar.

 

É que estar em casa também foi uma barreira aos hábitos de lazer e bem-estar. Quem antes fazia desporto ao ar livre sentiu-se limitado e aproveitar as zonas verdes ao pé de casa também ficou mais difícil.

 

Nas cidades, ter uma varanda, um pátio ou um quintal tornou-se um luxo. Trocar um apartamento em zonas urbanas por uma moradia nos arredores passou a ser boa ideia.

 

Todos estes fatores pesam de outra forma em quem pensa comprar casa atualmente.

 

 

Mais conscientes e mais exigentes

Não foi só a pandemia e a guerra que nos despertaram para novas preocupações. Hoje, exigimos mais do mundo à nossa volta e estamos mais alerta para os problemas que podemos resolver. Problemas como o limite dos recursos que restam no mundo.

 

Portugal é um dos países da União Europeia onde as pessoas passam mais frio em casa e têm maior dificuldade financeira para a aquecer.

 

Quem escolhe construir uma casa de raiz, tem esta realidade em mente. Na hora de escolher os materiais, a preferência pode ser pelos mais sustentáveis tanto para o orçamento familiar como para o ambiente.

 

Mas se está a planear construir casa, saiba que os preços dos materiais estão em alta, fruto da escassez que o setor vive.

 

O que mudou nas casas portuguesas?

Pode não estar para breve uma queda de preços nos imóveis para residência, mas a verdade é que o mercado é imprevisível e tanto a pandemia como a guerra na Europa vieram agitar as águas.

 

Mas o último ano também trouxe outras mudanças.

 

1. Arranjámos soluções criativas em casa

A necessidade é a mãe da invenção. Quem ficou confinado num espaço pequeno, teve de encontrar soluções criativas para continuar a viver, a trabalhar e a estudar entre quatro paredes.

 

Noutros casos, esta foi uma oportunidade para remodelar a casa, pintar uma divisão, alargar outra...

 

2. Nada como respirar ar puro

Até os menos adeptos da natureza valorizam mais estar em espaços abertos. Poder passear ao ar livre, à beira-mar ou no parque da cidade ganhou outra importância no dia a dia.

 

3. À (re)descoberta de Portugal

A pandemia levou muitas famílias portuguesas para as casas de férias e de família, longe dos grandes centros urbanos onde o tempo corre mais devagar e o espaço parece maior.

 

Mas como os portugueses, também os estrangeiros cada vez mais escolhem Portugal, seja para passar férias ou para viver. Este aumento da população estrangeira em Portugal já é um fenómeno que se vem a notar desde 2016, mas que em 2021 duplicou. Estes fatores refletem bastante no aumento da procura de casas em Portugal, o que por sua vez tem influenciado o aumento constante dos preços.

 

Mas nem tudo é mau. Esta grande procura tem proporcionado um impacto positivo no turismo em Portugal e nas economias locais e tem permitido à população portuguesa e estrangeira redescobrir ou até mesmo descobrir pela primeira vez os encantos que o nosso país esconde.

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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