Costuma ficar com a pele vermelha, com comichão e pequenas borbulhas após a exposição solar? É possível que seja alergia ao sol.
A exposição à luz do sol - dentro do horário recomendado e com a utilização de protetor - ajuda o corpo a absorver as vitaminas e nutrientes necessários para que mantenha um funcionamento saudável. No entanto, algumas pessoas têm dificuldades em manter-se ao sol sem ficar com comichão ou pele vermelha. Por regra, significa que desenvolveram uma alergia ao sol.
Se é o seu caso, fique a conhecer os diferentes tipos de alergia ao sol, os sintomas, as causas e o que poderá fazer para aliviar estes episódios.
Uma alergia ao sol ocorre quando uma pessoa desenvolve uma erupção cutânea (e, por vezes, outros sintomas) após a exposição à luz solar. Segundo a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV), a alergia pode variar de leve a grave, podendo causar sintomas mais graves ou limitar as atividades diárias.
A alergia ao sol pode ter origem diversa:
Existem, ainda, doenças cutâneas que agravam com a exposição solar, como a rosácea, o Lúpus eritematoso, a dermatomiosite, o herpes simplex, entre muitos outros.
Segundo a SPDV, estes são os tipos de alergia ao sol comuns:
Lucite estival benigna
É mais frequente nas mulheres jovens, surgindo entre o segundo ou terceiro dia de exposição solar na praia. Por regra, surge nas zonas que estão protegidas do sol, como o decote, dorso ou coxas, e manifesta-se através de uma comichão intensa, vermelhidão da pele e pequenas borbulhas que tornam a pele irregular.
Erupção polimorfa à luz
É uma erupção cutânea pruriginosa (pele vermelha com borbulhas) que surge nas zonas expostas ao sol em jovens adultos. Os sintomas costumam aparecer na primavera e melhoram ao longo do verão, desaparecendo quase por completo no inverno.
Dermatite actínica
É uma fotodermatose rara, que se manifesta mais nos homens com mais de 50 anos. É uma condição inflamatória da pele que deriva da exposição prolongada à radiação ultravioleta (UV) do sol. Essa exposição excessiva e repetida à luz solar pode causar irritação e inflamação na pele, levando ao desenvolvimento de erupções cutâneas, vermelhidão, comichão, descamação e, em alguns casos, bolhas.
Tem um caráter persistente com episódios de agravamento nos meses de verão.
Urticária solar
É desencadeada poucos minutos após a exposição e desaparece espontaneamente à sombra após alguns minutos ou horas. Manifesta-se por comichão, eritema e pápulas, semelhantes a picadas de urtiga.
Os sintomas de alergia ao sol podem aparecer em minutos, horas ou dias após a exposição ao sol. Podem variar de leve a grave, dependendo da quantidade de superfície da pele exposta, do tempo de exposição solar, da intensidade da luz e o tipo de alergia ao sol.
A erupção geralmente ocorre nas áreas que foram expostas à luz solar, podendo surgir noutro lugar da pele.
É raro a alergia ao sol causar sintomas como:
Se está a experienciar um episódio de alergia ao sol deve abandonar a exposição solar, usar protetor solar e roupas frescas, manter-se hidratado e, se necessário, dirigir-se a um médico que possa indicar o melhor tratamento. Pode passar pela aplicação tópica de cremes e pomadas ou pela toma de anti-histamínicos ou corticoides.
Caso tenha reações cutâneas à exposição solar fora do comum e incomodativas aconselhe-se junto do seu médico assistente.
Se os sintomas se agravarem ou forem persistentes, deverá consultar um médico dermatologista, especialista no diagnóstico e tratamento de doenças de pele.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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