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O coliving surge e promete três coisas que hoje valem ouro: casa pronta a entrar, comunidade e alguma previsibilidade nos custos. Mas, como qualquer modelo de habitação, tem o lado bonito e o lado menos romântico.
É um modelo de habitação partilhada em que cada pessoa tem o seu quarto privado, normalmente já mobilado, e partilha uma série de espaços comuns pensados para a comodidade.
Não é apenas “alugar um quarto num apartamento com outras pessoas”. A ideia é criar uma comunidade, com serviços incluídos e um estilo de vida mais flexível.
O modelo espalhou-se primeiro por cidades como Londres, Nova Iorque e Berlim, onde a habitação é cara e as pessoas mudam de cidade com frequência. Hoje, já faz parte da conversa em Lisboa, Porto, Algarve, ilhas e até em projetos rurais no interior do país.
À primeira vista, parece tudo igual: pessoas diferentes a partilhar a mesma casa. Mas, na prática, há diferenças importantes.
Num apartamento partilhado:
Em coliving:
As residências universitárias partilham alguns princípios com o coliving: quartos privados ou partilhados, zonas comuns, cozinha ou cantina, regras de convivência. A diferença está, sobretudo, no público e no tipo de contrato.
Residências estudantis:
Em Coliving:
Apesar de existir em diferentes formatos, o coliving funciona quase sempre da mesma forma. Cada residente tem o seu próprio quarto — já mobilado e, nalguns casos, com casa de banho privativa ou até uma pequena kitchenette — e partilha o resto da casa com os outros moradores. As cozinhas são amplas, pensadas para vários utilizadores ao mesmo tempo, e as salas de estar, terraços, pátios ou zonas de coworking tornam-se o centro da vida diária.
O preço mensal costuma incluir praticamente tudo: renda, contas, internet, limpeza das áreas comuns e acesso às zonas partilhadas. Alguns espaços acrescentam ainda limpeza do quarto e algumas comodidades como ginásios.
Os contratos tendem a ser simples e curtos. A estadia mínima situa-se normalmente entre um e três meses e, em muitos casos, é possível renovar mês a mês ou ajustar a duração sem burocracia.
Alguns colivings funcionam quase como alojamento de longa duração: reservas feitas online, check-in facilitado, pagamentos digitais e uma gestão pensada para quem precisa de flexibilidade.
Os preços dependem da cidade, do tipo de quarto e dos serviços incluídos, mas há intervalos que dão uma orientação:
A mensalidade costuma incluir:
Mas atenção: confirme o que está realmente incluído, já que alguns contratos têm limites de consumo e podem cobrar acertos adicionais se esses limites forem ultrapassados.
A oferta está a crescer e já não se limita a Lisboa e Porto.
Na capital, além de projetos privados como o Co.Lisbon, destaca-se o futuro coliving Beato, no antigo Convento das Grilas, que irá oferecer 84 unidades de alojamento com 137 quartos, cozinhas partilhadas, lavandaria, salas de estar e terraços.
Ainda em Lisboa, a Outsite tem casas pensadas para nómadas digitais, com quartos privados, zonas de coworking e estadias normalmente a partir de uma semana, com descontos para reservas de mais de 30 noites.
No Porto e arredores, há dezenas de opções em plataformas como a Coliving.com ou a Inlife, com quartos mobilados, arrendamentos individuais e preços com tudo incluído, muito orientados para estudantes, jovens profissionais e trabalhadores remotos.
No Alentejo, o Traditional Dream Factory está a transformar um antigo espaço industrial numa aldeia regenerativa com suites, áreas de coworking, eventos e foco forte em sustentabilidade e governação comunitária.
Nos Açores, o Novovento Coliving, na ilha de São Miguel, combina guesthouse, coworking e coliving, com internet rápida, vista para o mar e uma comunidade pequena, mas muito ativa, ideal para quem quer trabalhar rodeado de natureza e mar.
Plataformas globais como a Coliving.com ajudam a agregar muitos destes espaços num só sítio, o que simplifica a pesquisa, comparação de preços e reservas.
Nem todos os espaços são iguais e, mais importante ainda, nem todos vão fazer sentido para o mesmo tipo de pessoa.
Para evitar escolhas por impulso, vale a pena avaliar alguns pontos antes de avançar:
Mesmo sendo um modelo mais flexível, o coliving continua a exigir atenção ao contrato. Há três pontos-chave a confirmar antes de avançar.
O coliving não é apenas uma forma diferente de morar; é uma escolha de ritmo, de companhia e de estilo de vida num momento em que todos procuramos um equilíbrio melhor entre casa, trabalho e comunidade.
Pode ser uma etapa, pode ser uma solução de longo prazo ou apenas uma forma de respirar numa fase de mudança. O importante é que faça sentido para si e que o ajude a viver com mais leveza e menos complicações.
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