Esteja atento e aprenda a gerir a influência do marketing nos seus comportamentos de consumo. Veja como evitar as compras por impulso.
Tem consciência da influência do marketing na sua vida e nos seus hábitos de consumo? Sente que já tomou decisões ou fez compras com base em campanhas apelativas ou por pressão de um vendedor? Sim, o marketing assume muitas formas e nem sempre é um bom conselheiro.
Situações tão banais como as campanhas “leve 3 e pague 2” ou meios mais sofisticados, como um aroma criado para que passe mais tempo numa determinada loja, fazem parte do nosso dia a dia.
Em comum têm o facto de serem instrumentos criados pelo marketing, com o objetivo de influenciar o consumidor. Num dos casos, para levá-lo a adquirir mais produtos do que tencionava. Noutro, para que se sinta confortável num determinado espaço, despertando sensações que acabam por conduzir também à compra de um ou mais artigos.
O cheiro do pão quente a percorrer a vizinhança, um slogan apelativo que nos faz sorrir ou uma música que fica no ouvido são formas de marketing que apelam aos sentidos. E que, por isso, são tão eficazes.
Por vezes o marketing acaba por ser mais subtil, mas nem por isso menos eficaz. Quando, por exemplo, cria mensagens que apelam aos sentimentos mais básicos do ser humano, como o medo e a rejeição da dor ou a procura de prazer e bem-estar.
Quantas vezes já não se emocionou ao ver um anúncio de Natal? Ou sentiu receio perante a ideia de perder os seus bens? Sejam marcas de refrigerantes ou empresas de seguros, todas têm um objetivo comum: a diferenciação, para que, na hora de escolher, sejam as eleitas pelo consumidor.
Isso é mau? Não necessariamente. Todos somos consumidores e, a dado momento, todos fazemos escolhas. Importante é percebermos se, essa influência, nos está a fazer tomar decisões acertadas ou nos “obriga” a adquirir o que não precisamos.
Vejamos, então, alguns dados sobre o marketing e a sua influência na vida das pessoas.
Ter noção da influência que o marketing pode exercer nas suas compras e hábitos faz com que consuma de uma forma mais consciente.
O que é bom para as suas finanças pessoais, mas também para o ambiente, já que muitas vezes estas aquisições são pouco sustentáveis. E acabam no lixo ou a ocupar espaço lá em casa.
O marketing já não se limita à forma como os produtos estão dispostos nas prateleiras dos supermercados - por falar nisso, já reparou quantas vezes os chocolates estão perto das caixas de pagamento? - ou aos patrocínios a eventos como festivais de música e equipas de futebol.
Todos passamos cada vez mais tempo online e quase todas as pessoas têm presença numa rede social. Por isso, as marcas têm apostado cada vez mais no digital. E não apenas com publicações virais ou contratos com influencers, mas também com formas que permitem passar da rede social para a loja online, em poucos cliques.
Se até aqui tínhamos de sair de casa, ver a montra da loja, experimentar o produto, decidir e comprar, agora tudo se passa em poucos minutos e sem sair do conforto do sofá.
A marca x publica um post com as promoções, mas já com um apelativo “comprar”, o que pode ser feito sem sair da aplicação. Basta clicar, pagar e em pouco tempo vai receber em casa o que escolheu.
Um estudo da agência Samy Road, publicado em fevereiro de 2021, indica que 40% das marcas usam as redes sociais para gerar vendas; 30% dos consumidores admitem que fariam compras diretamente através delas.
Outro estudo do grupo Marktest, feito em 2019, revela que os próprios consumidores sabem que o facto de seguirem uma marca nas redes sociais influencia as suas opções de compra. Numa escala de 1 a 10 (sendo que 1 é pouca influência e 10 representa muito), a média das respostas ficou nos 7.2. Ou seja, existe uma consciência da influência do marketing nas compras.
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