Finanças

Pagar a horas pode mudar a economia? O impacto do Compromisso Pagamento Pontual

3 minutos de leitura
Publicado a 22 Dezembro 2025
Reunião entre dois profissionais, num escritório, enquanto um explica dados e a senhora tira notas num caderno

Quando uma empresa não paga a horas, o impacto vai muito além de uma fatura em atraso. Afeta a confiança nas relações comerciais, fragiliza a tesouraria de fornecedores e cria instabilidade no tecido empresarial.

 

Em Portugal, este continua a ser um problema estrutural, com efeitos reais na economia.

 

 

Porque é que pagar a horas continua a ser um problema em Portugal?

Apesar de parecer um princípio básico da atividade empresarial, pagar dentro dos prazos acordados continua longe de ser uma prática generalizada. Dados recentes indicam que cerca de 80% das empresas portuguesas não cumprem os prazos de pagamento, criando um efeito dominó que se sente sobretudo nas pequenas e médias empresas.

 

Os atrasos nos pagamentos geram dificuldades de liquidez, obrigam muitas empresas a recorrer a financiamento para cobrir despesas correntes e aumentam o risco de incumprimento em cadeia. Quando este ciclo se repete, a confiança no mercado enfraquece e a economia torna-se mais vulnerável.

 

 

O que é o Compromisso Pagamento Pontual?

O Compromisso Pagamento Pontual é uma iniciativa nacional que incentiva as empresas a assumirem, de forma pública, o compromisso de pagar aos seus fornecedores dentro dos prazos acordados. Mais do que uma declaração de intenções, trata-se de um movimento estruturado que promove boas práticas de gestão e responsabilidade empresarial.

 

Ao aderirem, as empresas reforçam a sua credibilidade no mercado e contribuem para a construção de uma economia mais equilibrada e sustentável, ajudando a combater práticas enraizadas que fragilizam o tecido empresarial e limitam o crescimento económico.

 

A iniciativa é promovida por entidades como a ACEGE, a CIP, o IAPMEI, a APIFARMA e a Ordem dos Contabilistas Certificados, contando com o apoio do Santander e da Informa DB, que se associa a este compromisso por acreditar que uma economia mais sólida começa em relações comerciais baseadas na confiança e no cumprimento dos acordos.

 

 

O impacto de pagar a horas: mais do que um gesto administrativo

Assumir o compromisso de pagar a horas tem efeitos que vão muito além da gestão interna de uma empresa.

 

Confiança nas relações comerciais

O cumprimento dos prazos de pagamento reforça a credibilidade e a reputação das empresas, criando relações comerciais mais estáveis e duradouras. Num mercado cada vez mais exigente, a confiança é um ativo decisivo.

 

Maior estabilidade financeira

Pagamentos pontuais permitem uma gestão mais previsível do fluxo de caixa, reduzem a necessidade de recorrer a financiamento de curto prazo e contribuem para a sustentabilidade financeira das empresas.

 

Um efeito positivo em cadeia na economia

Quando uma empresa paga a horas, permite que os seus fornecedores façam o mesmo. Este efeito em cadeia é particularmente relevante para as PMEs, que representam uma parte significativa do tecido empresarial português e dependem fortemente da regularidade dos recebimentos.

 

 

Conferência “O impacto de pagar a horas”

No dia 20 de janeiro de 2026, realiza-se no Auditório Santander a conferência “O impacto de pagar a horas”, um momento de reflexão e partilha sobre a importância do pagamento pontual e o seu efeito na economia portuguesa.

 

A conferência reunirá entidades promotoras, empresas aderentes e especialistas, reforçando a importância de mudar práticas e mentalidades no tecido empresarial.

 

As inscrições estão abertas e podem ser feitas através do formulário disponível aqui.

 

 

Mudar a cultura de pagamentos começa em cada empresa

Pagar a horas é mais do que uma boa prática de gestão. É uma decisão que protege empresas, reforça a confiança no mercado e contribui para uma economia mais estável e sustentável.

 

Aderir ao Compromisso Pagamento Pontual é um passo concreto para fazer parte dessa mudança e ajudar a construir um ambiente empresarial mais justo e previsível para todos.

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

Rute Ferreira

Copywriter especializada em finanças

Rute Ferreira

Falo muito, e escrevo ainda mais. Estudei Marketing e Publicidade a sonhar com grandes campanhas, mas foi na escrita que encontrei casa. Hoje, entre cafés pela secretária e gatos a passearem pelo teclado, descomplico temas financeiros complexos e escrevo sempre de pessoas, para pessoas.

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