finanças
Num mundo onde tudo muda à velocidade da luz, a única certeza que existe no mundo dos negócios é… a incerteza. Crises económicas, novas tecnologias, concorrência feroz, alterações climáticas. Se há algo que os imprevistos não dão é descanso.
E é por isso que é tão importante estar preparado. Mais do que reagir a problemas, é preciso antecipar cenários, minimizar impactos e garantir que a empresa continua no caminho certo.
Qualquer negócio, desde uma pequena startup a uma multinacional, precisa de saber lidar com riscos.
Em termos simples, gestão de riscos é o processo de identificar, analisar e controlar ameaças que podem afetar os objetivos de uma organização. Pode ser algo interno, como falhas operacionais, ou externo, como mudanças na legislação, crises geopolíticas ou fenómenos naturais.
Segundo a norma ISO 31000, é um conjunto de atividades coordenadas para lidar com a incerteza. Isto significa que não se trata apenas de “apagar fogos”, mas sim de agir de forma preventiva para minimizar danos antes que eles aconteçam.
E porquê investir tempo nisto? Porque gerir riscos não é só proteger-se de problemas, é também tomar decisões mais confiantes e criar espaço para crescer com menos sustos no caminho.
Imagine o seguinte cenário: uma empresa, que nunca analisa o que pode correr mal, tem um problema com um dos fornecedores, a produção para e os clientes começam a cancelar encomendas. Ou, de repente, surge uma nova lei que obriga a mudanças rápidas no processo produtivo sem que haja tempo para adaptação. É assim que negócios promissores perdem força.
Já uma empresa com uma boa estratégia de gestão de riscos:
Resumidamente, a gestão de riscos aumenta a resiliência, reduz custos com “apagar incêndios” e ainda fortalece a confiança de clientes, parceiros e investidores.
Quando se fala em riscos, é fácil imaginar grandes catástrofes ou crises financeiras. Mas, na prática, eles assumem muitas formas e podem surgir de diferentes áreas da organização.
Conhecer os tipos de riscos é o primeiro passo para perceber quais realmente ameaçam os objetivos do negócio e onde concentrar os esforços.
Para simplificar, podemos agrupá-los em algumas categorias principais:
Agora que já sabe o que está em jogo, vamos ao “como”. A gestão de riscos segue normalmente estas etapas:
1. Definir o escopo e o contexto. Antes de mais, é preciso perceber que tipo de riscos vão ser analisados (estratégicos, operacionais, financeiros?) e em que contexto (projetos específicos ou toda a empresa)
2. Identificar os riscos. Aqui, faz-se um verdadeiro brainstorming para levantar todas as possíveis ameaças. Pode envolver entrevistas com especialistas, análise de histórico da empresa e até consulta a stakeholders
3. Analisar e avaliar. Não basta saber que o risco existe. É preciso medir a probabilidade de acontecer e o impacto que terá. Para isso, muitas empresas usam matrizes que classificam os riscos de baixo, médio ou alto
4. Definir o tratamento. Depois da análise, é hora de decidir o que fazer com cada risco. Normalmente, há quatro caminhos:
5. Monitorizar e rever. A gestão de riscos não é algo que se faz uma vez e fica arrumado. É um processo contínuo, porque novos riscos podem surgir a qualquer momento.
Imagine uma empresa de tecnologia que vai lançar um novo software. Um plano simples de gestão de riscos poderia ter este formato:
Este é um exemplo simples para ilustrar como documentar riscos, priorizar e planear ações ajuda a evitar surpresas desagradáveis. Num plano de gestão de riscos mais completo, também se incluem responsáveis por cada risco, prazos, estado de acompanhamento e datas de revisão, para garantir que o processo é monitorizado de forma contínua.
Pode parecer complexo, mas é mais fácil do que imagina se seguir estes cinco passos gerais:
1. Comece pequeno: escolha um projeto ou processo para testar a abordagem. Não tente abraçar tudo de uma vez
2. Envolva as pessoas certas: gestão de riscos não é só função da direção. Toda a equipa deve estar envolvida, já que cada área conhece melhor os seus próprios desafios
3. Defina critérios claros: estabeleça como vai avaliar a gravidade e a probabilidade dos riscos (por exemplo, uma escala de 1 a 5)
4. Use ferramentas de apoio: um simples Excel pode funcionar no início, mas existem softwares especializados que facilitam o registo, monitorização e atualização dos riscos
5. Crie uma cultura de prevenção: mais do que processos formais, o que realmente faz a diferença é ter uma equipa que pensa de forma preventiva e está atenta a sinais de alerta.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
Obrigado por partilhar a sua opinião!
Se quiser, utilize o campo abaixo para nos dizer mais sobre o que achou deste artigo para nos ajudar a trazer-lhe mais conteúdo útil.
Obrigado por partilhar a sua opinião!
A sua opinião já foi enviada para as nossas caixas de correio e será sem dúvida muito útil para nos ajudar a melhorar.
Empresas
Network e networking: a rede e a prática
Bem-estar
10 livros de desenvolvimento pessoal para ter sucesso
Família
Informação de tratamento de dados
O Banco Santander Totta, S.A. é o responsável pelo tratamento dos dados pessoais recolhidos.
O Banco pode ser contactado na Rua da Mesquita, 6, Centro Totta, 1070-238 Lisboa.
O Encarregado de Proteção de Dados do Banco poderá ser contactado na referida morada e através do seguinte endereço de correio eletrónico: privacidade@santander.pt.
Os dados pessoais recolhidos neste fluxo destinam-se a ser tratados para a finalidade envio de comunicações comerciais e/ou informativas pelo Santander.
O fundamento jurídico deste tratamento assenta no consentimento.
Os dados pessoais serão conservados durante 5 anos, ou por prazo mais alargado, se tal for exigido por lei ou regulamento ou se a conservação for necessária para acautelar o exercício de direitos, designadamente em sede de eventuais processos judiciais, sendo posteriormente eliminados.
Assiste, ao titular dos dados pessoais, os direitos previstos no Regulamento Geral de Proteção de Dados, nomeadamente o direito de solicitar ao Banco o acesso aos dados pessoais transmitidos e que lhe digam respeito, à sua retificação e, nos casos em que a lei o permita, o direito de se opor ao tratamento, à limitação do tratamento e ao seu apagamento, direitos estes que podem ser exercidos junto do responsável pelo tratamento para os contactos indicados em cima. O titular dos dados goza ainda do direito de retirar o consentimento prestado, sem que tal comprometa a licitude dos tratamentos efetuados até então.
Ao titular dos dados assiste ainda o direito de apresentar reclamações relacionadas com o incumprimento destas obrigações à Comissão Nacional da Proteção de Dados, por correio postal, para a morada Av. D. Carlos I, 134 - 1.º, 1200-651 Lisboa, ou, por correio eletrónico, para geral@cnpd.pt (mais informações em https://www.cnpd.pt/).
Para mais informação pode consultar a nossa política de privacidade (https://www.santander.pt/politica-privacidade).