Ter uma casa que funciona (quase) sozinha já não acontece só nos filmes. Conheça o conceito de casa inteligente, bem como as vantagens e desvantagens.
Imagine o seguinte cenário: o despertador toca e, imediatamente, os estores sobem, deixando entrar os primeiros raios de sol da manhã. Ao mesmo tempo, na cozinha, a máquina do café começa a trabalhar, proporcionando-lhe um acordar calmo e relaxado.
Se tiver uma casa inteligente, deixará de ver apenas isto nos filmes. Embora esta ainda seja uma realidade em crescimento, há cada vez mais formas de tornar o seu lar num local mais confortável, seguro e, claro, eficiente.
A evolução da tecnologia trouxe-nos equipamentos inteligentes e que melhoram a nossa vida. São exemplos disso os telemóveis, as televisões e alguns aspiradores.
Numa casa inteligente (ou smart home), estes e outros aparelhos estão ligados não apenas ao proprietário da habitação mas também entre si, em rede.
Tudo isto é possível graças à domótica. O termo resulta das palavras “domus” (casa em latim) e “robótica”. No fundo, a domótica não é mais do que a integração e automatização de todos os dispositivos inteligentes de uma casa num único sistema.
Desta forma, os proprietários têm a possibilidade de controlar a sua casa através do telemóvel ou por comandos de voz, com a ajuda de assistentes virtuais como a Alexa (Amazon), a Siri, (Apple) ou o Google Assistant.
Hoje em dia, existem vários equipamentos à venda que têm a capacidade de integrar uma casa inteligente. Dito por outras palavras, têm a capacidade de se ligar à internet e de comunicar entre si.
Há até formas de fintar os aparelhos que não são inteligentes “nativos” e torná-los mais aptos a viverem neste ecossistema, através de tomadas inteligentes.
De resto, existem opções para todos os gostos: luzes, eletrodomésticos, sistemas de aquecimento, estores, fechaduras, câmaras de segurança e até equipamentos de rega.
Com a instalação de lâmpadas e interruptores inteligentes é possível ter um maior controlo sobre a iluminação da casa.
Pode, por exemplo, programar os interruptores para ligarem e desligarem automaticamente nas horas que escolher ou ajustar a cor e a intensidade das luzes.
Há vários eletrodomésticos que, nos dias de hoje, estão aptos a fazerem parte de uma casa inteligente. Exemplo disso são os robôs de cozinha, aspiradores autónomos, máquinas de lavar louça e roupa controladas pelo telemóvel e até frigoríficos que nos dizem o que precisamos de comprar.
Já imaginou o que seria não ter de transportar as chaves de casa para todo o lado? Com as fechaduras inteligentes é possível. Estes dispositivos permitem abrir as portas de casa com um código gerado na aplicação no telemóvel, com um toque no smartphone ou através de um sensor de presença, através do bluetooth, à semelhança do que já acontece com as chaves de muitos automóveis.
À primeira vista, as tomadas inteligentes funcionam como uma tomada normal, mas têm um pormenor que faz toda a diferença: são controladas pelo utilizador, que decide quando quer iniciar ou interromper o fornecimento de energia.
Estas tomadas permitem tornar alguns equipamentos tradicionais em dispositivos inteligentes, uma vez que só começam a funcionar quando a tomada ligar. E isto pode ser programado previamente.
Quem aposta numa casa inteligente procura, por norma, três coisas: poupança energética, segurança e conforto. Ainda assim, podemos destacar a valorização do imóvel e a poupança nos seguros entre as vantagens de ter uma casa destas.
Todos os meses, as pessoas procuram formas de poupar na fatura da luz. Com uma casa inteligente, este objetivo é mais fácil de alcançar. Basta pensar em alguns dos equipamentos e funcionalidades que já foram referidas.
Pensemos nas lâmpadas: pode ajustá-las para estarem com intensidade de luz a 80% ou 70% em vez de 100% e, assim, poupar dinheiro. Além disso, uma vez que consegue saber através do telemóvel que luzes estão acesas, pode desligar alguma que tenha ficado ligada quando saiu de casa. Outra solução interessante é optar por sensores de presença.
Já no que diz respeito aos eletrodomésticos, pode programá-los para que funcionem apenas em horas de vazio, caso tenha uma tarifa bi-horária ou tri-horária. São pequenos passos como estes que permitem ter uma poupança significativa no longo prazo.
Ter uma casa inteligente permite ter um controlo maior sobre a sua casa, mesmo quando se está longe. Com sensores e câmaras de segurança é possível ver no telemóvel se existe atividade indesejada em casa. Dependendo das funcionalidades, há sistemas de segurança que enviam uma notificação para o proprietário caso alguém se aproxime da casa.
Ainda assim, a segurança vai além da prevenção de assaltos. Pode receber alertas se houver fugas de gás ou inundações.
Quem nunca se esqueceu de um equipamento ligado noutra divisão ou não se lembra se trancou a porta de casa quando já está na cama? Quando isso acontece, só precisa de abrir a app no seu telemóvel para resolver estes problemas.
Além disso, os dispositivos inteligentes podem ajudá-lo a sentir-se mais confortável em casa. Alguns exemplo são:
Uma casa mais eficiente energeticamente, confortável e segura é mais valiosa. Assim, se algum dia pensar em vender o seu imóvel, sabe que poderá rentabilizar o seu investimento.
Além disso, o preço a pagar pelo seguro multirriscos numa casa inteligente pode ser inferior ao que pagaria numa casa tradicional. Afinal, o risco de acidentes é menor se, por exemplo, tiver um sensor de inundação que corta imediatamente o abastecimento de água.
As smart homes também têm algumas desvantagens.
Ao mesmo tempo que é um dos pontos fortes destas casas, a segurança, sobretudo a cibernética, pode ser encarada como uma preocupação. Assim, é importante que se informe bem sobre o nível de segurança contra ataques dos equipamentos que tem em casa.
A dependência da internet também pode configurar-se como um problema, caso haja algum problema na rede ou falha de energia.
Por fim, a rápida evolução tecnológica pode levar a que alguns equipamentos fiquem rapidamente desatualizados e, em alguns casos, deixem de receber atualizações.
Não é fácil dizer quanto custa uma casa inteligente. Tudo depende das suas necessidades e das funcionalidades dos equipamentos que comprar.
Se quer apenas poupar energia é provável que o investimento fique mais barato do que se também apostar em sistemas de segurança ou até de rega para o jardim.
Recomendamos que contacte várias empresas de domótica e explique exatamente o que pretende e qual o valor máximo que está disposto a gastar.
Se está a pensar em investir numa casa inteligente e precisa de financiamento, o crédito pessoal do Santander poderá oferecer-lhe condições vantajosas.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
O que achou deste artigo?
Queremos continuar a trazer-lhe conteúdos úteis. Diga-nos o que mais gostou.
Agradecemos a sua opinião!
A sua opinião importa. Ajude-nos a melhorar este artigo do Salto.
Agradecemos o seu contributo!