bem-estar

Obesidade infantil: seja um agente de mudança

03 ago 2023 | 5 min de leitura

Estudos do ano passado mostram que, em 2022, o número de crianças portuguesas obesas aumentou. Esta aumento, face ao último estudo feito em 2019, apresenta novos desafios na forma como gerimos a alimentação dos mais pequenos e, por conseguinte, influenciamos a sua qualidade de vida.

Estudos do ano passado mostram que, em 2022, o número de crianças portuguesas obesas aumentou.

 

Este aumento, face ao último estudo feito em 2019, apresenta novos desafios na forma como gerimos a alimentação dos mais pequenos e, por conseguinte, influenciamos a sua qualidade de vida.

 

 

Estudo COSI Portugal 2022

O estudo COSI (Childhood Obesity Surveillance Initiative) faz parte de uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde a que Portugal/Europa aderiu desde 2008. Esta foi a 6ª ronda do COSI Portugal, realizada no ano letivo 2021/2022, que visa caraterizar o estado nutricional infantil das crianças portuguesas em idade escolar do 1º Ciclo do Ensino Básico, dos 6 aos 8 anos. O estudo é feito de três em três anos, com o objetivo de se obterem dados comparáveis entre países europeus e monitorizar a obesidade infantil.

 

No estudo COSI Portugal 2022 é apresentada a metodologia do estudo, o estado nutricional infantil, as características do ambiente familiar, os hábitos alimentares das crianças, o ambiente escolar, entre outros indicadores. Como parte das conclusões é de salientar que em 2022, 31,9% das crianças portuguesas entre os 6 e os 8 anos de idade tinham excesso de peso, das quais 13,5% apresentavam obesidade, um aumento face à última avaliação feita antes da pandemia, em 2019.

 

Alguns resultados do estudo efetuado em Portugal em 2022:

 

  • 8.018 crianças das escolas do 1º ciclo do ensino básico português, foram convidadas a participar no estudo, das quais 6.205 foram avaliadas (50,0% raparigas) nas 226 escolas participantes

 

  • Crianças com baixo peso = 1,6%

 

  • Crianças com excesso de peso (pré-obesidade + obesidade) = 31,9% (dos quais 13,5% apresentavam obesidade infantil)

 

  • A região do Algarve foi a que apresentou menor prevalência de excesso de peso (27,7%) e obesidade infantil (11,5%). A região dos Açores foi a que apresentou maior prevalência de excesso de peso (43,0%) e obesidade infantil (22,8%)

 

  • Entre 2008 e 2019, Portugal apresentou consistentemente uma tendência de descida nos números relativos ao excesso de peso e obesidade infantil. Em 2022 esta tendência não se verificou

 

  • Foi registado um aumento de 2,2% no excesso de peso infantil, de 2019 para 2022 (2019: 29,7% para 2022: 31,9%)

 

  • Foi registado um aumento de 1,6% na obesidade infantil (2019: 11,9% para 2022:13,5%)

 

Além do estudo, pode consultar as infografias para uma rápida interpretação dos resultados.

 

O que é a obesidade infantil?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, são consideradas com excesso de peso, as crianças cujo Índice de Massa Corporal (IMC) está entre os percentis 85 e 97, e acima destes valores são consideradas com obesidade. O IMC é usado internacionalmente para relacionar peso e altura num indicador prático para detetar casos de obesidade ou magreza excessiva.

 

Quais são as causas e consequências?

O sedentarismo e a alimentação inadequada são fatores de risco para o desenvolvimento de obesidade. A boa notícia é que são fatores possíveis de controlar e por isso a solução está, na maioria das vezes, nas nossas mãos.
A obesidade infantil está associada ao desenvolvimento de doenças, durante a adolescência e idade adulta, como apneia do sono, diabetes tipo 2, hipertensão e fígado gordo. Os problemas psicossociais (como o bullying) colocam também em causa a saúde mental da criança obesa.

 

Consulte o pediatra e quanto mais cedo for diagnosticado o excesso de peso, mais rapidamente poderá alterar rotinas, dietas e estabelecer metas. O problema pode não ser apenas a alimentação e existirem outros fatores associados. Por exemplo se a leptina (hormona que controla o apetite) estiver desregulada, a regulação do apetite fica comprometida.

 

Principais funções da leptina:

 

  • Controlar o apetite
  • Regular o metabolismo
  • Estimular o gasto energético
  • Regular os níveis de glicose no sangue

 

É importante que procure aconselhamento médico e que a alimentação saudável e o exercício físico façam parte da rotina da criança.

 

 

Alimentação saudável é um desafio?

Manter um estilo de vida saudável, onde se inclui uma alimentação saudável, pode ser um desafio. Podemos querer ir apenas beber um chá a uma pastelaria e somos confrontados com bolos, salgados, doces e outras tentações. Se precisarmos de consumir uma refeição rápida ao almoço é fácil optarmos por alimentos menos saudáveis, processados e com maior índice calórico.

 

Mudar de hábitos é um processo com altos e baixos, e transmitir hábitos mais saudáveis às novas gerações é uma responsabilidade partilhada entre todos.

 

No caso das crianças, os pais e pessoas responsáveis pela educação são agentes de mudança e de passagem de bons hábitos. As crianças aprendem com os exemplos que lhe são passados. Pode procurar informação e dicas no Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável. No site encontra várias dicas que o podem ajudar no desafio da alimentação infantil entre os 0 e os 6 anos.

 

Além disso fala sobre a alimentação saudável para todas as idades e tem receitas saudáveis, nutritivas e que pode fazer com facilidade.

 

Também pode ler o novo guia sobre a ingestão de hidratos de carbono para adultos e crianças, publicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Reeducação alimentar: vamos a isso!

A reeducação alimentar é a mudança de hábitos e comportamentos perante a comida e uma ferramenta essencial para a perda e controlo de peso.
É importante que procure uma consulta de nutrição infantil, para que um médico avalie a saúde e as necessidades nutricionais da criança e acompanhe o processo de perda de peso.

 

Algumas dicas na reeducação alimentar:

 

1. Não saltar refeições
2. Comer pouca quantidade, mas várias vezes ao dia
3. Evitar processados, gorduras, doces e refrigerantes
4. Comer frutas e legumes
5. Comer devagar e mastigar bem
6. Beber muita água
7. Não estar sempre a petiscar

 

Seja parte ativa da solução

Seja o modelo a seguir e parte ativa da solução perante os mais pequenos. Algumas dicas que podem ajudar:

 

  • Estimule a alimentação saudável (maior ingestão de legumes e frutas, diminuição do açúcar e dos processados)
  • Não use a comida como recompensa
  • Dê a escolher alternativas saudáveis (entre duas peças de fruta, por exemplo, e não entre um gelado e uma maçã)
  • Opte por não ter doces e processados em casa
  • Estimule a prática de exercício físico (cerca de 30 minutos diariamente)
  • Mantenha a coerência e não desista.

 

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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