Bem-estar

Alterações climáticas: posso fazer a diferença!

4 minutos de leitura
Atualizado a 10 Novembro 2025
chaminés a emitir fumo para a atmosfera

Em 2025, o planeta continua a bater recordes de calor. Março foi o mais quente de sempre na Europa desde que há registos, confirmando a tendência de aquecimento que já tinha marcado 2024 como o ano mais quente do mundo. As temperaturas médias continuam a aproximar-se perigosamente do limite de +1,5 °C face à era pré-industrial, enquanto os níveis de gases com efeito de estufa, o aumento do nível do mar e o calor acumulado nos oceanos atingem novos máximos.

 

Mas afinal, o que significam estas alterações e de que forma estão a mudar o nosso dia a dia? É isso que vamos explorar neste artigo.

 

 

O que são as alterações climáticas

Segundo o Dicionário do Desenvolvimento, as alterações climáticas são definidas como variações no clima que persistem durante décadas ou períodos superiores. Surgem devido a causas naturais, forças externas ou a atividades humanas com efeitos sobre a composição da atmosfera. Provocam mudanças no meio físico e nos seres vivos e comprometem os ecossistemas, o funcionamento de sistemas socioeconómicos, ou a saúde e o bem-estar humanos.

 

 

Consequências das alterações climáticas

As consequências estão cada vez mais presentes e transformam-se em ameaças sociais, para as empresas e territórios.

 

 

Pessoas (saúde e bem-estar)

  • Mais ondas de calor: golpes de calor, agravamento de doenças cardiovasculares e respiratórias, maior mortalidade em idosos e crianças
  • Qualidade do ar pior: crises de asma, alergias
  • Novas ameaças sanitárias: doenças transmitidas pela água/alimentos
  • Stress térmico: menor produtividade, maior risco para trabalhadores ao ar livre.

 

 

Economia (custos e estabilidade)

  • Seguros e património: prémios e exclusões sobem em zonas de risco; danos em casas/infraestruturas por cheias, tempestades e fogo
  • Agricultura e água: secas e eventos extremos reduzem produtividade, encarecem alimentos e irrigação
  • Energia: picos de procura (arrefecimento no verão), pressão sobre redes; volatilidade de preços
  • Turismo: perda de dias “confortáveis” em certas regiões/épocas; pressão sobre destinos costeiros.

 

 

Natureza (sistemas físicos e ecossistemas)

  • Mais extremos: cheias repentinas, tempestades intensas, secas prolongadas
  • Perda de biodiversidade: habitats deslocam-se ou colapsam; espécies invasoras proliferam
  • Oceanos: aquecimento e acidificação afetam pescas e cadeias alimentares; subida do nível do mar acelera erosão costeira
  • Solos: degradação e menor capacidade de reter água → mais erosão e deslizamentos.

 

 

O caso preocupante de Portugal

Portugal é um hotspot climático mediterrânico e as alterações climáticas são cada vez mais uma prioridade nacional. Estamos numa zona geográfica de maior vulnerabilidade aos efeitos adversos das alterações climáticas. Temos mais exposição a secas prolongadas, incêndios rurais, stress hídrico e erosão costeira.

 

Quais são os perigos desta exposição?

  • Desertificação
  • Seca
  • Fogos florestais
  • Erosão da linha de costa devido à subida do nível médio do mar
  • Diminuição da produtividade agrícola
  • Propagação de doenças transmitidas por insetos.

 

 

Efeito bola de neve

Estes impactos acumulam-se e estão interligados:

 

Se há mais calor, mais procura de energia, mais pressão na rede e nos custos; menos água, menor produção agrícola, alimentos mais caros.

 

Ao prevenirmos estes danos, reduzimos emissões e consequentemente abaixamos riscos e custos futuros.

 

 

Como combater as alterações climáticas

Na última década temos assistido a alterações preocupantes e é urgente que se alterem hábitos e não se ignore este assunto.

 

A sensibilização para as alterações climáticas deve existir desde a escola. Estimular a educação ambiental é saber educar para a cidadania. A Direção-Geral da Educação (DGE), em colaboração com outros organismos e instituições públicas e com diversos parceiros da sociedade civil, desenvolveu o Referencial de Educação Ambiental para a Sustentabilidade.

 

A nível europeu: Fit for 55, ETS alargado, metas de renováveis e eficiência, e padrões mais exigentes para edifícios e transporte.

 

 

O que posso e devo fazer para ajudar a que a mudança aconteça

Pode adotar a política dos 3Rs: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

 

Reduzir é gerar menos lixo desde o início. Como? Evite desperdícios e escolhas supérfluas: opte por embalagens maiores em vez de várias pequenas, use o papel frente e verso, receba faturas por e-mail e leve sempre o mesmo saco às compras.

 

Reutilizar prolonga a vida dos objetos. Dê uma segunda função ao que já tem: garrafas e frascos podem ganhar novos usos; uma lata transforma-se num porta-lápis e uma garrafa num vaso.

 

Reciclar devolve os materiais ao ciclo de produção. Separe corretamente o lixo nos contentores apropriados; assim, menos resíduos vão para aterro e mais matérias-primas voltam a ser aproveitadas.

 

Além destes três pontos:

  1. Mobilidade mais limpa (comece por dois dias por semana). Troque o carro pelos transportes públicos ou pela bicicleta nas deslocações curtas e em rotas planas, e combine com a partilha de boleias sempre que possível. Se estiver a pensar trocar de carro, avalie a opção de um veículo elétrico, tendo em conta os custos totais e os incentivos disponíveis

  2. Energia em casa (eficiência primeiro, depois produção). Comece por reforçar o isolamento e as vedações, ajustar o termóstato (menos 1 °C no aquecimento e mais 1 °C no ar condicionado), trocar lâmpadas por LEDs e gerir melhor o uso dos equipamentos. Apostar na eficiência energética, seja em edifícios, eletrodomésticos ou outros sistemas, é a base para reduzir consumos e emissões. Quando viável, o autoconsumo fotovoltaico é um passo seguinte que permite reduções estruturais na fatura e na pegada de carbono

  3. Alimentação e desperdício. Planear as refeições e armazenar corretamente os alimentos para reduzir o desperdício é um dos maiores “quick wins” para o ambiente e para o bolso. Inclua mais refeições vegetais ao longo da semana e, sempre que possível, escolha produtos sazonais e de origem local

  4. Consumo consciente. Prefira produtos duráveis em vez de descartáveis, repare e reutilize o que já tem, e evite a fast fashion e as compras por impulso. Pequenas mudanças nos hábitos de consumo fazem uma grande diferença a longo prazo

  5. Participação e resiliência local. Informe-se e participe em iniciativas como os planos municipais de adaptação, o orçamento participativo ou as associações de bairro. Esteja também preparado para fenómenos extremos, como ondas de calor, cheias ou incêndios, seguindo as recomendações das autoridades e reforçando a segurança da sua casa e comunidade.

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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