Num mundo tão dependente da eletricidade, um apagão deixa muito mais do que a casa às escuras. Quando acontece, é preciso estar preparado. Saiba como agir.
Portugal ficou às escuras depois de um apagão geral que afetou a rede elétrica da Península Ibérica. Semáforos desligados, transportes parados, lojas encerradas, filas nos postos de combustível e muita gente sem rede ou internet, este foi o cenário que muitos portugueses viveram durante várias horas.
E agora que a luz voltou, há duas perguntas que ficam no ar: o que se deve fazer durante um apagão? E o que acontece à comida que estava no frigorífico? Vamos por partes.
Quando falha a eletricidade, o primeiro impulso é procurar velas ou carregar o telemóvel. Mas há alguns atos simples que podem fazer toda a diferença até tudo voltar ao normal:
Parece básico, mas manter a cabeça fria é o primeiro passo para agir com clareza. Evite deslocações desnecessárias, especialmente de carro - os semáforos podem não estar a funcionar e as estradas tornam-se perigosas.
Desligue da tomada todos os equipamentos eletrónicos, principalmente os mais sensíveis (TV, computadores, micro-ondas, carregadores…). Se possível, desligue mesmo o quadro elétrico para evitar que sofram danos quando a luz voltar, sobretudo se houver picos de tensão.
Numa situação de apagão, nem sempre conseguimos contar com o telemóvel ou a internet - muitas redes falham juntamente com a eletricidade. Ter um rádio portátil a pilhas é uma forma segura de continuar a receber informações oficiais e acompanhar a evolução da situação.
Durante o último apagão, muitos ficaram também sem rede móvel, o que deixou a maioria incontactável. Mesmo assim, é importante conservar bateria para quando as comunicações forem restabelecidas. Use o telemóvel apenas para o essencial e ative o modo de poupança máxima. Se tiver um computador portátil carregado, pode usá-lo como “bateria extra” para carregar o telemóvel. Ter bateria no telemóvel pode fazer a diferença entre ficar incontactável durante horas ou conseguir dar notícias assim que for possível.
Cada vez que abre a porta, o frio escapa. Um frigorífico fechado pode manter os alimentos seguros durante cerca de quatro horas; o congelador, se estiver cheio, pode aguentar até 48 horas.
Nunca é tarde para estar preparado. Um bom kit inclui lanternas, pilhas, power banks carregados, um rádio a pilhas, água engarrafada, comida enlatada, papel higiénico e alguns medicamentos básicos. Pode parecer exagero… até ser preciso.
Veja, com mais detalhe, o que deve conter o Kit de Emergência da União Europeia.
A luz voltou, mas convém não ligar tudo ao mesmo tempo. Faça uma recuperação faseada: comece pelas luzes e frigorífico, e só depois ligue outros aparelhos. Deste modo, evita sobrecargas elétricas.
E atenção à comida: se a energia esteve cortada durante várias horas, há alimentos que podem já não estar em condições. Veja, de seguida, o que ainda pode ser aproveitado e o que deverá ser descartado.
A perda de energia levanta uma questão séria: será que a comida no frigorífico ainda está segura?
Importa referir que, se abriu a porta várias vezes, este tempo poderá ter sido reduzido.
Alguns alimentos não precisam de frio e continuam seguros:
Há alimentos que, se ficaram mais de quatro horas acima dos 5 °C, já não são seguros:
Mesmo que não cheirem mal, podem estar contaminados. Se tiver dúvidas, o melhor é deitar fora. É mais seguro do que arriscar uma intoxicação alimentar.
Se algum eletrodoméstico deixou de funcionar depois do apagão, verifique se está dentro da garantia ou se tem seguro que cubra danos elétricos. Contacte rapidamente a marca ou a seguradora para dar seguimento ao processo; quanto mais cedo sinalizar o problema, melhor.
Mesmo quando tudo volta ao normal, um apagão serve de lembrete: estar preparado é a melhor forma de proteger o que importa.
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