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Apagão nacional: o que fazer e como salvar o que tem no frigorífico

05 mai 2025 | 3 min de leitura

Num mundo tão dependente da eletricidade, um apagão deixa muito mais do que a casa às escuras. Quando acontece, é preciso estar preparado. Saiba como agir.

Portugal ficou às escuras depois de um apagão geral que afetou a rede elétrica da Península Ibérica. Semáforos desligados, transportes parados, lojas encerradas, filas nos postos de combustível e muita gente sem rede ou internet, este foi o cenário que muitos portugueses viveram durante várias horas.

 

E agora que a luz voltou, há duas perguntas que ficam no ar: o que se deve fazer durante um apagão? E o que acontece à comida que estava no frigorífico? Vamos por partes.

 

 

O que fazer durante um apagão?

Quando falha a eletricidade, o primeiro impulso é procurar velas ou carregar o telemóvel. Mas há alguns atos simples que podem fazer toda a diferença até tudo voltar ao normal:

 

1. Fique calmo e proteja-se

Parece básico, mas manter a cabeça fria é o primeiro passo para agir com clareza. Evite deslocações desnecessárias, especialmente de carro - os semáforos podem não estar a funcionar e as estradas tornam-se perigosas.

 

2. Desligue os aparelhos elétricos

Desligue da tomada todos os equipamentos eletrónicos, principalmente os mais sensíveis (TV, computadores, micro-ondas, carregadores…). Se possível, desligue mesmo o quadro elétrico para evitar que sofram danos quando a luz voltar, sobretudo se houver picos de tensão.

 

3. Mantenha-se informado

Numa situação de apagão, nem sempre conseguimos contar com o telemóvel ou a internet - muitas redes falham juntamente com a eletricidade. Ter um rádio portátil a pilhas é uma forma segura de continuar a receber informações oficiais e acompanhar a evolução da situação.

 

4. Poupe bateria do telemóvel

Durante o último apagão, muitos ficaram também sem rede móvel, o que deixou a maioria incontactável. Mesmo assim, é importante conservar bateria para quando as comunicações forem restabelecidas. Use o telemóvel apenas para o essencial e ative o modo de poupança máxima. Se tiver um computador portátil carregado, pode usá-lo como “bateria extra” para carregar o telemóvel. Ter bateria no telemóvel pode fazer a diferença entre ficar incontactável durante horas ou conseguir dar notícias assim que for possível.

 

5. Não abra o frigorífico ou o congelador

Cada vez que abre a porta, o frio escapa. Um frigorífico fechado pode manter os alimentos seguros durante cerca de quatro horas; o congelador, se estiver cheio, pode aguentar até 48 horas.

 

6. Prepare (ou reveja) um kit de emergência

Nunca é tarde para estar preparado. Um bom kit inclui lanternas, pilhas, power banks carregados, um rádio a pilhas, água engarrafada, comida enlatada, papel higiénico e alguns medicamentos básicos. Pode parecer exagero… até ser preciso.

 

Veja, com mais detalhe, o que deve conter o Kit de Emergência da União Europeia.

 

 

O que fazer depois do apagão?

A luz voltou, mas convém não ligar tudo ao mesmo tempo. Faça uma recuperação faseada: comece pelas luzes e frigorífico, e só depois ligue outros aparelhos. Deste modo, evita sobrecargas elétricas.

 

E atenção à comida: se a energia esteve cortada durante várias horas, há alimentos que podem já não estar em condições. Veja, de seguida, o que ainda pode ser aproveitado e o que deverá ser descartado.

 

 

Frigorífico sem luz: o que comer e o que deitar fora?

A perda de energia levanta uma questão séria: será que a comida no frigorífico ainda está segura?

 

Quanto tempo aguentam os alimentos?

  • Frigorífico fechado: segura os alimentos por até quatro horas
  • Congelador cheio: mantém os alimentos congelados por até 48 horas
  • Congelador meio cheio: reduz para cerca de 24 horas.

 

Importa referir que, se abriu a porta várias vezes, este tempo poderá ter sido reduzido.

 

O que pode ser salvo?

Alguns alimentos não precisam de frio e continuam seguros:

 

  • Manteiga e margarina
  • Manteiga de amendoim
  • Compotas e conservas
  • Frutas inteiras (banana, maçã, tomate)
  • Alimentos com alto teor de ácido (mostarda, picles, ketchup)
  • Queijos duros (parmesão, cheddar ou mais processados)
  • Legumes como batata, cebola ou alho
  • Café, mel, chocolate, pão
  • Sumos de fruta e vegetais que estejam fechados.

 

O que deve ser descartado?

Há alimentos que, se ficaram mais de quatro horas acima dos 5 °C, já não são seguros:

 

  • Carnes (cruas ou cozinhadas)
  • Peixe e marisco
  • Leite fresco, natas, queijos frescos
  • Ovos
  • Saladas prontas ou frutas cortadas
  • Vegetais já cortados e cozidos
  • Queijos moles (como brie, camembert e queijo creme)
  • Molhos com ovos (ex: maionese)
  • Sobremesas com natas ou ovos crus.

 

Mesmo que não cheirem mal, podem estar contaminados. Se tiver dúvidas, o melhor é deitar fora. É mais seguro do que arriscar uma intoxicação alimentar.

 

 

Apagão e eletrodomésticos: o que fazer se ficaram danificados

Se algum eletrodoméstico deixou de funcionar depois do apagão, verifique se está dentro da garantia ou se tem seguro que cubra danos elétricos. Contacte rapidamente a marca ou a seguradora para dar seguimento ao processo; quanto mais cedo sinalizar o problema, melhor.

 

Mesmo quando tudo volta ao normal, um apagão serve de lembrete: estar preparado é a melhor forma de proteger o que importa.

 

 

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