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Finanças
Usar o cartão multibanco fora de Portugal não funciona da mesma forma que usar o cartão cá dentro. Há países onde tudo corre exatamente como espera e outros onde o cartão pode falhar, aplicar taxas mais altas ou ter limitações que muitas pessoas só descobrem quando já estão a tentar pagar.
Este artigo serve para esclarecer o que pode ou não fazer com o seu cartão de multibanco no estrangeiro.
Vamos começar por desfazer um mito: a “rede Multibanco” existe apenas em Portugal. O que se leva na carteira não é “um cartão multibanco” em abstrato, mas sim um cartão associado a uma ou mais redes de pagamento.
Perceber esta diferença ajuda a entender por que razão o cartão pode ter comportamentos diferentes fora de Portugal.
Em Portugal, quando se usa o cartão de débito para pagar ou levantar dinheiro, na maior parte dos casos está a usar a rede Multibanco.
Fora de Portugal, o que interessa já não é o Multibanco, mas sim se o cartão tem uma marca internacional, como:
É isso que vai determinar se o cartão funciona ou não.
No estrangeiro, pagar com cartão e levantar dinheiro não são operações equivalentes. Funcionam de forma diferente e têm impactos distintos na forma como a transação é processada pela rede internacional.
Quando se fala em taxas cobradas pela utilização de cartões no estrangeiro, estamos geralmente a somar três tipos de custos:
Vamos por partes.
O custo de usar o cartão no estrangeiro depende muito da região onde está a fazer a operação.
Essencialmente, o mundo divide-se em três zonas, e cada uma tem regras próprias que influenciam o valor final que paga.
Sempre que paga fora da zona euro há uma conversão de moeda, que pode acontecer de duas formas:
Quando se fala em comissões de levantamento no estrangeiro, independentemente do banco, o padrão costuma ser parecido:
Por isso se diz, com razão, que levantar dinheiro no estrangeiro deve ser uma operação pontual e bem planeada, não algo que se faz todos os dias como em Portugal.
Quando paga com cartão em países cuja moeda não é o euro, surgem normalmente dois tipos de custos adicionais:
No final, o valor debitado em euros tende a ser superior ao preço mostrado no terminal na moeda local — é aqui que se percebe o chamado “custo escondido” de pagar fora da Zona Euro.
Cada banco tem o seu preçário. Se estiver a comparar as comissões de levantamento no estrangeiro, vai encontrar estruturas semelhantes, mas não necessariamente os mesmos valores.
Em geral, os bancos tradicionais:
○ Levantamentos fora do EEE
○ Levantamentos com cartão de crédito
○ Pagamentos em moeda não euro.
No caso do Santander, por exemplo, é habitual existir:
○ Percentagem sobre o montante
○ Possível valor fixo por operação
○ E imposto do selo sobre a comissão.
Como estas condições podem mudar, o mais seguro é sempre consultar o preçário em vigor ou o simulador de comissões do banco antes de viajar.
Certamente já ouviu falar na Wise e Revolut. São soluções muito atrativas para quem viaja com frequência, porque:
Mas convém também olhar para o outro lado da moeda:
Por isso, estes cartões funcionam muito bem como complemento ao banco principal, não tanto como única solução para tudo.
Depende. A maioria dos cartões portugueses funciona no estrangeiro, mas há situações em que podem falhar, sobretudo se tiver apenas o logótipo Multibanco ou se o banco bloquear a operação por motivos de segurança.
Quando isso acontece, o impacto no dia a dia pode ser este:
Para evitar surpresas, é prudente confirmar se o cartão tem marca internacional, verificar se está ativo para uso no estrangeiro e levar pelo menos dois cartões de bancos ou redes diferentes.
Reduzir custos não exige decorar preçários ao detalhe. Basta adotar alguns hábitos simples que fazem diferença numa viagem:
A segurança do cartão é tão importante quanto evitar comissões. Quando se viaja, pequenos cuidados fazem toda a diferença para prevenir fraudes, bloqueios inesperados ou perdas difíceis de resolver longe de casa. Antes e durante a viagem, vale a pena adotar algumas práticas simples:
Então já sabe, se vai viajar, consulte sempre o preçário atualizado do seu banco e, se possível, teste o cartão antes de partir.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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