DSTI: o que é, como se calcula e porque pode travar o seu pedido de crédito

2 minutos de leitura
Publicado a 23 Junho 2025
 imagem de senhor com telemóvel e calculadora a calcular a DSTI

Está a pensar pedir um crédito e ouviu falar em DSTI? Este indicador pode ser o que separa um “crédito aprovado” de um “pedido recusado”. E se passar dos 50%, a coisa complica-se.

DSTI. Apresentamos-lhe mais uma sigla a juntar-se às muitas que surgem quando se pede um crédito. Mas esta tem um peso especial: ajuda o banco a perceber se consegue pagar as suas prestações mensais sem se afundar em dívidas. Se o valor for demasiado alto, o mais provável é que o crédito não passe da análise.

 

 

O que é o DSTI?

DSTI é a sigla de Debt Service-to-Income. Em bom português, traduz-se na relação entre aquilo que paga em créditos todos os meses e o rendimento líquido que recebe. Ou seja, é o indicador do esforço financeiro que faz (ou vai fazer) para manter os seus empréstimos em dia.

 

Este rácio é uma recomendação do Banco de Portugal, que serve de guia para os bancos decidirem se devem ou não aprovar um novo crédito.

 

A ideia é simples: quanto mais alto for o seu DSTI, maior o risco de não conseguir pagar o que deve. Nesse sentido, há limites impostos para garantir que o crédito é sustentável tanto para si como para o sistema financeiro.

 

Esta recomendação aplica-se a novos contratos celebrados a partir de julho de 2018, abrangendo crédito habitação, crédito com garantia hipotecária e crédito ao consumo.

 

 

Como se calcula o DSTI?

O cálculo do DSTI é bastante direto:

 

DSTI = (Total das prestações mensais dos créditos / Rendimento mensal líquido) x 100

 

Some todas as suas prestações mensais (do crédito habitação, carro, pessoal, cartões de crédito, etc.) e divida pelo que recebe por mês, já com os descontos feitos (IRS, Segurança Social e afins). Depois, multiplique por 100, e aí tem a percentagem de esforço.

 

Exemplo prático:

A Rita ganha 1.500 euros líquidos por mês, paga 400 euros de crédito habitação e 100 euros de um crédito pessoal.

 

  • Soma das prestações: 400€ + 100€ = 500€
  • DSTI = (500€ / 1.500€) x 100 = 33%

 

Neste caso, o rácio DSTI da Rita é de 33%. Está dentro dos limites recomendados? Já lá vamos.

 

 

Quais são os limites impostos ao DSTI?

Segundo o Banco de Portugal, o valor de referência para o DSTI é de 50%. Significa que os encargos mensais com créditos não devem ultrapassar metade do seu rendimento líquido.

 

Mas atenção: não é uma regra gravada em pedra. Existem exceções:

 

  • Até 60% do DSTI pode ser aceite em até 10% dos créditos concedidos por uma instituição financeira
  • Acima de 60%, só em 5% dos créditos, e apenas com justificação clara e avaliação de risco cuidada.

 

Mesmo que ultrapasse os 50%, pode conseguir o crédito, mas vai ter que provar que tem estabilidade, que há um fiador, que tem poupanças, etc. Os bancos analisam cada caso com base no risco.

 

 

Então, qual é a diferença entre DSTI e Taxa de Esforço?

Na prática, são quase a mesma coisa. Ambos avaliam o peso que os créditos têm no seu rendimento, mas o DSTI é mais rigoroso e mais padronizado, com regras e limites impostos pelo Banco de Portugal. Por isso, é o indicador que os bancos seguem para avaliar a sua solvabilidade.

 

Saiba mais sobre a taxa de esforço no nosso artigo.

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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