A inclusão financeira pode ser o primeiro passo para erradicar a pobreza. Saiba como.
Imagine que não tem acesso a serviços financeiros. Não tem uma conta corrente, cartões de pagamento, acesso a crédito, um lugar seguro para depositar as suas poupanças ou seguros de saúde. Como seria a sua vida? Será que conseguiria ter uma casa? Um automóvel? Teria concluído os estudos?
Esta é a situação de cerca de dois mil milhões de pessoas em todo o mundo. A ausência de acesso a produtos e serviços financeiros contribui para que as suas vidas sejam menos seguras, mais instáveis e pouco eficientes. A inclusão financeira assume, assim, um papel essencial no combate à pobreza.
Erradicar a Pobreza é a principal meta da lista de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), contidos na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Esta tem como objetivo principal acabar com a pobreza até ao ano de 2030. Ou seja:
A inclusão financeira digital é uma das medidas principais para erradicar a pobreza, segundo a ONU.
A inclusão financeira significa que todas as pessoas e empresas têm acesso a produtos e serviços financeiros — e estejam capacitadas para utilizá-los —, a um custo acessível, de forma simples e transparente. Não menos importante é também o aumento da literacia financeira nestes grupos mais vulneráveis.
O acesso a produtos financeiros é, assim, sinónimo de progresso, uma vez que contribui para que a população esteja mais capacitada, apta para ultrapassar situações de crise económica, problemas de saúde, perdas de emprego e adote uma postura empreendedora. Permite ainda, nos países menos desenvolvidos, que as mulheres sejam mais independentes e tenham um papel ativo no progresso da sociedade.
Sem acesso a produtos e serviços financeiros básicos, as pessoas em situação de pobreza são incapazes de realizar muitas ações que poderiam melhorar as suas vidas. A inclusão financeira combate a pobreza no sentido em que:
O acesso a produtos e serviços financeiros contribui para melhorar vidas, pois fornece o financiamento necessário para a realização de atividades comerciais, o que pode aumentar os rendimentos familiares.
O acesso a produtos e serviços financeiros contribui para as famílias desfavorecidas aumentarem os seus rendimentos, mas também a sua capacidade de poupar e de obter crédito. Estas ferramentas são fulcrais para, por exemplo, adquirir uma casa ou fazer obras na habitação onde vivem; comprar um automóvel que lhes permita melhorar a qualidade de vida e garantir um emprego melhor; e lançar ou expandir o seu negócio.
A população que vive em exclusão financeira não tem um local seguro para guardar o dinheiro. Muitos continuam a escondê-lo debaixo do colchão ou dentro de um mealheiro, frasco ou outro recipiente, tornando-se mais fácil para um ladrão encontrá-lo e roubá-lo. Ao poupar dinheiro numa instituição financeira de confiança, as famílias podem guardar e rentabilizar o seu dinheiro em segurança.
Ao aumentar os rendimentos e as poupanças, os serviços financeiros permitem a mães e pais desfavorecidos ultrapassar o modo de sobrevivência e pensar no futuro e na possibilidade dos seus filhos se manterem na escola. Reduz-se, assim, o abandono escolar e aumenta-se a probabilidade de os filhos frequentarem a universidade, o que pode contribuir para a quebra da pobreza geracional.
Os serviços financeiros oferecem aos empreendedores em início de carreira a oportunidade de criar empregos para si próprios. Também garante que as microempresas em crescimento ofereçam oportunidades para que outras pessoas da comunidade tenham acesso a empregos.
Em Portugal, de acordo com o relatório do Banco de Portugal sobre Inclusão Financeira e Digital e Escolha de Produtos Bancários em Portugal, 70% dos entrevistados estão no nível mais elevado de inclusão financeira, pois utilizam com regularidade a conta de depósito à ordem e detêm outros produtos financeiros, com destaque para os depósitos a prazo (41,6%) e os cartões de crédito (36,2%).
No que diz respeito à inclusão financeira digital, quase metade dos entrevistados utiliza os canais digitais (homebanking ou apps) disponibilizados pelas instituições para acesso à conta de depósito à ordem e a outros produtos e serviços bancários.
Para promover a inclusão financeira, o Santander disponibiliza um conjunto de balcões em áreas remotas ou desfavorecidas; o apoio a clientes com idade superior a 65 anos para ajudar na adesão e funcionamento dos canais digitais; e uma área do site que promove dicas de cibersegurança.
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