Desinvestir em maio para regressar aos mercados mais tarde? Conheça esta estratégia de investimento e saiba se é para si.
Existem diversas estratégias e técnicas que podemos utilizar para tentar uma melhor rentabilização das nossas poupanças. Uma destas ideias foi popularizada como “Sell in May and Go Away”. Neste artigo, vamos perceber em que consiste esta estratégia de investimento bem como refletir se fará sentido utilizá-la.
Os mercados financeiros procuram padrões utilizando diversos mecanismos, sendo um importante a análise estatística. Na realidade, a estratégia de “Sell in May and Go Away” surgiu quando se identificou uma tendência para um desempenho pouco positivo ou mesmo negativo dos mercados de ações entre maio e outubro.
Assim, popularizou-se esta ideia que defende que devemos vender os ativos de risco em maio para só voltar a entrar no mercado no final do ano.
A popularidade desta estratégia tinha uma razão de ser. Os mercados tendiam a ter pouco volume e piores desempenhos em parte porque os períodos de verão coincidem com as férias dos investidores.
Ou seja, muitos investidores preferiam sair do mercado para passar férias mais descansadas e o volume mais reduzido (compra e venda de ações) implicava uma menor atratividade para o investimento.
Se foi verdade que no passado existia uma verdade estatística neste comportamento, nos últimos anos esta análise não tem sido favorável. Hoje, devemos colocar todas os conhecimentos e técnicas em função da nossa estratégia de investimento, objetivos e perfil de risco.
A estratégia “Sell in May and Go Away” considera um desinvestimento que é reposto mais tarde.
O problema é que este desinvestimento acaba por ter consequências ao nível do comissionamento (compras e vendas têm comissões associadas), bem como a realização de mais-valias que implicam o pagamento de impostos.
Se a nossa estratégia de investimento é focada no longo prazo e se temos em curso um programa de entregas programadas para uma carteira de investimentos diversificada, a nossa preocupação deverá ser o longo prazo.
Por exemplo, se investimos para a reforma, estamos muitas vezes a pensar em horizontes de 20 ou mais anos. Logo, oscilações de curto prazo que são contrabalançadas por mais impostos e comissões, podem não ter impacto ou mesmo ter impacto negativo.
Não significa que não devemos ser rigorosos mas, antes, que é preciso pensar no longo prazo.
Sabendo que nos podemos deixar vencer pela psicologia dos mercados e tendo em conta que encontramos muitas tentações de consumo, é importante criar hábitos de poupança e de investimento que ajudem a atingir os objetivos definidos.
Uma das grandes estratégias passa por colocar a poupança e o investimento em piloto automático, o que é possível através de um programa de entregas programadas para uma ou mais aplicações financeiras geridas por profissionais dedicados. Em causa estão, por exemplo, os fundos de investimento, os planos poupança reforma ou os seguros financeiros.
Deixe as preocupações para os gestores profissionais, que conseguem fazer uma gestão mais desapaixonada dos ativos.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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