A hepatite A afeta o fígado, podendo atingir adultos e crianças. Mas, afinal, como atua esta doença?
De tempos a tempos, os telejornais abrem com notícias sobre surtos de hepatite A. Essa ocorrência esporádica é, aliás, umas das características desta doença, que se espalha rapidamente e garante imunidade ao vírus para o resto da vida. Descubra, neste artigo, os sintomas a que deve estar atento e os tratamentos mais adequados para a hepatite A.
A hepatite A é uma inflamação causada pelo vírus com o mesmo nome: Vírus da Hepatite A (VHA). Na prática, o fígado deixa de conseguir desempenhar totalmente as suas funções relacionadas com a digestão, eliminação de toxinas e armazenamento de energia.
Sim, a hepatite A é bastante contagiosa e, por vezes, as situações de contágio verificam-se durante meses. Segundo o SNS24, o período de contágio pode durar entre duas a três semanas após o surgimento dos sintomas, altura em que o VHA é eliminado através das fezes.
O principal modo de transmissão é por via fecal-oral, ou seja, quando há contacto entre fezes contaminadas e a boca. Isto pode ocorrer através de:
Entre o primeiro contacto com o vírus da hepatite A e o início dos sintomas, podem passar entre 15 a 50 dias. O período médio de incubação desta doença é de 28 dias.
Normalmente, apenas 30% das crianças com menos de seis anos manifestam sintomas de hepatite A. Em crianças mais velhas e adultos, os sintomas mais comuns são:
Se um paciente suspeitar de uma infeção com hepatite A, deve ser observado por um médico. Nestes casos, o profissional de saúde avalia a história clínica do utente e realiza exames. Entre os exames mais típicos, destacam-se as análises ao sangue, que servem para pesquisar a presença de anticorpos para o VHA.
Os casos de hepatite A têm um risco de morte muito baixo, mas o valor aumenta em adultos acima dos 50 anos e em pacientes que já sofrem de doença hepática. Apesar disso, não há registos de evolução para uma infeção crónica: normalmente, a recuperação é completa, sem consequências graves nem danos permanentes.
O mesmo é válido para os casos de hepatite A aguda na gravidez. Um estudo mostra que as mães recuperam, mesmo que surjam complicações durante o segundo e o terceiro trimestres da gestação, tais como:
Sim, existe uma vacina contra a hepatite A e está disponível em Portugal. Deve ser tomada em duas doses, com 6 a 12 meses de intervalo e é eficaz em mais de 95% dos casos. Contudo, não faz parte do Plano Nacional de Vacinação, pelo que a DGS recomenda que, em caso de necessidade, fale com o seu médico ou ligue para o 808 24 24 24.
A vacina da hepatite A pode causar algumas reações adversas mas, por norma, são ligeiras e passam com o tempo:
Além da vacinação, existem medidas de higiene que todos podemos adotar no dia a dia para prevenir a hepatite A.
Na higiene pessoal:
Na higiene alimentar:
Fazer dieta (evitar gorduras e alimentos que requeiram mais funcionamento do fígado), ingerir líquidos e repousar são os melhores métodos para tratar a hepatite A, já que o mais importante é permitir que o fígado recupere as suas funções. No entanto, o médico pode prescrever fármacos que aliviem os sintomas da hepatite A.
Para uma rápida recuperação, deve-se ainda evitar o consumo de álcool e medicamentos que sejam absorvidos pelo fígado.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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