Onde investir dinheiro: como fazer render as suas poupanças?

| 6 min de leitura
Atualizado a 5 Agosto 2025
 Onde investir dinheiro

Descubra os melhores investimentos para rentabilizar o seu dinheiro. Saiba onde investir com muito ou pouco dinheiro, consoante a sua estratégia.

Quer proteger o valor das suas poupanças e fazê-las crescer? Em tempos de inflação e incerteza económica, deixar o dinheiro parado na conta pode significar perder poder de compra. A boa notícia é que, com alguma estratégia, é possível pôr o seu dinheiro a trabalhar para si.

 

Mas por onde começar? Primeiro, é importante conhecer o seu perfil de investidor e perceber qual é o nível de risco que está disposto a assumir. Depois, é escolher os produtos certos para os seus objetivos, seja para poupar a curto prazo, preparar a reforma ou procurar rentabilidades mais altas.

 

 

Onde investir dinheiro em Portugal?

Se quer rentabilizar o dinheiro, mas não sabe por onde começar a investir, damos-lhe a conhecer seis produtos de investimento que se adaptam a todas as carteiras e perfis.

 

E lembre-se: não é preciso escolher apenas um. Diversificar, ou seja, distribuir o dinheiro por diferentes produtos, ajuda a equilibrar riscos e a proteger melhor as suas poupanças.

 

 

Investimentos mais seguros

1. Depósitos a prazo

O que são?

São aplicações simples e seguras. Escolhe um prazo, aplica o seu dinheiro e, no fim, recebe o capital investido mais os juros.

 

A quem se destinam?

Ideal para quem tem aversão ao risco e quer apenas proteger as poupanças ou criar um fundo de emergência.

 

Quais os riscos?

O principal risco é a inflação: se a taxa de juro for inferior à inflação, o dinheiro perde valor real.

 

Por exemplo, se a inflação for 3% ao ano e o seu depósito render apenas 1%, no final terá mais euros, mas o seu poder de compra será menor.

 

Quais as vantagens?

 

 

2. Seguros financeiros de capitalização

O que são?

São seguros que funcionam como uma poupança de médio prazo. Podem ter capital garantido ou estar ligados a fundos de investimento (unit linked).

 

A quem se destinam?

A quem procura uma alternativa aos depósitos bancários para as poupanças a médio prazo (pelo menos três anos) com possibilidade de obter um pouco mais de rentabilidade. Dependendo da natureza do seguro financeiro, pode ser subscrito por investidores com tolerância média ou baixa ao risco.

 

Quais os riscos?

No caso dos seguros de capitalização (com capital garantido), o principal risco é a perda real de rendimento perante taxas de inflação crescentes. No caso dos seguros ligados a fundos de investimento, o maior risco é a perda de parte do capital investido.

 

Quais as vantagens?

Possibilidade de fazer entregas programadas ou únicas, para reforçar a poupança, e vantagens fiscais, que variam consoante o prazo do investimento:

  • Prazo até 5 anos: 28% de tributação
  • Entre 5 e um dia até 8 ano: 22,40% de tributação
  • Mais de 8 anos e um dia: 11,20% de tributação.

 

 

Investimentos moderados

Planos de Poupança Reforma (PPR)

O que são?

Produtos de poupança de médio e longo prazo para complementar a reforma. Podem ser seguros PPR (mais seguros, com capital garantido) ou fundos PPR (maior potencial de rendimento, mas com risco).

 

A quem se destinam?

Quem quer começar a poupar de forma gradual para a reforma e beneficiar de vantagens fiscais. Todos podem - e devem - investir num PPR. Aliás, a poupança para a reforma deve começar o quanto antes, para que o esforço mensal seja menor e para conseguir amealhar o máximo possível.

 

Quais os riscos?

Há vários tipos de PPR, que têm níveis de risco diferentes. Se não gosta de arriscar o seu dinheiro, existem produtos com capital e retorno garantido: são os PPR sob a forma de seguro. Neste caso terá de estar preparado para obter retornos mais reduzidos. Se quiser assumir algum risco, mas aumentar o potencial de ganhos, pode optar por um fundo PPR. Ao contrário dos seguros, os fundos não têm proteção de capital, nem taxa garantida. O seu desempenho oscila consoante a evolução da carteira.

 

Quais as vantagens?

  • Permitem poupar com pequenos montantes
  • Benefícios fiscais no IRS: dedução de 20% do valor investido, até 400 euros (até 35 anos), 350 euros (35-50 anos) e 300 euros (mais de 50 anos)
  • Tributação reduzida no resgate:
    • Até 5 anos: 21,5%
    • Entre 5 e 8 anos: 17,2%
    • Mais de 8 anos: 8,6%.

 

 

4. Obrigações

O que são?

As obrigações são títulos de dívida de empresas ou Estados. Quando investe em obrigações está a emprestar dinheiro a esta instituição, em troca do pagamento de um juro (cupão), que é pago periodicamente.

 

A quem se destinam?

Investidores com algum conhecimento financeiro que aceitam um risco moderado.

 

Quais os riscos?

As obrigações têm três grandes riscos: de taxa de juro, de crédito e liquidez. Como são negociadas em mercado, o preço oscila consoante as ordens de compra e de venda. Por outro lado, se quiser vender a obrigação no mercado, está dependente da liquidez. Ou seja, de existir outra pessoa disponível para comprar a sua obrigação. Caso a obrigação tenha uma taxa de juro variável, existe ainda o risco da oscilação do indexante. Por fim, há o risco da empresa ou Estado que emitiu a dívida entrar numa situação de incumprimento, não reembolsando juros e capital.

 

Quais as vantagens?

  • Juros normalmente mais altos que depósitos
  • Diversificação da carteira.

 

 

5. Fundos de investimento

O que são?

Um conjunto de ativos (ações, obrigações, imóveis) gerido por profissionais. Permite investir de forma diversificada sem precisar comprar os ativos diretamente.

 

A quem se destina?

Destinam-se a quem está interessado em arriscar um pouco nos seus investimentos para ter retorno mais elevado, mas não quer investir diretamente nos mesmos. Há vários tipos de fundos, com diferentes características e níveis de risco, que se ajustam a vários tipos de investidores. Ainda assim, é preciso contar com a possibilidade de perdas de capital.

 

Quais os riscos?

O risco do fundo depende do tipo de ativo em que o produto investe. Por regra, não têm capital garantido e estão sujeitos a diversos riscos, como o risco de mercado, de liquidez e de remuneração.

 

Quais as vantagens?

  • Diversificação em vários mercados
  • Potencial de rentabilidade superior a depósitos e obrigações.

 

 

6. Ações

O que são?

As ações são valores mobiliários que representam uma parcela do capital social de uma sociedade anónima. Ao comprar ações de uma empresa torna-se acionista da mesma e tem a possibilidade de ganhar com a sua evolução em bolsa.

 

A quem se destinam?

A investidores com elevados conhecimentos financeiros, arrojados, com mais experiência e tolerância ao risco. Se acredita no valor de uma empresa e quer maximizar a sua poupança, mantendo o investimento por um período mais longo, as ações são o investimento indicado.

 

Quais os riscos?

Ao investir em ações está a assumir inúmeros riscos: de capital, liquidez e mercado. Existem ainda os riscos operacional, cambial e político. Se pretende investir nestes ativos, é importante saber que o mercado acionista é caracterizado pelas suas oscilações. Deve estar preparado para ver o valor da poupança subir e descer, resistindo à tentação de vender caso esteja a perder.

 

Quais as vantagens?

  • Potencial de retornos elevados no longo prazo
  • Possibilidade de receber dividendos.

 

Investir é importante para fazer o dinheiro crescer, mas lembre-se que todas as opções têm algum risco. Por isso, antes de avançar, informe-se bem, avalie o que faz sentido para si e, se precisar, fale com o seu banco ou com alguém de confiança que o possa aconselhar.

 

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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