finanças

Roubo de identidade: o que é e como agir se for vítima

26 out 2022 | 5 min de leitura

Tem receio de ser vítima de roubo de identidade? Saiba que tipos existem, quais as consequências e o que fazer se for alvo de um crime desta natureza.

Roubo de identidade: o que é?

Roubar a identidade de alguém é mais fácil do que nunca. O aparecimento das redes sociais e a proliferação de apps online em que tem de inserir informação pessoal e financeira simplificou o acesso a dados sensíveis, como fotografias, data de nascimento, número de contribuinte ou número de conta bancária, por terceiros.

 

Através de métodos como o phishing, vishing ou smishing ou simplesmente procurar informação disponível na internet, alguém com intenções menos boas pode fazer-se passar por si e causar danos irreparáveis. Por isso, mais do que nunca, é importante manter-se seguro, proteger os seus dados e as duas informações biométricas.

 

 

O que é o roubo de identidade

O roubo de Identidade - ou furto de identidade - é a apropriação de identidade alheia ou de informações pessoais com o objetivos criminosos, tais como:

 

  • Abrir contas bancárias em seu nome
  • Efetuar transferências da sua conta bancária
  • Requerer cartões de crédito e débito
  • Solicitar empréstimos bancários
  • Fazer-se passar por si em sites ou redes sociais.

 

Este tipo de crime sempre existiu, mas com o surgimento da internet tornou-se cada vez mais simples captar informações pessoais e utilizá-las de forma fraudulenta.

 

 

Tipos de roubo de identidade

A usurpação de identidade pode ter várias finalidades. Assim, pode ser:

 

Financeira

Acontece quando alguém utiliza os dados financeiros, como o número e o PIN do cartão de crédito ou os acessos ao homebanking, para obter dinheiro de forma fraudulenta. Dependendo das informações adquiridas, o ladrão pode:

 

  • Aceder à sua conta bancária e transferir dinheiro para outra conta
  • Pedir empréstimos em seu nome
  • Fazer compras com seu cartão de crédito ou outras informações financeiras.

 

Criminal

Acontece quando alguém rouba informação pessoal, como a data e local de nascimento, número de identificação pessoal ou de contribuinte, para criar uma identidade falsa e cometer crimes em seu nome.

 

Médica

Acontece quando um terceiro acede às suas informações pessoais para fazer-se passar por si e obter tratamentos médicos, serviços ou bens. Normalmente está relacionado com seguros de saúde. Além de servir para receber tratamentos sem pagar, este método pode ser utilizado para obter a prescrição de medicamentos ou equipamentos caros, para depois serem vendidos no mercado negro.

 

 

Roubo de identidade: o que fazer

1. Contactar o banco

Em primeiro lugar, assim que detetar que a sua identificação foi usurpada, deve contactar o banco e cancelar os cartões de crédito e débito, assim como o acesso ao homebanking.

 

2. Apresentar queixa na polícia

Depois, deve apresentar queixa contra desconhecidos nas autoridades policiais. Será aberto um inquérito.

 

3. Reunir provas

Procure reunir todas as provas possíveis relativas ao furto de identidade. Por exemplo, extratos bancários e relatórios dos cartões de crédito e débito, para identificar operações que tenham sido realizadas após o roubo de identificação.

 

Lembre-se: todos os emails, SMS, cartas ou registos de comunicações trocados com as diversas entidades contactadas (por exemplo, os bancos) devem ser guardados, já que constituem meios de prova.

 

4. Cancelar documentos de identificação

Sabia que deve cancelar o Cartão de Cidadão até 10 dias depois de saber do seu desaparecimento? Assim, revogar os documentos de identificação e fazer um novo pedido é o passo que se segue.

 

5. Informar a entidade empregadora

A entidade empregadora também deve ser informada do sucedido, uma vez que pode vir a ter conhecimento de algum facto, que não corresponde à verdade.

 

6. Preparar-se para as consequências do roubo de identidade

O furto de identidade pode ter efeitos secundários devastadores. Poderá ter a necessidade de provar que não cometeu nenhum crime, caso o usurpador pratique um ato ilícito em seu nome, ou se este contrair uma dívida.

 

 

O crime de usurpação de identidade existe?

Segundo o Centro de Internet Segura, plataforma coordenada pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), em Portugal, o furto de identidade não corresponde a um tipo de crime, mas sim a um fenómeno a que se aplicam diferentes tipologias de crime.

 

Ou seja, o roubo de identidade só é considerado crime a partir do momento em que o ladrão comete um crime como burla, falsificação de documentos, uso de documento de identificação, furto, utilização de fotografias contra vontade, violência de correspondência ou acesso ilegítimo em sistema informático.

 

 

Como evitar o roubo de identidade

As consequências do roubo de identidade variam consoante a natureza do crime, mas podem causar danos emocionais, perdas financeiras e problemas legais. Por isso, é importante saber como prevenir o roubo de identidade. Siga os conselhos da GNR:

 

  • Monitorizar a atividade do seu perfil
  • Utilizar sites seguros para fazer compras online
  • Não publicar informações pessoais
  • Alterar as passwords de acesso com regularidade
  • Escolher passwords com oito ou mais dígitos e inclua uma combinação de letras, números e símbolos
  • Ter atenção aos dados que torna pública nas redes sociais, bem como às pessoas a quem dá acesso à informação privada
  • Não responder a chamadas ou emails de entidades bancárias com pedidos de passwords ou outros dados pessoais
  • Suspeitar se o seu email contém um link com pedido de acesso
  • Verificar regularmente os seus extratos bancários.

 

Além disso, deve:

 

  • Ter na carteira apenas os documentos necessários e guardar os restantes em local seguro

 

  • Assegurar que a sua caixa de correio tradicional tem uma fechadura segura. Evite, ainda, que a correspondência se acumule, permitindo a sua remoção

 

  • Sempre que mudar de casa, contacte o banco e outras entidades para atualizar a morada e evitar que enviem correspondência para esse endereço

 

  • Destruir documentos que contenham dados pessoais

 

  • Evitar deixar computadores ou telemóveis no carro

 

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

O que achou deste artigo?

Queremos continuar a trazer-lhe conteúdos úteis. Diga-nos o que mais gostou.

Agradecemos a sua opinião!

A sua opinião importa. Ajude-nos a melhorar este artigo do Salto.

Salto Santander

Agradecemos o seu contributo!

Informação de tratamento de dados

O Banco Santander Totta, S.A. é o responsável pelo tratamento dos dados pessoais recolhidos.

O Banco pode ser contactado na Rua da Mesquita, 6, Centro Totta, 1070-238 Lisboa.

O Encarregado de Proteção de Dados do Banco poderá ser contactado na referida morada e através do seguinte endereço de correio eletrónico: privacidade@santander.pt.

Os dados pessoais recolhidos neste fluxo destinam-se a ser tratados para a finalidade envio de comunicações comerciais e/ou informativas pelo Santander.

O fundamento jurídico deste tratamento assenta no consentimento.

Os dados pessoais serão conservados durante 5 anos, ou por prazo mais alargado, se tal for exigido por lei ou regulamento ou se a conservação for necessária para acautelar o exercício de direitos, designadamente em sede de eventuais processos judiciais, sendo posteriormente eliminados.

Assiste, ao titular dos dados pessoais, os direitos previstos no Regulamento Geral de Proteção de Dados, nomeadamente o direito de solicitar ao Banco o acesso aos dados pessoais transmitidos e que lhe digam respeito, à sua retificação e, nos casos em que a lei o permita, o direito de se opor ao tratamento, à limitação do tratamento e ao seu apagamento, direitos estes que podem ser exercidos junto do responsável pelo tratamento para os contactos indicados em cima. O titular dos dados goza ainda do direito de retirar o consentimento prestado, sem que tal comprometa a licitude dos tratamentos efetuados até então.

Ao titular dos dados assiste ainda o direito de apresentar reclamações relacionadas com o incumprimento destas obrigações à Comissão Nacional da Proteção de Dados, por correio postal, para a morada Av. D. Carlos I, 134 - 1.º, 1200-651 Lisboa, ou, por correio eletrónico, para geral@cnpd.pt (mais informações em https://www.cnpd.pt/).

Para mais informação pode consultar a nossa política de privacidade (https://www.santander.pt/politica-privacidade).