bem-estar

O que é a SIDA – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

14 nov 2023 | 7 min de leitura

A SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença crónica e potencialmente fatal causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH). Os resultados apresentados no relatório Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2022, reflete a necessidade de continuarmos a promover a literacia sobre este tema.

A SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença crónica e potencialmente fatal causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH). O VIH ataca o sistema imunológico do corpo, enfraquecendo-o ao longo do tempo e tornando-o incapaz de combater eficazmente infeções e doenças. A SIDA é o estágio mais avançado da infeção por VIH, caracterizada por uma imunossupressão grave. Os resultados apresentados no relatório Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2022, reflete a necessidade de continuarmos a promover a literacia sobre este tema.

 

 

O que é a SIDA?

A SIDA é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). O VIH é um vírus que ataca células do sistema imunológico, conhecidas como linfócitos T CD4+. Quando o número dessas células diminui significativamente, o sistema imunológico fica comprometido, e a pessoa está em risco de desenvolver infeções e doenças graves. A SIDA é diagnosticada quando o sistema imunológico está gravemente comprometido, com um número muito baixo de linfócitos T CD4+ (inferior a 200/mm3).

 

Primeiros sintomas

 

Os primeiros sintomas da infeção por VIH podem ser semelhantes aos de uma gripe, incluindo febre, fadiga, dor de garganta e gânglios linfáticos inchados. No entanto, muitas pessoas infetadas não apresentam sintomas iniciais.

 

Outros sintomas

 

À medida que a infeção por VIH progride, podem ocorrer outros sintomas, como perda de peso sem motivo aparente, febre recorrente, suores noturnos, diarreia crónica e infeções oportunistas, como a pneumonia.

 

Como acontece a transmissão

 

O VIH é transmitido através de fluidos corporais infetados, como sangue, sémen, secreções vaginais e leite materno. As principais vias de transmissão incluem relações sexuais desprotegidas com um parceiro infetado, partilha de seringas contaminadas, transmissão de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação, e contacto com sangue infetado, como através de transfusões de sangue ou procedimentos médicos invasivos com equipamento não esterilizado.

 

Como é feito o diagnóstico

 

O diagnóstico é feito através de análises ao sangue, onde se procura a presença de anticorpos do VIH ou o próprio vírus. Os testes podem ser confidenciais e realizados em clínicas, hospitais ou locais de testagem específicos. É importante fazer o teste se houver risco de exposição ao VIH, e o diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento o mais cedo possível.

 

Opções de tratamento

 

O tratamento antirretroviral (TAR) é uma combinação de medicamentos que ajuda a controlar a replicação do VIH no corpo, restaurando a função do sistema imunológico e reduzindo o risco de desenvolver a SIDA e as complicações relacionadas. Embora o TAR não cure o VIH, pode manter a carga viral indetetável e permitir que as pessoas com o VIH levem uma vida saudável e produtiva.

 

Não tem cura

 

Até à data, não existe cura para a infeção VIH. Ao longo das últimas décadas tem sido desenvolvida investigação científica com o objetivo de eliminar o vírus do organismo de uma pessoa infetada, ou deixá-lo incapaz de se reproduzir.
O que está disponível é um tratamento antirretroviral eficaz para o controlo da infeção, que limita os danos provocados pela mesma, embora não elimine o vírus do organismo.

 

PrEP (profilaxia pré-exposição)

 

PrEP significa profilaxia pré-exposição. Pré-exposição porque é tomada antes de ter um comportamento de risco. Profilaxia significa prevenção da infeção, neste caso por VIH.

 

Sendo assim, a PrEP da Infeção por VIH, que existe atualmente sob a forma de comprimidos, deve ser utilizada por pessoas seronegativas para o VIH, ou seja, não infetadas por VIH, de forma a impedir que se infetem.

 

Para as pessoas com risco acrescido de aquisição da infeção, nomeadamente na população de homens que fazem sexo com homens, entre homens e mulheres em que um é portador de VIH e em utilizadores de drogas injetáveis, a PrEP é eficaz utilizando uma combinação de duas substâncias: o tenofovir DF e a emtricitabina.

 

Importa referir que a PrEP apenas protege as pessoas de contraírem a infeção por VIH e não confere proteção em relação a outras infeções de transmissão sexual, pelo que o uso consistente do preservativo feminino ou masculino continua a ser uma medida importante de prevenção e não pode ser descurada. Pode saber mais sobre a PrEP no site do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto.

 

 

Como prevenir a infeção por VIH

A prevenção é crucial na luta contra o VIH. Algumas medidas preventivas incluem:

 

1. Usar preservativos durante as relações sexuais
2. Evitar o uso de drogas injetáveis ou partilhar seringas com outras pessoas
3. Realizar testes regulares para o VIH, especialmente se estiver em risco
4. Tomar PrEP (profilaxia pré-exposição) se estiver em risco elevado
5. Garantir cuidados médicos adequados durante a gravidez para prevenir a transmissão de mãe para filho
6. Educação sobre o VIH/SIDA e redução do estigma em relação às pessoas infetadas.

 

 

Relatório: Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2022

O relatório Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2022, conjunto da Direção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) apresenta os dados mais recentes da vigilância epidemiológica da infeção por VIH em Portugal.

 

Por não terem sido recolhidos e analisados os dados de 2020 e publicado o respetivo relatório, este relatório inclui a análise das características dos casos com diagnóstico em 2020 e 2021.

 

Resultados e conclusões apresentados no documento

 

  • Em Portugal, segundo os dados recolhidos a 31 de outubro de 2022, foram registados 1.803 casos de infeção por VIH no biénio 2020-2021, 870 dos quais em 2020 e 933 em 2021

 

  • Existiu uma redução de 44% no número de novos casos de infeção por VIH e de 66% em novos casos de SIDA entre 2012 e 2021

 

  • A maioria (71,8%) dos novos casos de infeção em adolescentes e adultos (≥ 15 anos) registou-se em homens e a mediana das idades à data do diagnóstico foi de 39 anos. Em 63,6% dos novos casos as pessoas tinham entre 25 e 49 anos e em 27,6% tinham idade igual ou superior a 50 anos.

 

  • No período em análise foram registados 4 casos de infeção VIH em crianças (2 em 2020 e 2 em 2021)

 

  • Embora a transmissão heterossexual se mantenha como a mais frequente (51,8%), os casos em homens que têm sexo com homens (HSH) corresponderam à maioria dos novos diagnósticos em homens (56,0%)

 

  • A taxa de novos diagnósticos de VIH foi mais elevada nos residentes na Área Metropolitana de Lisboa, seguida da região do Algarve

 

  • Relativamente aos óbitos, foram comunicados 298 óbitos em pessoas que viviam com VIH (148 em 2020 e 150 em 2021). Em 24,5% dos óbitos o tempo decorrido desde o diagnóstico foi superior a 20 anos

 

  • Desde 1983 até 31 de dezembro de 2021, foram identificados em Portugal 64.257 casos de infeção por VIH, dos quais 23.399 chegaram a SIDA e ocorreram 15.555 óbitos.

 

 

Mais informações sobre VIH e SIDA

Pode consultar alguns sites com informações sobre este tema:

 

 

 

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