A SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença crónica e potencialmente fatal causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH). Os resultados apresentados no relatório Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2022, reflete a necessidade de continuarmos a promover a literacia sobre este tema.
A SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença crónica e potencialmente fatal causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH). O VIH ataca o sistema imunológico do corpo, enfraquecendo-o ao longo do tempo e tornando-o incapaz de combater eficazmente infeções e doenças. A SIDA é o estágio mais avançado da infeção por VIH, caracterizada por uma imunossupressão grave. Os resultados apresentados no relatório Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2022, reflete a necessidade de continuarmos a promover a literacia sobre este tema.
A SIDA é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). O VIH é um vírus que ataca células do sistema imunológico, conhecidas como linfócitos T CD4+. Quando o número dessas células diminui significativamente, o sistema imunológico fica comprometido, e a pessoa está em risco de desenvolver infeções e doenças graves. A SIDA é diagnosticada quando o sistema imunológico está gravemente comprometido, com um número muito baixo de linfócitos T CD4+ (inferior a 200/mm3).
Primeiros sintomas
Os primeiros sintomas da infeção por VIH podem ser semelhantes aos de uma gripe, incluindo febre, fadiga, dor de garganta e gânglios linfáticos inchados. No entanto, muitas pessoas infetadas não apresentam sintomas iniciais.
Outros sintomas
À medida que a infeção por VIH progride, podem ocorrer outros sintomas, como perda de peso sem motivo aparente, febre recorrente, suores noturnos, diarreia crónica e infeções oportunistas, como a pneumonia.
Como acontece a transmissão
O VIH é transmitido através de fluidos corporais infetados, como sangue, sémen, secreções vaginais e leite materno. As principais vias de transmissão incluem relações sexuais desprotegidas com um parceiro infetado, partilha de seringas contaminadas, transmissão de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação, e contacto com sangue infetado, como através de transfusões de sangue ou procedimentos médicos invasivos com equipamento não esterilizado.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico é feito através de análises ao sangue, onde se procura a presença de anticorpos do VIH ou o próprio vírus. Os testes podem ser confidenciais e realizados em clínicas, hospitais ou locais de testagem específicos. É importante fazer o teste se houver risco de exposição ao VIH, e o diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento o mais cedo possível.
Opções de tratamento
O tratamento antirretroviral (TAR) é uma combinação de medicamentos que ajuda a controlar a replicação do VIH no corpo, restaurando a função do sistema imunológico e reduzindo o risco de desenvolver a SIDA e as complicações relacionadas. Embora o TAR não cure o VIH, pode manter a carga viral indetetável e permitir que as pessoas com o VIH levem uma vida saudável e produtiva.
Não tem cura
Até à data, não existe cura para a infeção VIH. Ao longo das últimas décadas tem sido desenvolvida investigação científica com o objetivo de eliminar o vírus do organismo de uma pessoa infetada, ou deixá-lo incapaz de se reproduzir.
O que está disponível é um tratamento antirretroviral eficaz para o controlo da infeção, que limita os danos provocados pela mesma, embora não elimine o vírus do organismo.
PrEP (profilaxia pré-exposição)
PrEP significa profilaxia pré-exposição. Pré-exposição porque é tomada antes de ter um comportamento de risco. Profilaxia significa prevenção da infeção, neste caso por VIH.
Sendo assim, a PrEP da Infeção por VIH, que existe atualmente sob a forma de comprimidos, deve ser utilizada por pessoas seronegativas para o VIH, ou seja, não infetadas por VIH, de forma a impedir que se infetem.
Para as pessoas com risco acrescido de aquisição da infeção, nomeadamente na população de homens que fazem sexo com homens, entre homens e mulheres em que um é portador de VIH e em utilizadores de drogas injetáveis, a PrEP é eficaz utilizando uma combinação de duas substâncias: o tenofovir DF e a emtricitabina.
Importa referir que a PrEP apenas protege as pessoas de contraírem a infeção por VIH e não confere proteção em relação a outras infeções de transmissão sexual, pelo que o uso consistente do preservativo feminino ou masculino continua a ser uma medida importante de prevenção e não pode ser descurada. Pode saber mais sobre a PrEP no site do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto.
A prevenção é crucial na luta contra o VIH. Algumas medidas preventivas incluem:
1. Usar preservativos durante as relações sexuais
2. Evitar o uso de drogas injetáveis ou partilhar seringas com outras pessoas
3. Realizar testes regulares para o VIH, especialmente se estiver em risco
4. Tomar PrEP (profilaxia pré-exposição) se estiver em risco elevado
5. Garantir cuidados médicos adequados durante a gravidez para prevenir a transmissão de mãe para filho
6. Educação sobre o VIH/SIDA e redução do estigma em relação às pessoas infetadas.
O relatório Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2022, conjunto da Direção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) apresenta os dados mais recentes da vigilância epidemiológica da infeção por VIH em Portugal.
Por não terem sido recolhidos e analisados os dados de 2020 e publicado o respetivo relatório, este relatório inclui a análise das características dos casos com diagnóstico em 2020 e 2021.
Resultados e conclusões apresentados no documento
Pode consultar alguns sites com informações sobre este tema:
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