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O próximo ano letivo vai trazer uma grande mudança para alunos, professores e famílias: a utilização de telemóveis nas escolas vai ter novas regras, definidas pelo Governo, que deixam de ser apenas recomendações para passarem a ser obrigatórias.
A decisão surge depois de um ano de “teste” em que várias escolas seguiram as orientações do Ministério da Educação, Ciência e Inovação. Os resultados foram claros: menos casos de bullying e indisciplina, mais socialização nos intervalos, maior participação em atividades físicas e mais tempo passado nas bibliotecas.
Mas o que muda, na prática?
A partir do ano letivo de 2025/2026:
E para evitar dúvidas: esta medida aplica-se tanto a escolas públicas como privadas.
Segundo o estudo do Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Públicas (PLANAPP), e acompanhando a tendência internacional, os smartphones nas mãos dos mais novos podem:
Com base nestas conclusões, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, sublinha que quando existe prova tão evidente de impacto negativo, o Estado tem “a obrigação de regular”.
Para conhecer em detalhe as orientações que estiveram na origem destas mudanças, consulte o documento oficial do Governo sobre as recomendações às escolas para o uso de smartphones.
Sim. As regras não são cegas e preveem situações em que o uso é permitido, nomeadamente:
As escolas vão ter autonomia para definir no seu regulamento interno como implementar estas regras. Tal inclui possíveis sanções para quem não as cumprir e a criação de sistemas de recolha dos aparelhos à entrada, espaços alternativos de convívio ou ações de sensibilização para o uso responsável da tecnologia.
O Governo também vai lançar guiões específicos para alunos, pais e escolas, com orientações sobre o uso seguro de telemóveis e outros ecrãs.
Para além dos argumentos pedagógicos e psicológicos, os dados mostram uma crescente adesão às novas regras em Portugal. Antes das orientações do MECI, cerca de 40% dos agrupamentos escolares tinham regulamentos formais sobre o uso de smartphones. Atualmente, esse número subiu para entre 62,8% e 77,7%, dependendo do ciclo de ensino. No 1.º ciclo, por exemplo, 79 % das escolas proibiram totalmente os smartphones, enquanto essa percentagem é de apenas 8% no ensino secundário.
O controlo do uso, porém, não é simples: tornou-se mais difícil em escolas grandes ou com vários ciclos, sobretudo nas que têm menos recursos humanos. E do lado da comunidade, há um forte apoio: 83% dos portugueses são a favor da proibição do uso destes dispositivos nos 1.º e 2.º ciclos, e impressionantes 95% apontam o telemóvel como uma fonte de distração na sala de aula.
O ano letivo de 2025/2026 vai servir como período de monitorização. O impacto das novas regras será avaliado e poderá ditar ajustes para os anos seguintes. Se os resultados forem positivos, como já se verificou no último ano nas escolas que aplicaram restrições, é provável que a medida se mantenha e, até, se aprofunde.
Mais do que uma simples mudança nas regras, esta decisão é um convite a repensar a forma como a tecnologia entra no dia a dia escolar. Cabe agora a cada comunidade educativa (escolas e famílias) encontrar o equilíbrio certo entre os benefícios do digital e o valor insubstituível das relações humanas, da atenção plena e do convívio cara a cara.
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