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É uma das perturbações da saúde mental mais comuns, conhecida pelas alterações drásticas de humor. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), existem cerca de 40 milhões com transtorno de bipolaridade no mundo, o que representa aproximadamente 0,5% da população mundial. Só em Portugal, afeta mais de 200 mil pessoas (cerca de 2% da população).
Mas afinal o que é o transtorno bipolar? O que há para além das alterações de humor? Quais são os sintomas e como se pode reconhecer a doença? O que fazer para tratá-la?
É isso que vamos perceber ao longo deste artigo.
O que antes se chamava “psicose maníaco-depressiva” ou, mais informalmente, “bipolaridade”, é hoje conhecido como transtorno bipolar, o termo mais adequado. Trata-se de uma perturbação psiquiátrica marcada por alterações intensas do estado de humor.
Quem vive com este transtorno alterna entre períodos de euforia, energia e grande entusiasmo e fases de depressão, tristeza e apatia. Estas oscilações podem ser leves, moderadas ou bastante graves e são, muitas vezes, o aspeto mais visível da doença.
Geralmente, a pessoa com transtorno bipolar tem dificuldade em manter um equilíbrio emocional estável, o que pode afetar significativamente a sua vida social, profissional e pessoal.
Assim se descreve, de forma genérica, a ansiedade, a depressão e outras perturbações mentais. Não são todas a mesma coisa, apesar de muitas vezes serem colocadas na mesma caixa. É preciso saber distinguir umas das outras, aprender a lidar com os casos que podem estar perto de nós e perceber que têm diferentes formas de tratamento.
Cada caso é um caso, no entanto de acordo com a Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares existem alguns sintomas listados que podem surgir.
Alguns dos sintomas são:
Consoante o tempo, o estado do humor pode alterar para uma depressão em que as pessoas vivem um estado de tristeza e desespero.
A gravidade da depressão pode desencadear sintomas como:
As alterações de humor são comuns a todos nós. No entanto, existe uma grande diferença entre mudança de humor e bipolaridade.
Quando surge um episódio de euforia ou os sintomas depressivos aparecem, podem durar vários dias ou até mesmo semanas e ter consequências graves para os doentes a nível pessoal e social.
Então, como distinguir aqueles dias menos bons de sinais mais preocupantes
Sinais que deve ter atenção:
Por vezes, estes comportamentos podem ser interpretados como pontuais, mas também podem ser sinal de algo mais grave. Os doentes com distúrbio de bipolaridade podem ter dificuldade em cumprir tarefas mais básicas do dia a dia.
Contrariamente ao que se pode pensar, não existe apenas um transtorno de bipolaridade. Na verdade são três e vamos entender as diferenças:
Este tipo de transtorno bipolar é marcado pela ocorrência de pelo menos um episódio de mania, com uma duração mínima de uma semana. É comum que esses episódios sejam seguidos ou intercalados com fases de depressão intensa.
No tipo II, a pessoa já passou por pelo menos um episódio depressivo importante e por crises de hipomania, fases de euforia mais leves e menos intensas do que a mania. No entanto, nunca chega a ter um episódio maníaco completo.
Neste caso, surgem altos e baixos emocionais mais leves e irregulares, com episódios breves de euforia e tristeza que não são suficientemente intensos para serem classificados como mania ou depressão. O padrão é menos grave, mas mais prolongado no tempo, podendo causar impacto na qualidade de vida.
Não há certezas sobre a origem da doença bipolar, mas estão identificados alguns fatores de risco. Por norma, manifesta-se na adolescência, ainda assim pode surgir numa idade mais adulta. Podem existir fatores internos e fatores externos.
Nos fatores internos, a genética pode ser um fator que desencadeia este distúrbio. Ainda assim, a experiência de vida também pode afetar, como episódios traumáticos e períodos de stress mais intensos.
Nos fatores externos, o consumo de substâncias como drogas e álcool podem influenciar este diagnóstico.
Reconhecer as doenças mentais e estar informado é meio caminho andado para conseguir ajudar aqueles que sofrem com esta condição. No caso específico do transtorno bipolar, os familiares e amigos acabam por ser afetados pela doença ao conviverem com ela.
O ideal é comunicar com paciência e empatia, incentivar ao tratamento e acompanhamento médico, estabelecer limites para que não se desgaste e se sentir necessidade procure ajuda.
Esta doença não é possível ser prevenida nem totalmente curada. Ainda assim, é possível ser controlada, para evitar possíveis episódios de mania e depressão, para que as crises não sejam tão agravadas. O acompanhamento médico (como um psiquiatra), é a chave para garantir uma melhor qualidade de vida às pessoas afetadas.
O tratamento do transtorno bipolar pode envolver o uso de medicação estabilizadora do humor, que ajuda a manter o equilíbrio emocional e a evitar que pequenas oscilações se transformem em crises graves. Um dos grandes desafios neste processo é assegurar que a medicação é tomada de forma consistente. Interrupções ou esquecimentos podem desencadear episódios de mania ou depressão, dificultando a estabilização do quadro clínico.
Falar sobre o que se sente é essencial para lidar melhor com o transtorno. Saber identificar os primeiros sinais de alerta e partilhá-los com alguém de confiança ou com o médico pode evitar o agravamento dos sintomas. Pequenas alterações podem ser o início de um novo episódio.
Por fim, ter uma rede de apoio é fundamental. O suporte emocional, aliado a um acompanhamento profissional e à desmistificação da doença, permite controlar melhor os sintomas e melhorar significativamente a qualidade de vida.
É óbvio que a ficção ultrapassa muitas vezes a realidade. Mas também retrata histórias que nascem do dia a dia. Se quer aprender mais sobre este tema, tem aqui uma lista com alguns filmes e séries:
Se pretende explicar às crianças a importância das emoções e como lidar com elas, os filmes Divertida-Mente 1 (Inside Out, 2015) e o Divertida-Mente 2 (Inside Out 2, 2024) são uma excelente escolha.
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