Casa sustentável: o que é?

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Casa sustentável: o que é e como projetar

26 ago 2022 | 6 min de leitura

Gostava de ter uma casa com o mínimo de pegada ecológica? Saiba como projetar uma casa sustentável e viver com mais conforto e bem-estar, protegendo o planeta.

Localização, dimensão, isolamento, materiais, recursos renováveis e durabilidade. Estes são os principais aspetos que devem ser tidos em consideração no projeto de uma casa sustentável. Preparado para saber mais sobre este tipo de casas?

 

O que é uma casa sustentável?

Uma casa sustentável tem de ser eficiente em termos energéticos. Em Portugal, isso implica ter pelo menos a classificação A do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE), que mede parâmetros como a qualidade das janelas ou a orientação solar.

 

Um isolamento de boa qualidade (do teto, chão, paredes e janelas) e uma dimensão adequada da casa permitem que se consumam menos recursos. Desta forma, não precisa de ter os desumidificadores e aquecedores sempre ligados, por isso as suas faturas da água e da eletricidade serão menores. Só vantagens.

 

Mas há mais fatores a considerar quando inicia um projeto de casa sustentável. É o que vamos descobrir de seguida.

 

Quais as características de uma casa sustentável?

Existem duas grandes vantagens de construir uma casa sustentável: ao mesmo tempo que poupa o planeta Terra, também poupa na carteira. Fique a conhecer algumas das características principais das casas sustentáveis.

 

Pense no tamanho e na localização

As casas pequenas requerem menos energia para proporcionar conforto e menos investimento para a sua construção ou reabilitação. Portanto, se está a projetar uma casa, comece a pensar no tamanho. De que espaço precisa realmente para viver? A família vai aumentar? Cada metro quadrado da habitação requer energia e materiais. E quanto maiores forem os gastos, maior é o impacto no planeta.

 

Privilegie bom isolamento, sol e ventilação

Em Portugal, a certificação energética é obrigatória desde 2013 para edifícios novos ou antigos que sejam colocados no mercado. É um documento que comprova a qualidade térmica dos edifícios, bem como os seus consumos de energia e a qualidade do ar interior.

 

Assim, uma casa sustentável é aquela que precisa de menos energia para se manter confortável e que privilegia a ventilação natural. Para isso, é preciso escolher um terreno ou uma casa com boa exposição solar. Quanto mais sol entrar na casa, menos necessidade terá de recorrer a métodos artificiais de aquecimento e iluminação.

 

Aposte no isolamento térmico

Deverá, também, investir num isolamento de qualidade e certificar-se de que a casa tem boa ventilação natural, para evitar surpresas desagradáveis como bolores nos meses mais húmidos.

 

Vidros duplos, corte térmico, um sistema de ventilação (grelhas ou janelas oscilobatentes, por exemplo) e acabamentos de qualidade determinam a eficiência de uma janela. Esta é outra componente do isolamento que nunca pode ser descurada.

 

Invista na durabilidade

Uma construção sustentável deve ser pensada para durar mais de 100 anos e para conseguir albergar, com conforto, diferentes gerações. Pense, por isso, nos materiais que vai utilizar e na flexibilidade do espaço. Uma bancada de cozinha de baixa qualidade, por exemplo, pode ser mais barata, mas terá de ser trocada passados alguns anos. É o célebre princípio de que o barato sai caro.

 

No entanto, se apostar em materiais com maior esperança de vida está a ser mais ecológico e a valorizar o seu imóvel.

 

Use recursos renováveis e materiais ecológicos

Projetar uma casa sustentável é voltar-se para as energias renováveis: solar, hidráulica ou eólica. Assim, pense em instalar painéis solares, recorrer à água das chuvas e usar materiais ecológicos.

 

Ao construir ou reabilitar uma casa, deve aconselhar-se junto do fabricante sobre quais serão os materiais menos tóxicos e mais sustentáveis, ou seja, com menor impacto sobre o ecossistema.

 

Planeie o dia a dia na sua casa sustentável

Por último, a nova casa só será sustentável se adotar rotinas responsáveis no seu interior. Ao planear construir ou reabilitar uma casa, pense na sua localização e no que ela lhe proporcionará. Estar próximo de transportes públicos e serviços é fundamental para reduzir o uso do automóvel e reduzir as emissões de dióxido de carbono.

 

Outros pormenores podem ajudá-lo a reduzir a sua pegada ecológica no dia a dia, como por exemplo:

 

  • Preferir o durável ao descartável
  • Optar por uma reciclagem eficiente
  • Utilizar lâmpadas LED
  • Comprar eletrodomésticos eficientes, de baixo consumo.

 

Construir casa sustentável: como escolher os materiais?

Se quer fazer uma construção sustentável, deve ter em consideração alguns aspetos, que deve questionar quando está a escolher materiais:

 

  • Quais as matérias primas utilizadas nos materiais? Dê preferência a materiais reciclados ou que, posteriormente, possam ser reutilizados
  • Qual é o processo de fabrico dos materiais? Opte por materiais que no seu processo de fabrico tenham baixo consumo de energia, de água, pouco poluentes e que não geram muitos resíduos
  • De que país veio? Prefira materiais locais ou que, em alternativa, não provenham de países muito distantes
  • Tem alguma componente perigosa? Sempre que possível, dê primazia aos materiais que não têm impacto no ambiente ou na saúde pública.

 

Que apoios existem para ter uma casa sustentável?

Se o investimento inicial na construção ou reabilitação de uma casa pode ser mais elevado que a média, a poupança em energia e o ganho de saúde e conforto são garantidos a longo prazo.

 

Fique a conhecer os apoios aos quais pode recorrer e benefícios fiscais dos quais pode usufruir.

 

Programa Edifícios mais Sustentáveis

Pode recorrer ao Programa Edifícios mais Sustentáveis (PAE+ S II), do Fundo Ambiental, e receber apoios para colocar janelas eficientes, trocar o isolamento térmico, adotar sistemas de aquecimento que recorram a energias renováveis, instalar painéis fotovoltaicos e melhorar a eficiência hídrica.

 

O Estado comparticipa em 70% do valor das intervenções, até ao valor limite estabelecido por tipologia de projeto. Por exemplo, se quiser substituir as suas janelas por umas eficientes, de classe A, pode receber, no máximo, 1 500 euros.
Cada candidato pode receber até 7 500 euros por casa, até ao máximo de 15 000 euros no total.

 

Programa Vale Eficiência

O programa Vale Eficiência, do Fundo Ambiental, destina-se a ajudar as famílias economicamente vulneráveis a melhorar o conforto térmico das suas casas. Estes vales, no montante de 1 300 euros cada, podem ser utilizados para obras ou para adquirir equipamentos que permitam melhorar o desempenho energético de habitações permanentes.

 

As candidaturas estão abertas em 2022, até que o programa atinja os 20 000 vales emitidos. Até 2025, o Governo estima atribuir 100.000 “Vales Eficiência”.

 

Desconto no IMI

Se fizer obras na sua casa para a tornar mais eficiente, pode ainda beneficiar de um desconto de até 25% no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), durante cinco anos. Para tal, é necessário que tenha sido atribuída uma classe energética igual ou superior a A.

 

Cabe aos municípios decidirem em Assembleia Municipal se atribuem, ou não, o desconto e qual a percentagem. Por exemplo, em Lisboa a redução do IMI é de 10% e em Seia, o desconto é de 12,5%.

 

Isenção do IMT

Está à procura de casa para comprar? Se optar por adquirir um imóvel com mais de 30 anos ou que esteja localizado numa área de reabilitação urbana e fizer obras de reabilitação, fica isento do Imposto Municipal sobre Transmissão de Imóveis (IMT).

 

Para tal, é necessário realizar obras de reabilitação, de acordo com Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, e que, na sequência desta intervenção, a casa cumpra os requisitos de eficiência energética e de qualidade térmica necessários.
 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

Localização, dimensão, isolamento, materiais, recursos renováveis e durabilidade. Estes são os principais aspetos que devem ser tidos em consideração no projeto de uma casa sustentável. Preparado para saber mais sobre este tipo de casas?

 

O que é uma casa sustentável?

Uma casa sustentável tem de ser eficiente em termos energéticos. Em Portugal, isso implica ter pelo menos a classificação A do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE), que mede parâmetros como a qualidade das janelas ou a orientação solar.

 

Um isolamento de boa qualidade (do teto, chão, paredes e janelas) e uma dimensão adequada da casa permitem que se consumam menos recursos. Desta forma, não precisa de ter os desumidificadores e aquecedores sempre ligados, por isso as suas faturas da água e da eletricidade serão menores. Só vantagens.

 

Mas há mais fatores a considerar quando inicia um projeto de casa sustentável. É o que vamos descobrir de seguida.

 

Quais as características de uma casa sustentável?

Existem duas grandes vantagens de construir uma casa sustentável: ao mesmo tempo que poupa o planeta Terra, também poupa na carteira. Fique a conhecer algumas das características principais das casas sustentáveis.

 

Pense no tamanho e na localização

As casas pequenas requerem menos energia para proporcionar conforto e menos investimento para a sua construção ou reabilitação. Portanto, se está a projetar uma casa, comece a pensar no tamanho. De que espaço precisa realmente para viver? A família vai aumentar? Cada metro quadrado da habitação requer energia e materiais. E quanto maiores forem os gastos, maior é o impacto no planeta.

 

Privilegie bom isolamento, sol e ventilação

Em Portugal, a certificação energética é obrigatória desde 2013 para edifícios novos ou antigos que sejam colocados no mercado. É um documento que comprova a qualidade térmica dos edifícios, bem como os seus consumos de energia e a qualidade do ar interior.

 

Assim, uma casa sustentável é aquela que precisa de menos energia para se manter confortável e que privilegia a ventilação natural. Para isso, é preciso escolher um terreno ou uma casa com boa exposição solar. Quanto mais sol entrar na casa, menos necessidade terá de recorrer a métodos artificiais de aquecimento e iluminação.

 

Aposte no isolamento térmico

Deverá, também, investir num isolamento de qualidade e certificar-se de que a casa tem boa ventilação natural, para evitar surpresas desagradáveis como bolores nos meses mais húmidos.

 

Vidros duplos, corte térmico, um sistema de ventilação (grelhas ou janelas oscilobatentes, por exemplo) e acabamentos de qualidade determinam a eficiência de uma janela. Esta é outra componente do isolamento que nunca pode ser descurada.

 

Invista na durabilidade

Uma construção sustentável deve ser pensada para durar mais de 100 anos e para conseguir albergar, com conforto, diferentes gerações. Pense, por isso, nos materiais que vai utilizar e na flexibilidade do espaço. Uma bancada de cozinha de baixa qualidade, por exemplo, pode ser mais barata, mas terá de ser trocada passados alguns anos. É o célebre princípio de que o barato sai caro.

 

No entanto, se apostar em materiais com maior esperança de vida está a ser mais ecológico e a valorizar o seu imóvel.

 

Use recursos renováveis e materiais ecológicos

Projetar uma casa sustentável é voltar-se para as energias renováveis: solar, hidráulica ou eólica. Assim, pense em instalar painéis solares, recorrer à água das chuvas e usar materiais ecológicos.

 

Ao construir ou reabilitar uma casa, deve aconselhar-se junto do fabricante sobre quais serão os materiais menos tóxicos e mais sustentáveis, ou seja, com menor impacto sobre o ecossistema.

 

Planeie o dia a dia na sua casa sustentável

Por último, a nova casa só será sustentável se adotar rotinas responsáveis no seu interior. Ao planear construir ou reabilitar uma casa, pense na sua localização e no que ela lhe proporcionará. Estar próximo de transportes públicos e serviços é fundamental para reduzir o uso do automóvel e reduzir as emissões de dióxido de carbono.

 

Outros pormenores podem ajudá-lo a reduzir a sua pegada ecológica no dia a dia, como por exemplo:

 

  • Preferir o durável ao descartável
  • Optar por uma reciclagem eficiente
  • Utilizar lâmpadas LED
  • Comprar eletrodomésticos eficientes, de baixo consumo.

 

Construir casa sustentável: como escolher os materiais?

Se quer fazer uma construção sustentável, deve ter em consideração alguns aspetos, que deve questionar quando está a escolher materiais:

 

  • Quais as matérias primas utilizadas nos materiais? Dê preferência a materiais reciclados ou que, posteriormente, possam ser reutilizados
  • Qual é o processo de fabrico dos materiais? Opte por materiais que no seu processo de fabrico tenham baixo consumo de energia, de água, pouco poluentes e que não geram muitos resíduos
  • De que país veio? Prefira materiais locais ou que, em alternativa, não provenham de países muito distantes
  • Tem alguma componente perigosa? Sempre que possível, dê primazia aos materiais que não têm impacto no ambiente ou na saúde pública.

 

Que apoios existem para ter uma casa sustentável?

Se o investimento inicial na construção ou reabilitação de uma casa pode ser mais elevado que a média, a poupança em energia e o ganho de saúde e conforto são garantidos a longo prazo.

 

Fique a conhecer os apoios aos quais pode recorrer e benefícios fiscais dos quais pode usufruir.

 

Programa Edifícios mais Sustentáveis

Pode recorrer ao Programa Edifícios mais Sustentáveis (PAE+ S II), do Fundo Ambiental, e receber apoios para colocar janelas eficientes, trocar o isolamento térmico, adotar sistemas de aquecimento que recorram a energias renováveis, instalar painéis fotovoltaicos e melhorar a eficiência hídrica.

 

O Estado comparticipa em 70% do valor das intervenções, até ao valor limite estabelecido por tipologia de projeto. Por exemplo, se quiser substituir as suas janelas por umas eficientes, de classe A, pode receber, no máximo, 1 500 euros.
Cada candidato pode receber até 7 500 euros por casa, até ao máximo de 15 000 euros no total.

 

Programa Vale Eficiência

O programa Vale Eficiência, do Fundo Ambiental, destina-se a ajudar as famílias economicamente vulneráveis a melhorar o conforto térmico das suas casas. Estes vales, no montante de 1 300 euros cada, podem ser utilizados para obras ou para adquirir equipamentos que permitam melhorar o desempenho energético de habitações permanentes.

 

As candidaturas estão abertas em 2022, até que o programa atinja os 20 000 vales emitidos. Até 2025, o Governo estima atribuir 100.000 “Vales Eficiência”.

 

Desconto no IMI

Se fizer obras na sua casa para a tornar mais eficiente, pode ainda beneficiar de um desconto de até 25% no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), durante cinco anos. Para tal, é necessário que tenha sido atribuída uma classe energética igual ou superior a A.

 

Cabe aos municípios decidirem em Assembleia Municipal se atribuem, ou não, o desconto e qual a percentagem. Por exemplo, em Lisboa a redução do IMI é de 10% e em Seia, o desconto é de 12,5%.

 

Isenção do IMT

Está à procura de casa para comprar? Se optar por adquirir um imóvel com mais de 30 anos ou que esteja localizado numa área de reabilitação urbana e fizer obras de reabilitação, fica isento do Imposto Municipal sobre Transmissão de Imóveis (IMT).

 

Para tal, é necessário realizar obras de reabilitação, de acordo com Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, e que, na sequência desta intervenção, a casa cumpra os requisitos de eficiência energética e de qualidade térmica necessários.
 

 

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