Bem-estar

Zona: o que é e quais os sintomas?

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Atualizado a 12 Novembro 2025
senhora a ser analisada por um médico

Se já teve varicela (uma doença bastante comum durante a infância) saiba que pode vir a desenvolver zona na idade adulta. Porquê? Porque o vírus fica alojado no seu organismo, onde permanece inativo durante anos, até que um dia pode reativar-se e dar origem à zona. 

 

 

O que é a zona?

A zona, também conhecida por “herpes zoster” ou “cobrão”, é uma infeção viral causada pelo mesmo vírus responsável pela varicela, o vírus varicela-zoster. Após ser responsável pela varicela, o vírus fica “adormecido” no corpo e pode nunca voltar a manifestar-se. Com o avançar da idade e/ou num momento de fragilidade do sistema imunitário, o vírus pode ser reativado sob outra forma clínica denominada de zona. 

 

 

Quais os sintomas da zona?

A varicela manifesta-se através de borbulhas em toda a pele. Contudo, na zona as borbulhas ficam limitadas a uma área, que corresponde ao território de um nervo sensorial e só de um lado do corpo, num formato parecido com uma faixa (que corresponde a um dermátomo). Os sintomas e as lesões cutâneas (vermelhidão, bolhas e crostas) aparecem nessa área específica da pele - no dermátomo afetado.

 

Os sintomas começam com dor intensa ou comichão na pele. Alguns dias depois, aparecem manchas vermelhas, que evoluem para bolhas (vesículas) com líquido e, posteriormente, crostas. 

 

Pode ainda existir:

  • Sensação de calor
  • Comichão (menos relevante do que na varicela)
  • Dormência ou formigueiro nas zonas afetadas
  • Febre
  • Calafrios
  • Dor de cabeça.

 

 

A doença zona é contagiosa?

Ao contrário da varicela, que é altamente contagiosa, a zona não se transmite de pessoa para pessoa. No entanto, se nunca teve varicela e estiver em contacto com o vírus que provoca a zona (o mesmo da varicela), pode ser contagiado e desenvolver varicela, mas não zona.

 

 

Qual é o período de contágio do herpes zoster?

Se nunca teve varicela, o herpes zoster é contagioso até todas as lesões da pessoa infetada estarem em crosta. O período de incubação é, geralmente, compreendido entre oito a 21 dias, após o contacto direto com a pessoa infetada.

 

Quais as sequelas da zona

Em pessoas com um sistema imune mais débil ou que tenham outras complicações, o processo pode ser mais grave. Num pequeno número de casos podem surgir algumas complicações, como:

  • Neuralgia pós-herpética, ou seja, pode existir dor persistente na área das lesões (vesículas)
  • Perda parcial ou total da visão, caso o herpes zoster se desenvolva em volta do olho e não seja devidamente tratado
  • Infeção secundária das feridas
  • Encefalite (inflamação do cérebro)
  • Meningite (inflamação das membranas que rodeiam o cérebro e medula).

 

 

Qual o tratamento?

O tratamento da zona implica, geralmente, a toma de medicamentos por via oral (antivíricos) prescritos pelo médico, que reduzem a intensidade dos sintomas e aliviam a dor. Porém, para ser eficaz é importante começar a tomar os medicamentos nos primeiros dias (até 72 horas após os primeiros sintomas). Portanto, assim que sentir os primeiros sintomas deve dirigir-se a um médico. 

 

O médico pode prescrever terapêutica dirigida aos sintomas, nomeadamente analgésicos (tópica e oral) quando já existe dor neuropática, numa fase mais tardia do processo. Pode ser necessário a toma de anti-histamínico para a comichão e, em caso de infeção, outro tipo de tratamento.

 

Nos casos em que a infeção esteja localizada em volta do olho, deve consultar um Médico Oftalmologista para iniciar um tratamento adequado e evitar o desenvolvimento de outras complicações.

 

Como aliviar a dor da zona?

A dor provocada pode ser aliviada através de analgésicos ou medicamentos de aplicação tópica (na pele), logo é essencial manter a pele limpa para evitar infeções. Tenha, ainda, o cuidado de manter a correta higiene das mãos.

 

Promoção da saúde e prevenção da doença:

  • Vacina: a vacinação contra o herpes zóster é a melhor forma de prevenir a doença e as suas complicações
  • Estilo de vida saudável: manter um sistema imunitário forte através de um estilo de vida equilibrado pode ajudar a manter as suas defesas fortes e capazes de lutar contra o vírus.

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

foto de Mariana Fonseca

Vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS)

Mariana Fonseca

Fisioterapeuta. Mestre em Promoção da Saúde, com Pós-graduação em Literacia em Saúde na Prática e em Comunicação em Saúde Pública, educação e mudança comportamental em saúde.

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