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Imagine aproveitar o calor que está debaixo dos nossos pés para aquecer casas, produzir eletricidade e tornar as cidades mais sustentáveis. Parece ficção científica, mas é realidade: estamos a falar da energia geotérmica, uma fonte de energia renovável que tem tudo para ganhar protagonismo nas próximas décadas.Se o tema lhe parece distante, não se preocupe: neste artigo explicamos o que é energia geotérmica e como pode transformar o futuro.
A palavra vem do grego: geo (terra) e thermos (calor). Ou seja, trata-se da energia obtida do calor interno da Terra. Esse calor é gerado pela formação do planeta e pelo decaimento de elementos radioativos no subsolo.
Na prática, a energia geotérmica pode ser aproveitada de duas formas principais:
Outro detalhe que faz deste recurso uma aposta extremamente atrativa é o facto de estar disponível 24 horas por dia, independentemente do vento ou da luz solar, o que o torna altamente fiável.
As vantagens da energia geotérmica são várias e explicam porque estamos perante uma das fontes de energia sustentável mais promissoras do século XXI.
Como em qualquer tecnologia, também existem obstáculos:
A geotermia é bastante versátil e vai muito além da eletricidade. Seja em grande escala (com uma central geotérmica) ou em pequenas instalações residenciais, adapta-se a diferentes necessidades.
Portugal tem duas realidades distintas no que toca ao aproveitamento da energia geotérmica: alta entalpia nos Açores e baixa entalpia no continente.
Nos Açores, a atividade vulcânica cria condições ideais para a produção elétrica a partir de geotermia. Em São Miguel, as centrais geotérmicas já fornecem uma parte significativa da eletricidade consumida na ilha, ajudando a reduzir a dependência de combustíveis importados. Na Terceira, o projeto Pico Alto reforçou esta aposta, consolidando a geotermia como uma fonte de energia renovável de base. Para além da redução de emissões de carbono, os projetos açorianos oferecem estabilidade de preços e criam emprego qualificado na região.
No continente, o recurso geotérmico é sobretudo de baixa entalpia e, por isso, não existem centrais elétricas em funcionamento. Ainda assim, abre portas a várias aplicações locais. A energia é usada em balneários termais históricos, no aquecimento de estufas agrícolas e de piscinas, bem como na climatização de edifícios residenciais e de serviços através de bombas de calor. Estes sistemas oferecem ganhos claros em eficiência energética e reduzem custos a longo prazo. Há ainda espaço para crescer, especialmente na reabilitação energética de edifícios e na criação de redes de calor urbano que sirvam bairros ou parques industriais.
É indiscutível: o futuro da energia geotérmica passa pela inovação. Novas técnicas de perfuração, inteligência artificial para mapear o subsolo e sistemas como o Enhanced Geothermal Systems estão a abrir possibilidades que antes pareciam inalcançáveis.
A Islândia é um exemplo inspirador: quase toda a sua eletricidade e aquecimento vêm da geotermia, mostrando como esta fonte pode sustentar uma economia moderna e reduzir drasticamente a dependência de combustíveis fósseis.
Se hoje a geotermia ainda é limitada a regiões específicas, no futuro poderá ser explorada em muito mais locais. E tal coloca-a como candidata a desempenhar um papel ainda mais relevante no mix energético global.
A energia geotérmica não é apenas uma solução limpa, é também uma forma de trazer estabilidade à economia de energia. Por ser local e constante, ajuda a reduzir a dependência de combustíveis importados e mantém os custos mais previsíveis a longo prazo.
Adicionalmente, cria emprego qualificado nas regiões onde é explorada e dá às empresas uma forma de cortar emissões sem perder competitividade. É certo que o investimento inicial é elevado, mas com o apoio de incentivos públicos e contratos de longo prazo, rapidamente se transforma numa aposta sólida e rentável.
A energia geotérmica pode não ser tão visível como a solar ou a eólica, mas tem um potencial silencioso e decisivo. É limpa, estável, eficiente e pode ser um trunfo para Portugal e para o mundo na corrida à neutralidade carbónica. Talvez não seja a energia que mais se vê, mas pode ser a que fará toda a diferença.
Comece por casa. Se sonha com um futuro mais sustentável, o Crédito Energias Renováveis do Santander pode ser o impulso que faltava para dar o salto.
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