A meditação, prática milenar indiana, tem vindo a conquistar o mundo ocidental. Os seus benefícios para a saúde são vastos, mas nem sempre é fácil saber por onde começar. Descubra em que consiste a meditação e como pode dar os primeiros passos.
De uma forma muito simplificada, a meditação consiste em parar por um momento para estar presente, apenas a respirar. As diferentes abordagens e exercícios que existem podem convidar-nos a focar a atenção na inspiração e expiração, nos sons à nossa volta, na chama de uma vela, ou, pelo contrário, no vazio.
Por vezes podemos ser invadidos por pensamentos intrusivos neste processo, e está tudo bem: devemos deixá-los chegar, e gradualmente voltar a focar a atenção na respiração (ou no objetivo que tenhamos estabelecido).
Práticas como o yoga, o tai-chi e o mindfulness usam a meditação como ferramenta.
Apesar de ter raízes espirituais, pode ser abordada como uma prática secular, não necessariamente vinculada a uma religião. A meditação começou a ser estudada pelos seus benefícios para a saúde na década de 1960, nos Estados Unidos; e em 2003 a revista Time dedicou a capa ao fenómeno. Hoje, já é convencional. Afinal, como se lê no fecho deste artigo, “já não é só o amigo espiritual quem sugere que tente meditar; é também seu o médico”.
Os benefícios da meditação para a saúde, quer física quer mental, estão a ser amplamente estudados pela medicina ocidental. Entre as vantagens validadas pela ciência encontram-se, por exemplo, a regulação da flora intestinal ou a gestão de sintomas de ansiedade (mesmo que se medite apenas alguns minutos por dia).
Assim, esta prática pode ser adotada por cada um de nós para reduzir o stress do dia a dia e potenciar a saúde e bem-estar.
Lembre-se: não precisa de conseguir meditar 20 ou 30 minutos seguidos nas primeiras tentativas. Não é uma atividade fácil ou imediata para toda a gente, e está tudo bem. Gira as suas expectativas e comece por períodos mais curtos. Assim, pode ir aumentando gradualmente a duração e adaptando a prática à sua logística diária.
Conselhos para quem está a dar os primeiros passos:
Não há formas certas ou erradas de meditar. O importante é ir praticando. Mesmo uma meditação invadida por pensamentos conta!
Da próxima vez, tente fazer algumas alterações: pôr uma música calma de fundo, ou meditar de olhos abertos, fixando o olhar num ponto. Vá explorando para perceber o que funciona melhor para si.
Para além de definir tempo na agenda para praticar (esteja onde estiver), pode também recorrer a ferramentas externas, como livros ou aplicações para telemóvel.
Apps como a Calm ou a Headspace incluem catálogos de meditações guiadas, o que pode ser útil para ir variando a sua prática. Experimente e deixe-se levar.
Se quiser meditar com música, pode procurar álbuns ou playlists dedicadas a esse fim. Felizmente, existem muitas opções, em diferentes formatos e a diferentes preços.
Os benefícios da meditação não se ficam pelos adultos: também as crianças parecem beneficiar de melhorias a nível cognitivo, emocional e social quando praticam meditação. De tal modo que já existem projetos para introduzir a meditação e mindfulness nas escolas portuguesas.
Se quiser convidar as crianças que tem em casa a praticar, escolha uma meditação guiada feita a pensar nelas, e acompanhe-as durante o processo. Quem sabe se não passa a ser um ritual partilhado entre as diferentes gerações da família.
Já sabe: incluir a meditação nos seus cuidados de saúde e bem-estar é uma mais-valia. O seu “futuro eu” vai certamente agradecer.
Boa prática!
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