finanças

Juros compostos: o que são e como funcionam

17 abr 2024 | 2 min de leitura

Já ouviu falar do termo juros compostos? Veja como funcionam as aplicações financeiras e conheça como é calculada a capitalização de juros.

o que são juros compostos

Acredita que tempo é dinheiro? Mas o que significa isto em termos práticos? Neste artigo damos-lhe a conhecer aquela que, segundo Einstein, é das forças mais poderosas do universo: os juros compostos.

 

O que entendemos como juros?

O conceito de tempo é dinheiro é muito popular. Quando colocamos o nosso dinheiro numa aplicação financeira esperamos obter um ganho. Quanto mais tempo o dinheiro estiver investido mais esperamos receber, pois quem investe deixa de consumir hoje para consumir no futuro… e pretende ser compensado por esta espera!

 

Segundo o Banco de Portugal, o juro “representa o preço do dinheiro, correspondendo à remuneração pelo capital emprestado durante determinado período de tempo”. Assim, quem deposita o seu dinheiro numa aplicação financeira de uma instituição de crédito, espera receber um juro (uma remuneração), pois está a disponibilizar recursos que são seus para serem utilizados por outras pessoas ou empresas.

 

O juro pode ser recebido de acordo com diversas periodicidades, conforme combinado entre as partes (mensalmente, semestralmente ou anualmente). O juro também pode ser simples ou composto.

 

 

Juro simples e composto: qual a diferença

Enquanto o juro simples cresce proporcionalmente com o tempo, o juro composto cresce mais do que proporcionalmente com o tempo. Vejamos abaixo o que cada um destes termos significa e como impactam as suas poupanças.

 

 

Os juros simples

O juro simples corresponde ao retorno obtido pela aplicação de um montante de capital num depósito durante determinado período de tempo.

 

Para calcular um juro simples basta multiplicar o capital pela taxa de juro em vigor nesse mesmo período. Vejamos o seguinte exemplo, meramente ilustrativo e que ignora o efeito dos impostos:

 

Investimento - 1.000€

Taxa de Juro Anual – 10%

 

Esta aplicação irá gerar um retorno de 100€ todos os anos, valor que pode ser creditado na nossa conta bancária. Estes são os juros simples.

 

Juros compostos: o que são

Alguns depósitos a prazo permitem que haja capitalização de juros. Isto significa que os juros obtidos em cada período são adicionados ao capital inicial, constituindo um novo capital (maior que o inicial), que também vai ser remunerado (juro composto).

 

Desta forma, num depósito com juro composto são obtidos juros sobre juros e um capital crescente ao longo do tempo.

 

Se tiver a possibilidade de reinvestir o retorno que obteve no ano anterior, irá beneficiar do conceito de capitalização. Vejamos o seguinte exemplo:

 

Investimento - 1.000€

Taxa de Juro Anual – 10%

Prazo – 3 anos

 

O retorno no primeiro ano será de 100€. No início do segundo ano para além dos 1.000€ iniciais iremos investir os restantes 100€. Ou seja, o nosso capital para efeito de investimento será de 1.100€, o que nos irá conferir um retorno de 110€. No terceiro ano o efeito é o mesmo pelo que iremos ter no final dos três anos 1.331€. O efeito de capitalização dos juros implica que teremos um ganho adicional de 31€.

 

Como beneficiar da capitalização nas suas aplicações financeiras

Os exemplos acima são casos teóricos e servem o propósito de ilustrar o efeito da capitalização de rendimentos. Fizemos o exercício para 3 anos mas se o fizermos para 10 ou 20 anos o efeito acaba por se reforçar de forma significativa. Podemos então concluir que:

 

  • Quanto mais cedo começarmos a poupar, mais cedo começamos a beneficiar do efeito da capitalização
  • Quanto mais cedo começar a sua aplicação financeira menor será o esforço exigido para atingir os seus objetivos

 

A capitalização de rendimentos é uma força de grande relevo em qualquer estratégia de investimento. Estratégias pensadas para o médio / longo prazo permitem capitalizar rendimentos.

 

 

Como investir em juros compostos em Portugal

Investir em juros compostos pode ser feito através de uma variedade de instrumentos financeiros e produtos de investimento disponíveis no mercado. Aqui estão algumas opções:

 

  • Depósitos a prazo. Ideais para quem tem um perfil conservador. Alguns depósitos a prazo permitem que haja capitalização de juros, de forma automática ou por iniciativa do cliente.

 

  • Fundos de investimento. Os fundos de investimento são uma opção popular. Estes instrumentos aproveitam o poder dos juros compostos, pois os rendimentos gerados são reinvestidos, o que pode levar a um crescimento ainda maior do capital investido. Existem fundos de investimento para todos os perfis de investidor.

 

  • Planos de Poupança Reforma (PPR). São produtos de investimento de longo prazo destinados a poupar para a reforma e que oferecem vantagens fiscais. Em alguns PPR, os rendimentos são reinvestidos automaticamente, permitindo que os investidores beneficiem dos juros compostos ao longo do tempo.

 

  1. Ações. Investir em ações na bolsa de valores também pode proporcionar ganhos compostos, especialmente se os dividendos forem reinvestidos para comprar mais ações. No entanto, é importante lembrar que investir em ações envolve riscos e pode não ser adequado para todos os investidores.

 

Fale com o seu gestor para saber quais são as soluções de investimento que melhor se adequam aos seus objetivos e necessidades financeiras, em cada momento, e diversifique os seus riscos.

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

O que achou deste artigo?

Queremos continuar a trazer-lhe conteúdos úteis. Diga-nos o que mais gostou.

Agradecemos a sua opinião!

A sua opinião importa. Ajude-nos a melhorar este artigo do Salto.

Salto Santander

Agradecemos o seu contributo!

Salto Santander Poupança no Santander

Investir no futuro

Investimentos na construção do seu futuro. Veja como construir o seu.

Quer investir no seu futuro? Quer investir no seu futuro?

Informação de tratamento de dados

O Banco Santander Totta, S.A. é o responsável pelo tratamento dos dados pessoais recolhidos.

O Banco pode ser contactado na Rua da Mesquita, 6, Centro Totta, 1070-238 Lisboa.

O Encarregado de Proteção de Dados do Banco poderá ser contactado na referida morada e através do seguinte endereço de correio eletrónico: privacidade@santander.pt.

Os dados pessoais recolhidos neste fluxo destinam-se a ser tratados para a finalidade envio de comunicações comerciais e/ou informativas pelo Santander.

O fundamento jurídico deste tratamento assenta no consentimento.

Os dados pessoais serão conservados durante 5 anos, ou por prazo mais alargado, se tal for exigido por lei ou regulamento ou se a conservação for necessária para acautelar o exercício de direitos, designadamente em sede de eventuais processos judiciais, sendo posteriormente eliminados.

Assiste, ao titular dos dados pessoais, os direitos previstos no Regulamento Geral de Proteção de Dados, nomeadamente o direito de solicitar ao Banco o acesso aos dados pessoais transmitidos e que lhe digam respeito, à sua retificação e, nos casos em que a lei o permita, o direito de se opor ao tratamento, à limitação do tratamento e ao seu apagamento, direitos estes que podem ser exercidos junto do responsável pelo tratamento para os contactos indicados em cima. O titular dos dados goza ainda do direito de retirar o consentimento prestado, sem que tal comprometa a licitude dos tratamentos efetuados até então.

Ao titular dos dados assiste ainda o direito de apresentar reclamações relacionadas com o incumprimento destas obrigações à Comissão Nacional da Proteção de Dados, por correio postal, para a morada Av. D. Carlos I, 134 - 1.º, 1200-651 Lisboa, ou, por correio eletrónico, para geral@cnpd.pt (mais informações em https://www.cnpd.pt/).

Para mais informação pode consultar a nossa política de privacidade (https://www.santander.pt/politica-privacidade).