As dívidas começam a acumular e o tribunal parece o único caminho. Mas, e se lhe dissermos que existe uma solução para evitar esse cenário?
As contas estão a acumular-se e o dinheiro não chega? Não desespere. O PERSI pode ser a ajuda que precisa para renegociar as dívidas sem recorrer ao tribunal. Neste artigo, vai perceber como funciona, porque pode ser a solução ideal e o que acontece quando o processo chega ao fim.
O PERSI, Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento, é um processo criado para ajudar pessoas com dificuldades em pagar as prestações dos seus créditos de natureza não empresarial.
Resumidamente, trata-se de um mecanismo que permite renegociar dívidas diretamente com o banco, o que acaba por evitar os custos, o tempo e o stress de um processo judicial. É uma solução vantajosa tanto para os clientes como para os bancos.
O funcionamento do PERSI é bastante simples e segue quatro etapas bem definidas.
Após a integração, o banco tem cinco dias úteis para informar o cliente de que está a participar neste processo.
Depois de o cliente ser integrado, o banco avalia a sua situação financeira, tendo em conta os documentos apresentados (recibos de vencimento, declarações fiscais, etc.), para determinar a capacidade do cliente de cumprir as novas condições de pagamento. Nesta fase, pode ser necessário entregar documentos adicionais para que o banco compreenda melhor a capacidade de pagamento.
Note que o banco não é obrigado a aceitar todas as propostas feitas pelo cliente.
Caso o banco conclua que o cliente tem a possibilidade de cumprir novas condições de pagamento, apresenta propostas para regularizar a dívida. E estas podem incluir:
O cliente tem 15 dias para analisar estas propostas e, se necessário, apresentar alternativas.
Ambas as partes negociam e, se chegarem a acordo, formalizam as novas condições. Com isso, o cliente deixa de estar em incumprimento e pode voltar a respirar de alívio.
Imagine que o Luís tem um crédito automóvel. Após perder o emprego, deixou de conseguir pagar as prestações. Em vez de ignorar o problema, pede ao banco para iniciar o PERSI. O banco avalia a situação e apresenta uma proposta: alargar o prazo do crédito, reduzindo a prestação mensal. Com isto, o Luís consegue evitar a penhora de bens e reorganizar as suas finanças.
O PERSI traz várias vantagens para quem está em dificuldades financeiras:
O PERSI não dura para sempre. Este procedimento pode terminar de várias formas:
Se não houver acordo, o caso segue para tribunal e podem ser aplicadas medidas como:
No fim, é importante lembrar: créditos podem ser uma ajuda quando precisamos, mas é sempre melhor usá-los com responsabilidade e manter o orçamento em dia, para que o peso das dívidas não nos apanhe desprevenidos.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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