Finanças

Sabe o que é uma smart city? Veja o top mundial e as portuguesas que já se destacam

4 minutos de leitura
Publicado a 26 Setembro 2025
smart cities

Desfaça-se a ideia feita: uma cidade inteligente não se mede pelo número de dispositivos e inovações, mede-se pelo que resolve. Quando a cidade cruza dados para ajustar transporte, iluminação, água e resíduos em tempo quase real, a vida flui.

 

É assim que a tecnologia sai do palco e entra no serviço público: menos esperas, menos custos, mais qualidade de vida.

 

 

Características de uma smart city

Uma cidade não “nasce” inteligente de um dia para o outro. Constrói-se, camada a camada. Eis as peças principais.

 

 

Sustentabilidade

Edifícios eficientes, energia renovável, rega e água monitorizadas, recolha de resíduos quando os contentores estão mesmo cheios. O objetivo é cortar desperdício sem cortar o conforto. Cidades que levam isto a sério medem o que consomem e ajustam em tempo real.

 

 

Conectividade

Fibra, 5G, Wi-Fi público e, sobretudo, plataformas urbanas e dados abertos que ligam tudo. A conectividade é a autoestrada por onde circulam os dados que permitem decisões mais rápidas, do planeamento às operações no terreno. (A infraestrutura 5G, por exemplo, é o “tecido nervoso” de muitas aplicações urbanas modernas).

 

 

Mobilidade inteligente

Informação ao minuto, bilhética simples, lugares de estacionamento monitorizados, integração entre modos e tarifários. A ideia é que cada deslocação seja mais previsível, segura e barata.

 

 

Transporte público otimizado

Linhas e frequências afinadas com base em procura real, apps que mostram tempos de espera fiáveis e integração com bicicletas e micromobilidade. Os minutos que se poupam aqui contam (e muito) no final do mês.

 

 

Veículos autónomos

Não é ficção científica: já há projetos-piloto em áreas controladas, sobretudo para ligações de último quilómetro e operações internas. O truque não é “andar sem condutor” só porque sim; é integrar estes veículos na gestão de tráfego e de energia para ganhar eficiência.

 

 

A evolução das cidades para “smart cities”

As cidades sempre foram tecnológicas. Os romanos já sabiam o valor de um bom aqueduto. Séculos depois, chegou o saneamento moderno, a iluminação pública, os elétricos, a telefonia, os semáforos.

 

O que muda agora é somente a escala e a velocidade: sensores baratos e conectividade permitem decisões quase em tempo real. A inteligência urbana surge quando se cruzam dados de tráfego com meteorologia, agenda cultural e segurança para planear a iluminação e as rotas de transporte no próprio dia. E há uma mudança de filosofia: menos tecnologia “pelo brilho” e mais cidade como plataforma, centrada em resultados para quem vive, trabalha ou visita.

 

 

As cidades mais inteligentes do mundo

Há vários rankings, mas um dos mais acompanhados é o IMD Smart City Index. A edição de 2025 avaliou 146 cidades e cruzou dados “duros” com a perceção dos residentes sobre mobilidade, saúde, governação, atividades, educação e habitação.

 

O resultado é um retrato muito realista de como a tecnologia melhora (ou não) a vida de quem lá mora.

 

Pode consultar o relatório oficial de 2025 aqui.

 

 

Top 10 mundial de smart cities em 2025

  1. Zurique (Suíça)
  2. Oslo (Noruega)
  3. Genebra (Suíça)
  4. Dubai (Emirados Árabes Unidos)
  5. Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos)
  6. Londres (Reino Unido)
  7. Copenhaga (Dinamarca)
  8. Camberra (Austrália)
  9. Singapura
  10. Lausanne (Suíça).

 

Características de algumas das smart cities mundiais:

 

  1. Camberra, Austrália: ar limpo, muitas áreas verdes e forte sentido de comunidade, com meta de neutralidade carbónica até 2045; usa tecnologia para gerir iluminação, resíduos e tráfego em tempo quase real e a boa conectividade (fibra/5G) sustenta um ecossistema de inovação que atrai startups e bons empregos
  2. Londres, Reino Unido: serviços digitais acessíveis, integração a sério entre metro, autocarros, comboios, bicicletas e barcos, rede de carregamento para veículos elétricos em rápida expansão e políticas como ULEZ/ZEZ a reduzir emissões e a acelerar a transição energética
  3. Zurique, Suíça: transporte público altamente fiável, serviços municipais digitais e interoperáveis e uso criterioso de dados para afinar rotinas diárias, com foco em eficiência energética, qualidade do espaço público e cultura de dados abertos e participação cívica
  4. Singapura: pagamentos sem contacto e dados abertos para planear rotas e gerir o trânsito, informação em tempo real que reduz fricção no dia a dia, administração pública digital e transparente e aposta em sustentabilidade com agricultura urbana integrada
  5. Abu Dhabi (E.A.U.): mobilidade inteligente integrada e Masdar City como laboratório vivo, com edifícios certificados e redução de pelo menos 40% em água e energia, produção solar em larga escala, pilotos de veículos autónomos e serviços online pensados para um clima extremo.

 

 

Smart cities em Portugal

Por cá também não nos estamos a deixar ficar para trás. Há projetos muito concretos no terreno e estima-se que existam mais de 50 cidades com iniciativas de cidades inteligentes em diferentes fases. O caminho faz-se com plataformas urbanas, sensores, 5G, dados abertos e participação cidadã.

  • Aveiro Tech City / STEAM City. Testbed urbano com fibra, sensores ambientais e meteorológicos, pilotos 5G e uma plataforma urbana que agrega dados para apoiar serviços e aplicações. É cidade-laboratório a sério, do ar que se respira à mobilidade
  • Cascais – MobiCascais (MaaS). Sistema integrado que junta autocarros, bicicletas, estacionamento e mais, com app para planear, reservar e pagar. A rede gratuita de autocarros opera 44 linhas e liga 157 escolas, suportada por dados abertos
  • Vila Nova de Famalicão – B-Smart. Plataforma de inteligência urbana e centro de controlo para mobilidade, iluminação, ambiente, segurança e estacionamento, com informação prática para o dia a dia dos munícipes
  • Barreiro – sensores e 5G ao serviço da cidade. Contentores com sensores de enchimento e rotas de recolha otimizadas, além de monitorização de fluxos pedonal e rodoviário com vídeo-analítica 5G. Menos quilómetros ao acaso, menos combustível, melhor serviço
  • Albufeira – participação cidadã digital. Portal e app de Gestão de Ocorrências que ligam moradores e serviços municipais, com integração de dados para antecipar intervenções. Coprodução de serviços com quem conhece a rua de perto: os residentes.

 

Portugal já tem projetos no terreno. E a sua casa pode ser o próximo passo. Faça parte da mudança, conheça o financiamento do Santander para energias renováveis e dê o salto para uma casa mais eficiente.

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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