É uma decisão importante e emocionante, mas que tem de ser tomada com calma e cautela. Veja as etapas essenciais e o que ter em conta nesse momento.
Seja pela necessidade de mudar de cidade, pelo desejo de encontrar um espaço maior ou simplesmente para aproveitar uma boa oportunidade de mercado, o processo de venda de um imóvel envolve uma série de etapas e considerações que podem parecer complexas e, até mesmo, intimidantes. No entanto, com a orientação certa, é possível transformar essa experiência num percurso bem-sucedido e recompensador.
O primeiro passo é determinar se é o momento certo para o fazer. Identificar o momento ideal envolve, primeiramente, uma análise cuidadosa do mercado imobiliário atual. Considere fatores como a oferta e a procura (no geral e na sua área), a velocidade a que as ofertas na zona estão a ser vendidas e a que valor.
Analise também as condições económicas como as taxas de juro e o estado geral da economia. Taxas de juro baixas, por exemplo, incentivam os compradores, pois tornam os empréstimos mais acessíveis. Se as taxas estão baixas, pode ser uma excelente oportunidade para vender.
Por último, mas não menos importante, avalie a sua situação pessoal e as necessidades. Se precisa de vender rapidamente devido a uma mudança de emprego, questões financeiras ou outros fatores pessoais, o momento ideal pode ser ditado mais pelas suas circunstâncias do que pelas condições do mercado. Se tem flexibilidade para esperar, pode monitorizar o mercado e escolher um momento mais oportuno para maximizar o valor da venda.
Se não sabe quanto vale a sua casa, como sabe o que pedir? Então, para evitar que o imóvel fique no mercado por demasiado tempo ou que se venda por um preço abaixo do seu valor real, é essencial saber como avaliar corretamente o valor da sua casa. Mas nem sempre é tarefa simples: o valor de um imóvel depende de uma série de fatores, desde a localização até às características específicas. Para facilitar este processo, existem alguns métodos.
Este método consiste em comparar o seu imóvel com outros semelhantes que estão à venda ou que foram recentemente vendidos na mesma área. Como fazer? Pesquise imóveis com características semelhantes (tamanho, número de quartos, estado de conservação) na zona. Para o efeito, utilize sites de venda de imóveis para comparar preços.
Pode obter uma avaliação profissional ao contratar um avaliador certificado ou através de uma agência imobiliária ou empresa qualificada. Estes profissionais são especializados em avaliar propriedades e consideram diversos fatores como a localização, o estado do imóvel, as características da propriedade e as condições do mercado imobiliário local.
Existem várias plataformas que oferecem estimativas de valor de imóveis ao analisar dados públicos sobre vendas, características das propriedades e tendências do mercado, para fornecer uma estimativa rápida.
Tome nota: confirme a confiabilidade destas ferramentas antes de fornecer os seus dados pessoais. Leia os termos e condições para garantir que os serviços são gratuitos e sem compromissos.
Embora seja natural querer maximizar o lucro da venda da casa, definir um preço demasiado elevado pode afastar potenciais compradores e prolongar o tempo de venda. Por outro lado, um preço demasiado baixo pode resultar numa perda financeira. Utilizar uma combinação de métodos de avaliação e ferramentas disponíveis ajuda a chegar a um preço de venda realista e competitivo.
Vender casa com o auxílio de uma agência imobiliária ou sozinho? Ambas as opções têm vantagens e desvantagens que devem ser cuidadosamente consideradas. A escolha certa dependerá das suas necessidades, conhecimentos e recursos disponíveis. Vamos explorar as diferenças entre estas abordagens para o ajudar a tomar a melhor decisão.
Vantagens:
Vantagens
Desvantagens
Dependendo do tipo de venda e das condições do imóvel, pode precisar de diferentes documentos para celebrar um Contrato-Promessa de Compra e Venda (CPCV) e finalizar o negócio no dia da escritura. A maioria dos proprietários precisa de ter sete documentos essenciais:
1. Certidão permanente predial atualizada: documento com validade de seis meses que possibilita a consulta do histórico do imóvel. Inclui dados sobre o terreno, a construção, sucessões hereditárias e penhoras
2. A caderneta predial urbana: documento válido por 12 meses que permite a consulta de todas as informações fiscais relevantes sobre o imóvel. Inclui as características do imóvel, localização, valor patrimonial tributário (VPT), dados do proprietário, entre outras
3. Ficha técnica do imóvel: comprova que a casa foi inspecionada e está em conformidade com os projetos aprovados pelas autoridades competentes. Documento apenas obrigatório para casas construídas após a entrada em vigor do decreto-lei n.º 38.382, de 7 de agosto de 1951
4. Ficha Técnica da Habitação: descreve as características técnicas e funcionais do imóvel para fins habitacionais. Este documento só se aplica a imóveis edificados ou sujeitos a obras de reconstrução e ampliação após 30 de março de 2004
5. Certificado energético: avalia a eficiência energética da casa, com uma classificação de A+ (muito eficiente) a F (pouco eficiente) e com validade de dez anos para edifícios habitacionais
6. Distrate: documento emitido pelas instituições bancárias que permite cancelar a hipoteca do registo predial do imóvel transacionado e emitido pela instituição de crédito onde tem o financiamento
7. Declaração de não dívida ao condomínio: indica o montante total dos encargos relativos à fração, a existência de dívidas, os valores e prazos de pagamento e as datas de constituição e vencimento (quando aplicável). O condomínio tem um prazo máximo de dez dias para emitir a declaração após o pedido. Caso não se consiga esta declaração, o vendedor pode declarar na escritura que não existem dívidas de condomínio e responsabilizar-se pelas mesmas até à data da escritura.
1. Assinatura do Contrato de Promessa de Compra e Venda (CPCV): já referido acima, é o documento que oficializa a intenção de compra e venda e que estabelece os termos e condições do acordo entre o comprador e o vendedor. Neste documento deve constar essencialmente:
2. Pagamento do sinal: adiantamento no valor da compra para garantir que ambas as partes se comprometem a finalizar o contrato. Este valor serve também para proteger o comprador e o vendedor, permitindo aplicar penalizações caso o acordo não seja cumprido
3. Preparação da escritura: reunir todos os documentos citados acima, necessários para a escritura
4. Assinatura da escritura: a formalização é assinada na Conservatória do Registo Predial, num notário ou num balcão Casa Pronta, um serviço do Ministério da Justiça onde é possível realizar de forma imediata todas as formalidades para a compra e venda de uma casa.
Embora a maioria dos encargos recaia sobre o comprador, há também despesas que o vendedor terá de assumir. Estes custos podem variar significativamente, dependendo dos documentos que já tem e da necessidade de pagar impostos sobre as Mais-Valias. Veja um resumo dos principais custos que pode esperar ao vender a sua casa.
Fórmula de cálculo das mais-valias
Mais-valias = valor da venda - (valor de aquisição x coeficiente de desvalorização da monetária) - (encargos com a realização e aquisição + despesas com a valorização do imóvel)
Depois de todos estes passos, parabéns, conseguiu vender a sua casa! Sabemos que este é um processo que requer paciência e atenção aos detalhes, por isso, planeie bem os seus passos e não tenha pressa. Boa sorte!
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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