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A compostagem transforma restos orgânicos num adubo rico e vivo, cheio de nutrientes que devolvem saúde ao solo e força às plantas. É reciclagem orgânica em modo “faça você mesmo” que ajuda a poupar dinheiro, reduzir lixo e fechar o ciclo da natureza.
Quer aprender mais sobre o tema? E talvez como iniciar a compostagem na sua casa? Então venha daí.
É um processo biológico em que microrganismos (como bactérias, fungos e leveduras) decompõem resíduos orgânicos e convertem-nos em composto, um material escuro, com cheiro a terra, fértil e estável.
Além de microrganismos, entram também em cena “operários” maiores como minhocas e pequenos artrópodes, que fragmentam a matéria e aceleram o processo.
No fim, o composto devolve macronutrientes (N, P, K, Mg) e micronutrientes (B, Cl, Cu, Co, Na), prontos para alimentar o solo e as plantas.
Antes de começar, vale a pena conhecer os “ingredientes” que fazem a compostagem acontecer. É um pouco como uma receita: precisa das proporções certas e dos elementos certos para o resultado sair perfeito.
Veja o que não pode faltar (e o que deve ficar de fora):
Corte os materiais em pedaços pequenos. Quanto menores forem, mais depressa tudo se transforma em composto.
Evite: carne e peixe, ossos, laticínios, grandes quantidades de óleos e gorduras, cinzas de carvão, fezes de animais, plantas doentes, madeiras tratadas, ervas daninhas com sementes e qualquer resíduo não biodegradável. Estes itens podem gerar odores, atrair pragas e atrasar o processo.
Nem toda a decomposição acontece da mesma forma. A diferença está, literalmente, no ar. Na compostagem, o oxigénio é o que separa um processo saudável e eficiente de outro mais lento e com cheiros desagradáveis. Veja a diferença entre os dois:
É a imagem clássica da compostagem: uma pilha alongada de resíduos orgânicos no exterior, construída em camadas alternadas de “verdes” e “castanhos”. Requer espaço e alguma rotina para virar a pilha e repor oxigénio. Em troca, oferece bom controlo do processo e muita capacidade.
Neste método a pilha quase não se mexe. O arejamento acontece através de tubos perfurados no interior ou através de entradas de ar na base. É uma solução “monta e esquece” durante algumas semanas, útil quando não há disponibilidade para viragens frequentes.
Onde as minhocas fazem a magia. Trabalham a temperaturas mais baixas, transformam rápidos volumes de restos de cozinha em húmus de alta qualidade e ainda produzem biofertilizante líquido. É limpa, discreta e cabe num apartamento.
São equipamentos fechados que trituram, aquecem e arejam os resíduos, reduzindo o volume em poucas horas e acelerando a estabilização. Não substituem todo o ciclo biológico, mas entregam um material pré-compostado que termina de curar em poucos dias.
É aqui que tudo começa. Assim que mistura os resíduos e o oxigénio entra em cena, bactérias e fungos despertam e começam a decompor os materiais mais simples, como restos de fruta e vegetais. Essa atividade gera calor, elevando a temperatura até aos 40 ou 45 °C - sinal de que o processo está a funcionar. Para manter o ritmo, basta garantir que há humidade e ar suficientes.
Chegou a altura “quente” da compostagem (literalmente). As temperaturas podem chegar aos 60 °C, o que acelera a degradação de ramos, folhas e fibras mais duras. O calor ajuda também a eliminar microrganismos nocivos e sementes de ervas daninhas, tornando o composto mais seguro. Se notar que a pilha arrefece cedo demais, falta humidade; se cheirar mal, precisa de mais ar.
Depois da fase intensa, o composto começa a arrefecer e entra no seu “período de descanso”. Microrganismos mais lentos refinam o material até este ganhar a textura escura, homogénea e o cheiro a floresta húmida que indicam que o composto está pronto. É o momento de deixar repousar algumas semanas. O resultado será um húmus rico, estável e pronto para devolver vida ao solo.
Depois de conhecer o processo passo a passo, é hora de escolher como quer pôr a compostagem doméstica em prática. Há mais do que uma forma de o fazer em casa (com ou sem minhocas, em varanda ou jardim) e todas funcionam, desde que mantenha o equilíbrio certo entre humidade, ar e matéria orgânica. Ora veja:
Pense no equilíbrio “salada + guardanapo”: metade verdes e metade castanhos por volume costuma resultar na perfeição. Ajuste com o nariz e com o “teste da esponja” - se cheira bem e está húmido, está tudo no ponto.
Atenção aos seguinte sinais:
Quando a compostagem entra na rotina, o impacto positivo é quase imediato e vai muito além das plantas do quintal. Cada pequena pilha de composto ajuda a aliviar o peso dos aterros, a melhorar os solos e a reduzir gases poluentes.
No fundo, trata-se de devolver à natureza o que é dela, fechando o ciclo de forma simples e sustentável.
A compostagem doméstica é apenas um dos muitos passos possíveis rumo a uma casa mais sustentável. E se está a pensar dar um salto maior, como investir em eficiência energética, painéis solares ou outras soluções amigas do ambiente, saiba que o Santander apoia projetos e financiamentos voltados para a sustentabilidade, ajudando-o a tornar o seu lar (e o planeta) ainda mais verde.
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