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Conta bancária conjunta: o que fazer em caso de falecimento de titular?

21 ago 2024 | 2 min de leitura

Saiba como gerir uma conta bancária conjunta após o falecimento de um titular e entenda os direitos dos cotitulares.

Duas senhoras a dar a mão

 

Quando um dos titulares de uma conta bancária conjunta falece, muitas dúvidas podem surgir sobre como proceder. A movimentação da conta, os direitos dos cotitulares e o destino dos fundos são questões que precisam ser esclarecidas para evitar complicações e assegurar a correta administração dos recursos.

 

 

Como movimentar a conta conjunta quando existe falecimento do titular?

Dado o falecimento de um dos titulares de uma conta conjunta, o primeiro passo é notificar o banco. Esta comunicação deve ser feita mediante a apresentação de uma certidão de óbito, que pode ser obtida presencialmente ou online no website do Instituto dos Registos e Notariado (IRN). A partir desse momento, a movimentação da conta sofrerá restrições, dependendo essencialmente do tipo de conta coletiva: solidária ou não solidária.

 

 

Contas solidárias

Neste tipo de conta, cada titular tem direito a movimentar o saldo de forma independente. Contudo, após o falecimento de um dos titulares, a movimentação fica limitada a 50% do valor disponível na conta. Esta regra assume que cada titular contribuía com metade do saldo. O restante 50% fica bloqueado até à conclusão do processo de habilitação de herdeiros.

 

 

Contas conjuntas não solidárias

Aqui, a movimentação dos fundos requer a autorização de todos os titulares. Após o falecimento de um dos detentores, a conta é geralmente bloqueada até que a situação seja resolvida através do processo de inventário. O cotitular sobrevivente precisará apresentar documentação apropriada ao banco, como a certidão de óbito e documentos do processo de inventário.

 

 

Quais os direitos dos cotitulares de uma conta conjunta?

Quando um dos titulares de uma conta conjunta falece, o cotitular tem o direito de continuar a usar a conta e a movimentá-la. No entanto, é importante guardar todos os extratos bancários. Porquê? De acordo com a lei, os herdeiros da pessoa falecida têm direito a metade do dinheiro que estava na conta à data do óbito. Guardar os extratos é uma forma de garantir que o dinheiro seja dividido de forma justa entre todos os herdeiros.

 

Para assegurar uma correta divisão dos fundos e evitar complicações, os direitos dos cotitulares e herdeiros devem ser respeitados conforme os acordos estabelecidos no momento da abertura da conta e a legislação aplicável. Para movimentar o saldo restante, os herdeiros devem:

 

1. Provar a sua legitimidade: solicitar a habilitação de herdeiros num balcão de Registos, como o Espaço Óbito, Cartórios ou nas Lojas de Cidadão e Conservatórias do IRN.

 

2. Apresentar a certidão de Imposto do Selo: emitida pelo Serviço de Finanças e prova a liquidação ou isenção do Imposto do Selo sobre transmissões. Este imposto deve ser pago no prazo máximo de três meses após o óbito. Esposas, maridos, pais, filhos e netos estão isentos deste imposto; outros herdeiros, como irmãos ou sobrinhos, devem pagá-lo.

 

senhor com telemóvel na mão e a olhar para um documento

 

O dinheiro da conta conjunta pode ir para o Estado?

Não, pelo menos no imediato. Apenas após 15 anos sem movimentações é que os fundos podem ser considerados abandonados e revertidos para o Estado. Assim, é fundamental que os herdeiros tomem as medidas necessárias para reivindicar os fundos dentro deste prazo.

 

 

Como posso saber onde a conta foi aberta

Caso não saiba onde o seu familiar tinha conta aberta, pode solicitar essa informação à Base de Dados de Contas do Banco de Portugal. Será necessário autenticar-se com os comprovativos de habilitação de herdeiros para ter acesso a esta informação.

 

Se pretende abrir uma conta conjunta, conheça opções de contas bancárias, adaptadas a diferentes necessidades e com vários benefícios que merecem ser considerados.

 

 

 

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