Mais pedidos, juros mais baixos. O crédito habitação dispara em 2025

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Publicado a 11 Julho 2025
 imagem de uma familia a segurar uma casa de tamanho pequeno na mão

Depois de um período mais contido, o mercado imobiliário volta a dar sinais de dinamismo. Mas será esta retoma sustentável?

Comprar casa voltou a estar no radar de muitas famílias portuguesas — e os números mostram isso mesmo. Nos primeiros meses de 2025, os pedidos de crédito à habitação deram um salto, impulsionados pela descida das taxas de juro e pelos novos apoios estatais, como a garantia pública para jovens até aos 35 anos.

 

 

Mais crédito pedido, mais crédito concedido

De acordo com os dados do Banco de Portugal, a procura por crédito à habitação aumentou de forma expressiva no primeiro trimestre de 2025. O principal motivo? A descida das taxas de juro, que tornou os empréstimos mais acessíveis.

 

Mas foi mais que isso: os novos apoios estatais, como a isenção de IMT e a garantia pública para jovens até aos 35 anos, também deram um forte impulso à decisão de comprar casa.

 

Apenas entre janeiro e março, o valor médio dos empréstimos formalizados subiu 24% face ao mesmo período do ano anterior, passando para os 201 mil euros por contrato. E quem pediu crédito nesta fase, fê-lo por valores cada vez mais altos: em média, 81% do valor da casa foi financiado pela banca, o que indica uma maior dependência do crédito.

 

Este aumento nos montantes financiados e no rácio de financiamento levanta sinais de alerta quanto ao equilíbrio financeiro das famílias, sobretudo num contexto de preços de habitação ainda elevados.

 

 

A banca está a reagir, mas com cautela

Apesar da forte procura, os bancos não mudaram (para já) os seus critérios de concessão de crédito. Continuam a avaliar bem cada pedido e rejeitaram ligeiramente mais propostas de financiamento no arranque do ano.

 

Contudo, também houve sinais positivos: muitos bancos começaram a aplicar spreads mais baixos nos empréstimos de risco médio e a flexibilizar o rácio entre o valor do empréstimo e o valor da casa (o famoso LTV – loan-to-value).

 

Na prática, significa que quem tem um perfil razoável está a conseguir melhores condições para financiar a compra da casa. E, com a concorrência entre bancos a aquecer, é muito provável que esta tendência continue.

Jovens lideram a corrida à casa própria

Outro dado curioso é o perfil de quem está a pedir crédito: os jovens estão cada vez mais presentes. Em 2024, 43% dos novos contratos de crédito à habitação envolveram pessoas entre os 18 e os 35 anos. Tendência que se veio a solidificar em 2025, com 44% dos créditos a jovens no primeiro trimestre a serem concedidos ao abrigo da nova garantia pública que permite financiar até 100% do valor da casa, segundo dados do Banco de Portugal.

 

Além disso, os incentivos estão a atrair também cidadãos estrangeiros, que representaram 30% dos contratos de crédito no último ano. Tudo isto está a contribuir para um aumento significativo do montante global de crédito concedido (e para uma crescente pressão sobre os preços no mercado imobiliário).

 

 

E o que se espera para os próximos meses?

A previsão é simples: enquanto as taxas de juro continuarem a descer - e tudo indica que sim, pelo menos até ao final do ano -, a procura por crédito à habitação deve manter-se elevada. As Euribor estão a aproximar-se dos 2% e os bancos continuam a ajustar os seus spreads para atrair clientes. As taxas mistas, com juros fixos nos primeiros anos, estão a dominar o mercado, já representando mais de 80% dos novos contratos.

 

Do lado dos bancos, espera-se uma ligeira flexibilização nos critérios de concessão nos próximos meses. Mas a prudência vai manter-se, afinal, apesar do ambiente mais favorável, o risco de sobre-endividamento também está a aumentar.

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