Finanças

Crise energética: o que é e o que podemos fazer

5 minutos de leitura
Atualizado a 20 Outubro 2025
Crise energética

Temos sentido no bolso as consequências. A subida de preços na Europa começou com a retoma pós-pandemia, agravou com a guerra na Ucrânia e com a restrição de gás russo; ondas de calor e secas também pesaram na produção hidroelétrica e no consumo.

 

Explicamos, de seguida, o que é a crise energética e quais as recomendações para poupar energia.

 

 

Crise energética: o que é?

“A situação de crise energética caracteriza-se pela ocorrência de dificuldades no aprovisionamento ou na distribuição de energia que tornem necessária a aplicação de medidas excepcionais destinadas a garantir os abastecimentos energéticos essenciais à defesa, ao funcionamento do Estado e dos sectores prioritários da economia e à satisfação das necessidades fundamentais da população”, de acordo com a definição que consta no Decreto-Lei n.º 114/2001.

 

Estas dificuldades podem resultar de acontecimentos provocados por ação do homem ou da natureza, ocorridos dentro do País ou fora dele, designadamente em países membros de organizações internacionais em que Portugal se insere.

 

Simplificando, fala-se em crise energética quando a produção de energia não é suficiente para responder às necessidades da população, o que pode resultar em racionamento de energia.

 

 

Consequências da crise energética em Portugal

Quando a oferta de energia não chega para a procura da população, afeta:

  • A conta da energia. É a lei da oferta e da procura. Se não existir oferta de energia suficiente para responder à procura da população, o preço que paga pela mesma será superior. O que se tem sentido nos últimos meses
  • A qualidade de vida da população. Numa sociedade altamente dependente da energia, a falta de eletricidade ou gás natural pode impactar o conforto térmico, nomeadamente excesso de frio no inverno ou de calor no verão
  • O preço dos bens de consumo e serviços. A crise energética também se reflete na ida ao supermercado, uma vez que as empresas pagam mais para produzir e distribuir os seus produtos, o que encarece os bens alimentares e não alimentares.

 

 

O que causa o atual aumento dos preços da energia?

Vários fatores contribuíram para a subida dos preços:

  • Aumento dos preços do gás nos mercados mundiais e na União Europeia
  • Condições climáticas extremas, mais consumo para arrefecer e maior pressão na produção de eletricidade
  • Maior procura de GNL (gás natural liquefeito) e subida forte do seu preço
  • Aumento do consumo de gás na Ásia devido à recuperação económica
  • Escassez da produção de eletricidade nuclear e hidroelétrica, em parte relacionada com as condições climáticas.

 

 

O que está a ser feito pela União Europeia e como os cidadãos podem contribuir?

Para dar resposta à crise energética atual, a União Europeia apresentou o Plano REPowerEU, que foi implementado em 2022 mas continua a reduzir a dependência dos combustíveis fósseis russos e acelerar a transição energética na UE. Este plano foca-se em três aspetos:

  • Aumentar a produção e utilização de energias renováveis
  • Incentivar à poupança energética por parte dos Estados, cidadãos e empresas
  • Diversificar as fontes de energia, por forma a estar menos dependente da Rússia.

 

 

Como os cidadãos podem contribuir (e poupar)

  • Ajustar consumos em casa: Temperaturas moderadas, eliminar standby, optar por LED e horários fora de pico
  • Comparar tarifários (Portugal): usar os simuladores oficiais da ERSE e o Poupa Energia (ADENE) para encontrar a oferta mais barata e ajustar potência/ciclo horário
  • Investir quando possível: isolamento, bombas de calor, autoconsumo fotovoltaico ou comunidades de energia.

Dicas para poupar energia elétrica e gás natural

Reduzir o consumo de energia relacionado com iluminação interior e exterior

  • Luz decorativa interior: desligar às 22:00 (inverno) e 23:00 (verão)
  • Luz decorativa exterior: desligar à 00:00
  • Natal: usar as luzes 18:00 24:00
  • Espaços vazios: apagar as luzes
  • Luz natural: aproveitar janelas/clarabóias/tubos de luz para reduzir a luz artificial
  • Intensidade/horários: ajustar à ocupação e uso; manter só a iluminação de emergência quando necessário.

 

 

Se tiver disponibilidade para investir…

  • Implementar sistemas de gestão para a racionalização do consumo
  • Trocar as lâmpadas por LED eficientes e, quando fizer sentido, use dimmers para ajustar a intensidade.

 

 

Reduzir o consumo energético na climatização de espaços

  • Temperatura: até 18°C no inverno e mínimo de 25°C no verão
  • Portas/janelas: manter fechadas em espaços climatizados com entrada direta da rua
  • Esplanadas/áreas abertas: desligar aquecimento e ar condicionado/bombas de calor
  • Sem ocupação: desligar a climatização.

 

 

Aumentar a eficiência hídrica

  • Água quente: tome banhos mais curtos e ajusta a temperatura à estação
  • Pavimentos: use menos água
  • Carros: lave menos vezes e prefira balde à mangueira
  • Sanitas: use dupla descarga e reduza o volume do depósito.

 

 

Reduzir o desperdício de água na rega de espaços exteriores

  • Regar nas horas frescas: depois das 20h no verão e das 17h no inverno
  • Ajustar aspersores/bicos para não regar passeios ou muros
  • Usar gota-a-gota com sensores de humidade
  • Aproveitar águas pluviais (e outras reaproveitáveis) para regas e lavagens
  • Plantar espécies de baixa rega, adequadas ao clima e ao solo.

 

Perante os desafios da crise energética, pode ser uma boa altura para considerar soluções mais sustentáveis. O Crédito Energias Renováveis do Santander pode ajudar a dar esse salto!

 

Pequenas mudanças hoje, dão contas mais baixas e mais conforto amanhã.

 

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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