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Dia Mundial da Luta Contra o Cancro: o que pode fazer para prevenir e ajudar

03 fev 2022 | 7 min de leitura

Em Portugal, só em 2018, foram diagnosticados cerca de 58 mil novos casos de cancro. Descubra como surgiu este dia, conheça as iniciativas a decorrer durante o mês de fevereiro e participe numa luta que é de todos.

Dia Mundial da Luta Contra o Cancro

O Dia Mundial da Luta Contra o Cancro assinala-se, todos os anos, a 4 de fevereiro.

 

Um pouco por todo o mundo, há iniciativas, eventos e ações para divulgar informação fidedigna, desmistificar ideias pré-concebidas sobre o cancro e sensibilizar para a sua deteção e tratamento precoces.

 

Em Portugal, é a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) que promove este dia, incentivando todas as pessoas a agir na prevenção e no combate à doença.

 

Como surgiu o Dia Mundial da Luta Contra o Cancro

O Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, ou Dia Mundial do Cancro, celebra-se há 22 anos.

 

Surgiu na Cimeira Mundial Contra o Cancro para o Novo Milénio, em fevereiro de 2000, e baseia-se na Carta de Paris – um documento que apela à união e parceria entre investigadores, profissionais de saúde, doentes, governos e parceiros da indústria para a prevenção e tratamento do cancro.

 

Desde então, a União Internacional de Controlo do Cancro promove, anualmente, iniciativas que chegam a todo o mundo, para sensibilizar as pessoas e ajudar a prevenir milhões de mortes por ano.

 

É possível prevenir o cancro?

O cancro é uma das principais causas de morte no mundo. Mas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 30% a 50% dos cancros podem ser prevenidos. A prevenção é, a longo prazo, a estratégia mais eficiente para controlar o cancro.

 

Podemos ajudar a prevenir o cancro alterando ou evitando fatores de risco, ao adotar hábitos e comportamentos saudáveis, como:

 

  • Não fumar
  • Manter um peso saudável
  • Comer de forma saudável, incluindo muita fruta e vegetais
  • Fazer exercício físico regular
  • Limitar o consumo de bebidas alcoólicas
  • Praticar sexo seguro
  • Tomar vacinas contra infeções como Hepatite B ou papiloma vírus humano (HPV)
  • Reduzir a exposição solar direta e proteger a pele da radiação ultravioleta
  • Evitar ou reduzir a exposição a altos níveis de poluição urbana.

 

O cancro em Portugal

Segundo o Cancer Country Profile 2020, um relatório da OMS, houve cerca de 58 mil casos de cancro em Portugal, em 2018, e morreram quase 29 mil pessoas, no mesmo ano, devido à doença.

 

De acordo com o mesmo estudo, os tipos de cancro mais comuns em Portugal foram o cancro da mama, cancro da próstata, cancro do cólon e reto e cancro do pulmão – sendo estes dois últimos os responsáveis pelo maior número de mortes.

 

Mas, apesar do aumento de novos casos, em 2018, cerca de 500 mil pessoas sobreviveram ao cancro com grande qualidade de vida – e este número também tem vindo a aumentar.

 

Se recebeu um diagnóstico de cancro ou tem um amigo ou familiar doente, falar com alguém pode ajudar a amenizar medos, inseguranças e a ganhar ferramentas para lidar com a situação.

 

A Linha Cancro (808 255 255) está disponível de segunda a sexta, das 9h às 18h. Foi criada para informar e apoiar pessoas com cancro e os seus familiares e amigos, e conta com enfermeiros e psicólogos com formação em oncologia.

 

Não falte aos rastreios: a deteção precoce pode salvar vidas

Quando pensamos no futuro somos, geralmente, otimistas. Prevemos cenários positivos e nunca acontecimentos negativos, como acidentes ou doenças. Em Portugal, a incidência de casos de cancro aumenta cerca de 3% por ano – e, segundo a Agência para a Investigação do Cancro da OMS, 1 em cada 4 pessoas tem fatores de risco para a doença oncológica.

 

Mas também há boas notícias: alguns cancros podem ser tratados e curados, quando são detetados numa fase inicial do seu desenvolvimento. Por isso, é preciso vigiar a saúde e não descurar consultas e exames de rotina.

 

Os rastreios comunitários são muito importantes na deteção precoce. Em Portugal, há um programa de rastreio oncológico a 3 tipos de cancro: cancro da mama, cancro colorretal e cancro do colo do útero.

 

Segundo o SNS 24, a mortalidade associada a estes tipos de cancro tem vindo a diminuir graças aos rastreios oncológicos: 30% no caso do cancro da mama, 20% no cancro colorretal e 80% no cancro do colo do útero.

 

No entanto, segundo dados do Portal da Transparência do Serviço Nacional de Saúde, no primeiro ano da pandemia, ficaram por fazer quase 450 mil rastreios de cancro.

 

Os rastreios baseiam-se, normalmente, em exames simples e não invasivos, e estão recomendados para grupos específicos da população:

 

  • Rastreio do cancro da mama: mamografia de 2 em 2 anos, para mulheres entre os 50 e os 69 anos.
  • Rastreio do cancro colorretal: teste de pesquisa de sangue oculto nas fezes, entre os 50 e os 74 anos.
  • Rastreio do cancro do colo do útero: citologia cervical (papanicolau), em mulheres entre os 20 e os 30 anos, até aos 60 anos de idade.

 

Se for convidado a participar numa destas ações, não falte – um exame simples, feito num rastreio oncológico, pode salvar-lhe a vida.

 

Atividades do Dia Mundial da Luta Contra o Cancro

À semelhança de anos anteriores, a Liga Portuguesa Contra o Cancro tem, este ano, várias iniciativas para assinalar o dia. Tome nota:

 

“Cancro: uma história natural?” – 31 de janeiro

Uma conversa informal com Manuel Sobrinho Simões, especialista em Patologia Oncológica. Faz parte da iniciativa “Segundas de Conversa”, que tem como objetivo esclarecer dúvidas, promover a participação da comunidade e aumentar a literacia em saúde.

 

A conversa foi transmitida em direto, contou com a participação do público através do chat e está disponível no Facebook da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

 

“Cancro da tiroide: a melhor prevenção é a informação” – 9 de fevereiro

Uma sessão de sensibilização sobre cancro da tiroide, para estudantes universitários, com as doutoras Joana Couto e Ana Rita Elvas, do Serviço de Endocrinologia do IPO de Coimbra. A sessão é online e gratuita, mas de inscrição obrigatória.

 

“Protagonistas da luta contra o cancro” – 10 de fevereiro

O webinar “Protagonistas da luta contra o cancro” terá como tema a importância das parcerias entre a Liga Portuguesa Contra o Cancro e as autarquias, escolas e empresas. Mais um evento online gratuito, de inscrição obrigatória.

 

O que pode fazer para ajudar na luta contra o cancro

Qualquer iniciativa de sensibilização ou de partilha é um passo em frente. Mas há várias coisas que pode fazer para ter um papel ainda mais ativo na luta contra o cancro:

 

Dar sangue

Muitos doentes oncológicos precisam de transfusões de sangue e é fundamental garantir as reservas. Se tem entre 18 e 65 anos, pesa 50kg ou mais e tem hábitos de vida saudáveis, torne-se dador e ajude a salvar vidas. Conheça os cuidados a ter na dádiva de sangue e saiba onde e quando acontecem as próximas colheitas de sangue.

 

Doar medula óssea

Em alguns casos de cancro, como a leucemia e outras doenças do sangue, os transplantes de medula óssea podem salvar vidas. Para ser dador de medula óssea, precisa de ter entre 18 e 45 anos, pesar 50kg ou mais, ter 1,50m de altura ou mais e não ter recebido uma transfusão de sangue desde 1980.

 

Terá de preencher um questionário e dirigir-se aos locais de colheita para que recolham uma pequena amostra de sangue. Ficará inscrito no Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (CEDACE) até aos 55 anos, sem ter de repetir qualquer procedimento.

 

Fazer voluntariado

Se puder, dê o seu tempo a esta causa. Há várias instituições com programas de voluntariado em articulação com os hospitais e o Instituto Português de Oncologia (IPO). Estas são apenas algumas em que se poderá inscrever:

 

 

Doar dinheiro

Escolha uma instituição ou associação que apoie doentes oncológicos e faça um donativo pontual ou regular. E não se esqueça que a entrega do seu IRS também pode ser um momento solidário.

 

Pode encaminhar parte do imposto cobrado pelo Estado para uma instituição à sua escolha, sem pagar mais por isso, através da consignação de 0,5% do seu IRS. Um gesto fácil, sem custos, mas que pode fazer a diferença.

 

Partilhar experiências para combater o estigma

Falar abertamente sobre experiências marcantes pode fazer uma grande diferença. Partilhar histórias de luta contra o cancro ajuda a combater o preconceito e a diminuir o estigma e o medo em relação ao tema.

 

Com a iniciativa “Share your story”, a União Internacional de Controlo do Cancro incentiva todas as pessoas que lutaram ou lutam contra esta doença, a partilharem a sua história.

 

Também o Movimento Vencer e Viver, da LPCC, está à procura de voluntárias para apoiar mulheres com cancro da mama, pela troca de experiências e partilha da sua própria história. Se teve cancro da mama há, pelo menos, 1 ano, pode inscrever-se no IPO Porto para participar no processo de seleção.

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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