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Quer começar na agricultura? Conheça o Projeto Jovem Agricultor

4 minutos de leitura
Publicado a 26 Setembro 2025
mulher e homem jovens em plantação a colher maçãs

O futuro da agricultura depende de novas gerações dispostas a inovar e a trazer energia ao setor. O desafio é grande, mas não impossível. O Projeto Jovem Agricultor foi criado exatamente para apoiar quem decide dar esse passo, com apoios financeiros e técnicos que facilitam o arranque e abrem portas a projetos agrícolas com futuro.

 

 

O que é o Projeto Jovem Agricultor?

Foi pensado para quem tem entre 18 e 40 anos e quer dar os primeiros passos na agricultura. O projeto apoia tanto candidatos individuais como sociedades em que os jovens assumem a liderança.

 

Inserido no PEPAC Portugal (Plano Estratégico da Política Agrícola Comum), o programa combina um prémio à instalação com incentivos ao investimento. O objetivo? Ajudar a transformar uma ideia em realidade e dar vida a projetos agrícolas sustentáveis e competitivos.

 

 

Qual a importância do projeto na agricultura moderna?

Tal como a população portuguesa envelhece, também o setor agrícola. Quando grande parte dos produtores já passou os 60 anos, fica mais difícil assegurar a sucessão, lidar com tarefas fisicamente exigentes, adotar tecnologia e planear investimentos de longo prazo.

 

Apoiar jovens agricultores é, por isso, decisivo para:

  • Garantir o futuro da produção alimentar, tanto em Portugal como na Europa
  • Tornar o campo mais atrativo, com melhores condições de vida e trabalho
  • Incentivar a inovação, já que os jovens tendem a adotar tecnologias digitais, energias renováveis e práticas agrícolas mais sustentáveis
  • Proteger o ambiente, com projetos mais atentos à eficiência dos recursos e às alterações climáticas.

 

 

Quais os objetivos do Projeto Jovem Agricultor?

A iniciativa tem vários objetivos práticos e estratégicos:

  • Apoiar financeiramente quem quer iniciar atividade agrícola
  • Reforçar a competitividade das explorações, tornando-as mais orientadas para o mercado
  • Promover a sustentabilidade ambiental e a adaptação às alterações climáticas
  • Criar emprego e dinamizar a economia local nas zonas rurais
  • Estimular a igualdade de género e a participação de mulheres no setor agrícola.

Projeto Jovem Agricultor: apoios disponíveis

Prémio à instalação

É o apoio inicial pensado para ajudar quem está a arrancar com a atividade agrícola. Assume a forma de um subsídio não reembolsável e tem um valor base de 25.000 euros. Em alguns casos, este montante pode ser majorado, por exemplo, quando o agricultor se instala em regime de exclusividade ou quando a exploração se localiza em territórios considerados vulneráveis.

 

 

Apoios ao investimento produtivo

Além do prémio à instalação, existem ainda apoios destinados a modernizar ou a desenvolver a exploração agrícola. Também atribuídos a fundo perdido, estes incentivos podem cobrir 50% a 60% do investimento, consoante a localização ou a natureza do projeto.

 

São especialmente relevantes em áreas como a eficiência energética, a agricultura biológica ou a introdução de soluções de inovação tecnológica.

 

 

Acompanhamento técnico gratuito

Mas não se trata apenas de financiamento. Os jovens agricultores podem ainda contar com acompanhamento técnico especializado. Trata-se de um acompanhamento que os orienta em todas as fases do projeto, ajudando a tomar melhores decisões, a evitar erros comuns e a garantir uma gestão mais sólida e sustentável da exploração.

 

 

Outros apoios complementares

Para além destes três apoios centrais, há ainda outras medidas ligadas ao PEPAC e à PAC 2023-2027 que os jovens agricultores podem aproveitar, embora já não sejam exclusivas do Projeto Jovem Agricultor:

  • Conservação e melhoramento de recursos genéticos animais e vegetais, para proteger a biodiversidade e reforçar a resiliência das produções
  • Restabelecimento do potencial produtivo das explorações agrícolas afetadas por fenómenos climáticos extremos
  • Pagamentos complementares da PAC, através de apoios ao rendimento por hectare elegível para jovens agricultores recentemente instalados.

 

 

Candidaturas ao Projeto Jovem Agricultor

As candidaturas fazem-se online, através do Balcão dos Fundos da Agricultura, em períodos definidos ao longo do ano. O acesso é simples: basta autenticar-se com o NIF e a senha das Finanças.

 

À primeira vista, o processo pode parecer complicado, mas não é. O que realmente conta é ter a informação organizada e cumprir alguns requisitos básicos.

 

Para o ajudar, reunimos de seguida os principais pontos que precisa de conhecer: critérios de elegibilidade, documentação e prazos que deve respeitar.

 

 

Critérios de elegibilidade

Para se candidatar, o jovem agricultor deve cumprir algumas condições:

  • Ter entre 18 e 40 anos à data da candidatura
  • Instalar-se pela primeira vez numa exploração agrícola (não pode já ter recebido apoios semelhantes)
  • Estar inscrito no IFAP (Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, organismo pagador) como beneficiário
  • Apresentar um investimento mínimo de 25.000 euros sempre que se trate de projetos de investimento produtivo (no prémio à instalação não existe este requisito)
  • Cumprir requisitos legais e fiscais (situação tributária e contributiva regularizada).

 

 

Documentação

Alguns dos documentos pedidos mais comuns incluem:

  • Declaração de início de atividade nas Finanças com CAE agrícola
  • Registo no Sistema de Identificação Parcelar (prova de titularidade da exploração)
  • Plano empresarial com duração mínima de cinco anos, demonstrando a viabilidade económica
  • Certificados ou comprovativos de formação agrícola adequada (ou compromisso de a adquirir).

 

 

Prazos a cumprir

Os prazos variam consoante os avisos de abertura, mas, regra geral:

  • O prémio à instalação decorre em períodos contínuos
  • Os apoios ao investimento abrem por fases, ao longo do ano, normalmente com quatro períodos de candidatura.

 

É importante acompanhar os avisos no portal do IFAP e no Balcão dos Fundos para não perder oportunidades.

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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