O que podemos esperar das taxas de juro de crédito habitação até ao final de 2025?

4 minutos de leitura
Publicado a 9 Julho 2025
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As taxas estão a descer, sim, mas por quanto tempo? Veja o que esperar da Euribor e dos juros do crédito habitação até ao final de 2025.

As taxas Euribor estão finalmente mais baixas e isso já se nota na carteira de quem tem crédito habitação. Mas a grande questão agora é: o que vai acontecer nos próximos meses? 

 

Com o ano a meio, começam a surgir pistas sobre o que pode mudar até ao final de 2025 e há sinais que merecem atenção. Então, reunimos as previsões mais recentes sobre a Euribor, explicamos o que pode mudar nas prestações e o que esperar do comportamento dos bancos até ao final de 2025.

 

 

A Euribor continua a descer… mas cada vez mais devagar

Durante o primeiro semestre de 2025, a Euribor manteve a tendência de descida que já se fazia sentir desde meados de 2024. Mas essa queda tem vindo a abrandar. Só para ter uma ideia, a Euribor a 12 meses estava nos 2,53% em janeiro e fixou-se nos 2,08% em junho. Uma diferença relevante, mas bem menos acentuada do que nos trimestres anteriores.

 

Há também um novo detalhe a ter em conta: a Euribor a 3 meses passou a ser a mais baixa das três principais maturidades (3, 6 e 12 meses), o que mostra que o mercado espera descidas no curto prazo, mas não muito mais à frente.

 

Resumo das Euribors em junho de 2025:

  • 3 meses: 2,04%
  • 6 meses: 2,12%
  • 12 meses: 2,08%.

 

Conseguimos ver que ainda há margem para descer mais um pouco, mas o grosso da queda já aconteceu.

 

 

O BCE tem cortado taxas, mas está a pisar o travão

As descidas da Euribor têm muito que ver com a atuação do BCE. Desde meados de 2024 que o banco central europeu tem vindo a cortar as suas taxas diretoras para estimular a economia e aliviar a pressão sobre os créditos. Em junho de 2025, já somava sete cortes consecutivos, com a taxa de referência nos 2,04%.

 

Contudo, os sinais mais recentes indicam que o BCE poderá abrandar este ritmo. A inflação na zona euro está a ceder, sim, mas de forma desigual entre países. E a economia europeia mostra pouca força para crescer, o que deixa o BCE num impasse: continuar a baixar os juros pode já não ser o melhor caminho.

 

Até ao fim do ano, o BCE reúne-se mais quatro vezes: julho, setembro, outubro e dezembro. E embora haja possibilidade de mais um corte, tudo indica que o ciclo de descidas está a aproximar-se do fim.

E a prestação da casa, vai continuar a descer?

Sim, mas, talvez menos do que nos últimos meses. As simulações mostram que uma família com um crédito habitação de 150.000 euros a 30 anos (spread de 0,7%) pagava cerca de 639 euros por mês em junho, com a Euribor a 3 meses. Se a Euribor continuar a cair para valores como 1,75%, essa prestação pode descer até aos 588 euros (uma diferença de 50 euros por mês).

 

Mas há um detalhe importante ao qual devemos dar atenção: com as Euribors a atingirem níveis mais baixos, os bancos podem começar a aumentar os spreads. Tal acontece porque, com margens mais apertadas, procuram compensar a perda nos juros com um pequeno aumento na sua parte do bolo.

 

Resultado? A prestação mensal pode não cair tanto quanto seria de esperar, especialmente para quem pedir crédito agora.

 

Spreads podem subir: o alerta que não se deve ignorar

Se por um lado a queda da Euribor pode parecer uma boa notícia, por outro, é preciso olhar para o que os bancos andam a fazer. Vários especialistas alertam que os spreads, ou seja, a margem que o banco cobra sobre a taxa Euribor, têm tendência para subir no segundo semestre de 2025.

 

E porquê? Com a Euribor a tocar no fundo, os bancos deixam de ter margem para competir através de taxas mais baixas. Para manter a rentabilidade, é provável que subam ligeiramente os spreads, tornando os novos créditos menos atrativos. Coisa que já se começou a notar em alguns produtos, apesar de continuarem a existir campanhas promocionais com spreads a partir de 0,7%.

 

Portanto, quem está a pensar comprar casa deve simular vários cenários, comparar bem as ofertas e ponderar a melhor altura para avançar.

 

 

O que esperar do futuro das taxas de juro?

Se houvesse uma bola de cristal para prever a Euribor, já estaria esgotada nas prateleiras. Como não há, resta olhar para os sinais do mercado: e tudo indica que 2025 será o ano com mais margem para beneficiar da descida das taxas.

 

Mas é bom não contar que esta maré vá durar muito mais. As previsões mais recentes apontam para uma fase de estabilização ou até de ligeira subida já a partir da primavera de 2026.

 

Eis o que os analistas estimam até ao final deste ano:

  • Euribor a 12 meses: deverá manter-se perto dos 2,00%
  • Euribor a 6 meses: pode descer um pouco mais, até aos 1,79%
  • Euribor a 3 meses: poderá fechar o ano nos 1,71%.

 

A janela de oportunidade ainda está aberta, mas talvez não por muito tempo. Para quem quer avançar com um crédito ou rever condições, esta é, certamente, uma boa altura para agir antes que os ventos do mercado mudem de direção outra vez.

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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