O que é um intermediário de crédito e quando recorrer a esta solução

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Atualizado a 24 Junho 2025
 senhora vestida de modo formal mexe num caderno e numa calculadora.

Quer contratar um crédito ao consumo ou habitação, mas não sabe como escolher? Saiba como um intermediário de crédito pode ajudar.

Se está a pensar pedir um crédito habitação, pessoal ou automóvel, este artigo vai ajudá-lo a perceber como funcionam os intermediários de crédito, o que podem (ou não) fazer e quando vale a pena contar com este apoio.

 

 

O que é um intermediário de crédito?

O intermediário de crédito é uma entidade - pessoa ou empresa - autorizada pelo Banco de Portugal para atuar como ponte entre quem quer pedir crédito e quem o concede (os bancos, por exemplo).

 

O intermediário não empresta dinheiro, nem vende outros produtos bancários (como seguros ou depósitos a prazo). Apenas apresenta propostas, acompanha o processo e promete ajudar a encontrar as melhores condições.

 

O que faz um intermediário de crédito?

Na prática, pode assumir várias funções:

 

  • Apresentar e propor contratos de crédito aos consumidores
  • Prestar assistência durante o processo, mesmo que o crédito não tenha sido inicialmente apresentado por si
  • Celebrar contratos em nome das instituições financeiras, quando tem poderes para isso
  • Prestar serviços de consultoria, ajudando o consumidor a encontrar a proposta mais adequada ao seu perfil.

 

 

Tipos de intermediários de crédito

Existem três categorias de intermediários de crédito, e cada tipologia atua de forma diferente:

 

Intermediário de crédito vinculado

Atua em nome e sob responsabilidade dos bancos com os quais tem contrato. Pode trabalhar com várias instituições, desde que estas não representem a maioria do mercado. Não pode cobrar nada ao consumidor, é remunerado pelos bancos com quem colabora.

 

Intermediário de crédito a título acessório

Vende bens ou serviços e atua como intermediário de crédito para facilitar a venda desses produtos como, por exemplo, os stands de automóveis ou lojas de eletrodomésticos. Também trabalha em nome e sob responsabilidade dos bancos. Tal como o vinculado, não pode cobrar ao consumidor.

 

Intermediário de crédito não vinculado

Não tem contrato com nenhum banco. Trabalha diretamente para o consumidor, com quem celebra um contrato de intermediação. Pode apresentar propostas de vários bancos, sem ligação exclusiva. Neste caso, é o cliente quem paga pelos serviços, e o valor deve estar claramente indicado no contrato.

 

Como identificar os diferentes tipos de intermediários?

Para evitar confusões, há regras claras sobre a forma como os intermediários se devem apresentar:

 

  • Só os registados podem usar termos como “intermediário de crédito”, “mediador” ou “agente de crédito”
  • Apenas os não vinculados podem usar expressões como “consultor independente”
  • Já os intermediários vinculados, mesmo que prestem consultoria, não podem usar termos como “consultor de crédito” ou “consultoria financeira”.

 

 

Vantagens e desvantagens de contratar um intermediário de crédito

Vantagens:

  • Poupança de tempo e burocracia
  • Ajuda personalizada e acompanhamento
  • Acesso a várias propostas e melhores condições
  • Possibilidade de conseguir spreads e TAEG mais competitivos.

 

Desvantagens:

  • Se for um intermediário não vinculado, pode haver custos associados
  • A rede de instituições parceiras pode ser limitada
  • Menor controlo direto do processo, se confiar tudo ao intermediário.

 

 

Como saber se o intermediário de crédito é de confiança?

Antes de aceitar qualquer proposta, certifique-se de que o intermediário está autorizado pelo Banco de Portugal. Só estas entidades podem usar termos como “intermediário de crédito” ou “consultor independente”.

 

 

Quanto cobra um intermediário de crédito?

Depende do tipo de intermediário:

 

  • Intermediário vinculado ou a título acessório: não pode cobrar nada ao consumidor. O serviço é gratuito para si
  • Intermediário não vinculado: pode cobrar, mas o valor deve estar descrito no contrato antes do início da colaboração.

 

Se tiver dúvidas, peça sempre uma simulação com todos os custos envolvidos (incluindo comissões e TAEG).

 

 

Como ser intermediário de crédito?

Nem toda a gente pode exercer esta atividade. Para ser intermediário de crédito, é obrigatório ter autorização do Banco de Portugal e constar da lista oficial de entidades registadas.

 

Podem exercer esta função:

 

  • Pessoas ou empresas com atividade em Portugal ou noutro país da União Europeia, desde que estejam autorizadas no seu país de origem. Se prestarem serviços em Portugal, têm sempre de estar registadas no Banco de Portugal
  • Instituições de crédito, financeiras, de pagamento ou de moeda eletrónica, mas apenas quando não estão a atuar como mutuantes.

 

 

Cuidados a ter antes de aceitar uma proposta

  • Verifique se o intermediário está registado no Banco de Portugal
  • Confirme com que bancos trabalha e se há conflito de interesses
  • Leia com atenção a informação pré-contratual (FIN ou FINE)
  • Esclareça todas as dúvidas antes de assinar
  • Veja se há produtos associados obrigatórios (seguros, cartões, etc.)
  • Não assine nada sob pressão
  • E se algo parecer errado, pode (e deve) reclamar junto do Banco de Portugal.

 

 

 

 

 

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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