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FIN e FINE: o que são e quando se aplicam?

09 mai 2025 | 4 min de leitura

Vai pedir um crédito ou abrir uma conta? Então há dois nomes que convém conhecer: FIN e FINE.

FIN ou FINE? Se já se deparou com alguma destas siglas (ou até com ambas), está, muito provavelmente, num processo de pedido de crédito. Acertámos? Talvez a pensar em comprar casa ou pedir um crédito pessoal. Seja qual for o motivo, há uma coisa que é certa: estes documentos não são apenas uma formalidade. São, na verdade, o espelho das condições do crédito que vai contratar.

 

 

O que é a FIN?

A FIN é a sigla para Ficha de Informação Normalizada e trata-se de um documento obrigatório, entregue pelas instituições financeiras sempre que alguém pretende contratar:

 

  • Um crédito pessoal ou ao consumo (incluindo crédito automóvel e cartões de crédito)
  • Abrir uma conta bancária
  • Constituir um depósito.

 

O objetivo? Garantir que o cliente sabe exatamente com o que pode contar. A FIN apresenta, de forma padronizada, as condições do produto bancário, tornando mais fácil comparar diferentes ofertas entre bancos. Tudo está ali preto no branco: montante, taxas, comissões, prazos e custos em caso de atraso no pagamento.

 

Em que situações se aplica?

A FIN é obrigatória sempre que o cliente pede um produto financeiro que não seja crédito habitação, nomeadamente:

 

 

 

E a FINE, o que é?

A FINE é a Ficha de Informação Normalizada Europeia e é o equivalente da FIN, mas apenas para crédito habitação e outros créditos com garantia hipotecária, como a locação financeira imobiliária.

 

Desde 2018, a FINE passou a substituir a antiga FIN no crédito à habitação, alinhando-se com normas europeias que promovem a transparência e a comparabilidade entre diferentes propostas bancárias. A grande mais-valia da FINE é permitir ao cliente perceber todos os custos e condições do empréstimo para comprar casa, antes de assinar qualquer contrato.

 

Quando se aplica?

A FINE deve ser entregue:

 

  1. Na fase de simulação, com base nos dados fornecidos pelo cliente
  2. No momento da aprovação do crédito, já com todas as condições finais.

 

Isto aplica-se a:

 

 

 

Qual é a diferença entre FIN e FINE?

Ambas têm o mesmo objetivo: dar ao consumidor todas as informações relevantes para tomar decisões informadas, mas cada uma é adaptada à complexidade do produto em causa.

Característica FIN FINE
Aplica-se a Crédito pessoal, cartões, depósitos Crédito habitação
Nível de detalhe Geral Muito detalhado
Formato Normalizado Normalizado, com regras europeias
Entrega obrigatória Sim Sim

 

 

Que informação deve conter a FIN?

A FIN inclui:

 

  • Identificação da instituição financeira
  • Tipo de crédito (pessoal, automóvel, etc.)
  • Montante total do empréstimo
  • Prazo e forma de reembolso
  • TAN (Taxa Anual Nominal)
  • TAEG (Taxa Anual Efetiva Global)
  • Comissões e encargos
  • Consequências do incumprimento
  • Validade da proposta.

 

No caso de depósitos, apresenta também informações sobre a moeda, condições de mobilização antecipada, taxas de juro e regime fiscal.

 

 

Que informações deve conter a FINE?

A FINE permite perceber, por exemplo, como pode variar a prestação mensal se a taxa de juro subir ou que impacto têm as vendas associadas (como contratar um seguro com o banco) na taxa final do crédito. Divide-se em duas partes e contém 10 secções principais, incluindo:

 

  1. Identificação do banco
  2. Montante do empréstimo e prazo
  3. TAN e TAEG aplicáveis
  4. MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor)
  5. Valor das prestações mensais
  6. Seguros obrigatórios
  7. Condições de reembolso antecipado
  8. Consequências do incumprimento
  9. Produtos associados (seguros, cartões, etc.)
  10. Quadro de reembolso detalhado.

 

 

Por que é tão importante prestar atenção à FIN e à FINE?

Estes dois documentos vão muito além de meras burocracias, pode considerá-los como verdadeiros manuais de instruções para o crédito que está prestes a contratar. Com a FIN ou a FINE na mão, consegue:

 

  • Comparar diferentes propostas bancárias
  • Identificar custos escondidos
  • Perceber o impacto das taxas de juro
  • Saber exatamente quanto vai pagar no total
  • Avaliar riscos e consequências em caso de incumprimento.

 

Mesmo que tudo lhe pareça claro, peça sempre a FIN ou a FINE antes de avançar com qualquer decisão. Se precisar de ajuda para interpretar alguma destas fichas, não hesite em pedir apoio ao seu banco ou recorrer a um simulador de crédito. Um pequeno gesto hoje pode traduzir-se numa poupança significativa no futuro.

 

 

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