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Embora seja apenas uma avaliação feita por médicos, é perfeitamente normal sentir alguma ansiedade ao receber a convocatória. Afinal, trata-se de um momento que está diretamente ligado à sua saúde e a direitos importantes.
Para que este processo seja mais claro e menos intimidante, reunimos informações simples e práticas para que saiba o que esperar e como se preparar.
A junta médica é uma avaliação clínica feita por um grupo de médicos peritos, normalmente três, que analisam a sua condição de saúde e decidem se existe ou não incapacidade, e em que grau.
Este processo está previsto em várias normas legais, como o Decreto‑Lei n.º 291/2009, de 12 de outubro, atualizado recentemente pelo Decreto-Lei n.º 15/2024, de 17 de janeiro (para atribuição do Atestado Médico de Incapacidade Multiuso), a Lei n.º 35/2014, de 20 de junho (para trabalhadores da administração pública) ou, ainda, na regulamentação da Segurança Social para baixas prolongadas e reforma por invalidez.
É usado para confirmar ou esclarecer situações que já foram avaliadas por outro médico, principalmente quando está em causa:
Nota: Desde 1 de março de 2024, com o Decreto‑Lei n.º 15/2024, de 17 de janeiro, os doentes oncológicos passaram a ter um grau mínimo de incapacidade atribuído automaticamente (60% durante cinco anos após o diagnóstico), dispensando junta médica.
Adicionalmente, as Unidades Locais de Saúde (ULS) passaram a ser responsáveis por organizar estas avaliações garantindo, pelo menos, uma junta médica em cada ULS.
O processo é relativamente simples, mas conte com algo bastante formal.
Primeiro, recebe uma convocatória (que deve ser enviada com antecedência). Depois, é informado da data, hora e local.
No dia da avaliação, vai ser observado por médicos que:
1. Analisam a documentação clínica que levar (relatórios médicos, exames, pareceres de especialistas, exames complementares realizados etc.)
2. Fazem perguntas sobre o seu historial médico e laboral, sintomas e limitações
3. Podem realizar uma avaliação física para confirmar o estado de saúde
4. Discutem o caso em conjunto e deliberam o grau de incapacidade ou a aptidão para regressar ao trabalho.
No final, o parecer é registado e enviado para a entidade que solicitou a junta médica (Segurança Social, ADSE, Caixa Geral de Aposentações, seguradoras ou tribunal).
Nem todas as juntas médicas são iguais, nem são sempre convocadas pelas mesmas entidades. Quem a chama depende sempre do motivo da avaliação. Para entender o objetivo da junta e o impacto que a decisão vai ter, é importante perceber quem está por detrás da convocatória.
Veja quais são as entidades mais comuns responsáveis por realizar juntas médicas e em que situações atuam:
Existem diversos cenários possíveis depois da avaliação:
Se não concordar com o parecer da junta médica, pode apresentar recurso. Pode também reforçar esse pedido com nova documentação, uma segunda opinião médica ou apoio jurídico. O prazo para recorrer varia consoante a entidade. No caso da Caixa Geral de Aposentações, por exemplo, tem 30 dias para pedir uma junta de recurso a contar da data em que recebe o parecer.
O tempo de espera varia muito consoante dois fatores: a entidade e a região.
Em média:
Em situações de pedido de Atestado Médico de Incapacidade Multiuso, as ULS têm a obrigação de agendar a junta médica no prazo máximo de 60 dias a contar do pedido.
Se for convocado e não comparecer sem justificação válida, o direito ao subsídio de doença é suspenso, caso o trabalhador esteja de baixa. No caso dos funcionários públicos, a Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, considera estas faltas como injustificadas, com impacto direto no vínculo laboral.
Não. Se a junta médica considerar que está apto para trabalhar, a baixa termina imediatamente e deixa de ter direito ao subsídio de doença. Só poderá voltar a ficar de baixa se houver um novo episódio clínico justificado e comprovado pelo médico assistente.
Ou seja, pode solicitar um novo certificado de incapacidade temporária, mas vai ser novamente avaliado pela junta médica.
Por isso, é importante apresentar toda a documentação que comprove a necessidade de manter a incapacidade.
Uma boa preparação faz toda a diferença. Se levar tudo organizado e souber exatamente o que dizer, o processo torna-se muito mais simples e aumenta as hipóteses de ter um parecer favorável.
Por isso, antes de entrar na sala, vale a pena investir algum tempo a organizar-se. Veja o que pode (e deve) fazer para chegar mais confiante à junta médica:
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