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Depois de meses (ou anos) a ver a prestação da casa subir, finalmente há sinais de alívio. As taxas Euribor estão a descer. Mas será que isso chega para respirar de fundo? Só se souber o que fazer a seguir.
A Euribor, taxa que serve de referência à maioria dos créditos habitação em Portugal, tem vindo a descer de forma consistente. Em junho de 2025, a taxa a 12 meses fixou-se nos 2,081%, a de 6 meses nos 2,116% e a de 3 meses nos 2,087%. E tudo indica que estamos a assistir à maior queda dos últimos 15 anos.
O recuo da taxa deve-se, em grande parte, às decisões do Banco Central Europeu (BCE), que tem vindo a cortar as suas taxas diretoras para estimular a economia. E como estas taxas influenciam diretamente a Euribor, o reflexo está à vista: prestações mais baixas para quem tem crédito habitação com taxa variável.
A queda da Euribor pode ser uma boa notícia, mas o verdadeiro impacto no seu orçamento depende da sua capacidade de agir. Aqui não falamos apenas de esperar que a prestação baixe na próxima revisão, falamos de agir já para reduzir custos, melhorar condições e garantir maior estabilidade a médio e longo prazo.
Estas são as principais estratégias que deve considerar:
O spread é a margem de lucro que o banco aplica ao seu crédito. E, ao contrário da Euribor, este valor não muda com o tempo (a não ser que o renegocie).
Porque deve negociar?
Comece por pedir uma simulação e compare com o que está a ser oferecido por outros bancos. Levar essas propostas à mesa de negociação pode jogar a seu favor.
Se o seu banco não mostrar abertura para renegociar, transferir o crédito pode revelar-se também uma alternativa muito vantajosa.
Vantagens da transferência:
Exemplo prático:
Um crédito de 150.000 euros com um spread de 1,5% pode passar a ter um spread de 0,8%. O que pode representar uma poupança mensal de 30 a 40 euros e, ao longo de 30 anos, mais de 10 mil euros no total do empréstimo.
O seguro de vida é obrigatório, mas não tem de ser o do banco onde fez o crédito. Muitos clientes continuam a pagar o dobro por um seguro com piores coberturas, só porque nunca pensaram em mudar.
Porque vale a pena rever:
Além do spread e do seguro de vida, outros encargos podem estar a pesar sem dar conta:
Reveja o contrato com atenção (ou com ajuda de um especialista) e questione o banco sobre cada linha de custo.
Está com estabilidade financeira? Pode ser uma boa altura para amortizar parte do capital em dívida ou encurtar o prazo do crédito: duas estratégias que reduzem o custo total do empréstimo.
Se está a considerar contratar um novo crédito, simule diferentes cenários com taxa mista (fixa nos primeiros anos e depois variável), pois podem oferecer maior segurança nos primeiros tempos e aproveitar as taxas baixas atuais.
Com a Euribor a descer e apoios públicos em vigor (como a garantia para jovens até 35 anos e a isenção de IMT em certas condições), o mercado está mais favorável para quem quer dar o passo da compra.
Aliás, muitos bancos estão a lançar campanhas com taxas mistas mais atrativas e condições de financiamento mais acessíveis. Mas atenção: este ambiente pode mudar rapidamente se os bancos decidirem aumentar os spreads ou apertar os critérios de concessão, em resposta à instabilidade global.
Tudo indica que a descida da Euribor continuará ao longo de 2025, mas o consenso aponta para uma estabilização próxima dos 2% até ao final do ano. E há quem antecipe uma nova subida já em 2026.
Por isso, a recomendação é clara: aproveite agora. Renegociar ou transferir o crédito numa fase de juros baixos é, muitas vezes, o segredo para garantir prestações mais suaves… mesmo quando o cenário volta a apertar.
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