Gostava de ser nómada digital? Saiba o que é preciso para abraçar este estilo de vida.
Alguma vez sonhou em mudar de vida e viajar pelo mundo enquanto trabalha? Se a resposta for sim, ser nómada digital pode ser a experiência ideal para si. Saiba o que é, como se tornar nómada digital, que profissões são as mais adequadas para este estilo de vida e quais as burocracias necessárias para dar a volta ao mundo com um computador portátil.
Ser nómada digital não é uma profissão, mas antes um estilo de vida. Um nómada digital é alguém que trabalha remotamente, a tempo inteiro ou parcial, enquanto viaja para novos lugares. Por regra, têm profissões ou negócios ligados às tecnologias digitais, o que lhes permite trabalhar em qualquer local desde que tenha rede wi-fi, como cafés, espaços de coworking ou bibliotecas públicas.
O principal benefício de escolher a vida de nómada digital é a possibilidade de viajar para várias partes do mundo e viver, por determinado período, como um local, enquanto ganha dinheiro. Algumas das vantagens apontadas por quem já experimentou este modo de vida são:
Saiba alguns dos aspetos mais importantes a considerar antes de partir à aventura.
Para ter sucesso enquanto nómada digital é necessário acumular um conjunto de aptidões que garantam que tem sempre trabalho e consegue gerar rendimentos. Por isso, antes de começar, informe-se sobre as profissões e competências mais procuradas e que podem ser realizadas em qualquer lugar.
Alguns exemplos de profissões e competências para trabalhos remotos são:
Se, desta pesquisa, encontrar alguma competência que corresponda ao seu perfil, procure melhorá-las através de cursos online. Quanto melhores - e mais diversificadas - forem as suas skills, maiores serão as probabilidades de conseguir trabalhos e ter sucesso financeiro. Saiba onde encontrar cursos online gratuitos.
Os nómadas digitais têm de saber vender o seu trabalho para conseguirem ganhar dinheiro. No entanto, angariar clientes pode ser um dos maiores entraves desta jornada. Por este motivo é importante investir no seu desenvolvimento pessoal e em soft skills que fazem a diferença, como a comunicação escrita e verbal, capacidade de persuasão e negociação, organização e disciplina.
Existem sites especialmente destinados a trabalhadores remotos. Eis alguns dos exemplos mais populares entre esta comunidade:
Ter um bom portfólio digital, que consiga demonstrar as suas competências profissionais, é essencial para angariar novos trabalhos e chamar à atenção de potenciais clientes.
Ser nómada digital significa, em muitos casos, adotar um estilo de vida minimalista, despojado de bens materiais não essenciais. Por isso, se já se comprometeu com esta decisão, comece rapidamente a despegar-se dos seus bens e a vender os que não necessita.
Um dos principais erros dos nómadas digitais é partirem à aventura sem terem uma almofada financeira. Ou seja, uma tábua de salvação que permita assegurar a sua subsistência caso algo corra menos bem, como, por exemplo, estar um ou dois meses sem obter rendimentos. É aconselhável que tenha um fundo de emergência que contenha, pelo menos, o equivalente a três meses das despesas previstas para esse período.
Ter um plano para os primeiros meses é essencial, nomeadamente, saber em que país ou cidade quer começar a jornada. Informe-se sobre as burocracias necessárias para poder trabalhar nesse país (tema que iremos abordar mais à frente).
Em algum momento da sua experiência pode ter um problema de saúde que implique cuidados de saúde. Se o seu objetivo é trocar de localidade de mês a mês, um seguro de saúde com cobertura internacional, além de ser obrigatório em muitos países, é essencial para garantir cuidados médicos.
Enquanto cidadão da União Europeia (UE), se optar por um país dentro desta comunidade a sua vida está mais facilitada, pois tem direito a:
No entanto, existem obrigações que deve cumprir. Alguns países da UE exigem que comunique a sua presença às autoridades competentes num prazo razoável após a chegada. Por regra, este prazo é de três meses, mas deve informar-se antes de partir. Se cumprir os requisitos, receberá um certificado de registo, que confirma o seu direito a viver no país de acolhimento. Para tal, precisa de:
Mais uma vez, depende do país em causa. A título de exemplo: se um cidadão da UE quiser viver em Portugal por um período superior a três meses, deve cumprir, pelo menos, uma das seguintes condições:
Deve, ainda, ter seguro de saúde, desde que tal seja exigido aos cidadãos portugueses no Estado Membro da sua nacionalidade.
Muitos nómadas digitais preferem destinos exóticos e seguros para ter a sua experiência, como Tailândia ou Indonésia. No entanto, se optar por um país fora da União Europeia, informe-se sobre as burocracias.
Em primeiro lugar, é necessário ter passaporte e visto. Se o objetivo é passar pouco tempo nesse país, pode pedir um visto de curta duração (por regra, até 90 dias), mais conhecidos como os vistos para turistas. Atenção que, ao abrigo destes vistos, não é possível trabalhar ou ter um negócio local. Se o objetivo for trabalhar, por regra, necessitará de pedir um visto de trabalho ou residência antes de viajar. Estes vistos têm uma duração máxima, que varia consoante o país, mas podem ser renovados ou convertidos em autorizações de residência.
No entanto, devido ao crescimento dos trabalhadores remotos, muitos países estão a criar os vistos para nómadas digitais.
São vistos que permitem aos estrangeiros viver, trabalhar e viajar num país durante um período mais prolongado (por regra, um ano), desde que trabalhe para uma empresa fora do país anfitrião ou seja trabalhador independente. Habitualmente, têm uma duração limitada (maior do que os de curta duração) e não abrem caminho para a obtenção de autorização de residência.
Os requisitos variam consoante o país, mas de uma forma geral são os seguintes:
Em outubro de 2022, entrou em vigor o visto para nómadas digitais que pretendam vir trabalhar para Portugal, desde que exerçam a sua atividade profissional para uma empresa com sede fora do território nacional. A autorização tem a duração máxima de um ano e, para requisitá-la, deve apresentar os seguintes comprovativos:
Um nómada digital não precisa de levar na bagagem muitos objetos além da roupa, um smartphone e um laptop. No entanto, um cartão de crédito com benefícios pode ser muito útil no estrangeiro. Além de ser um meio de pagamento versátil, muitos destes produtos têm seguros associados que podem fazer a diferença, pois cobrem despesas relacionadas com:
Apesar de terem uma anuidade, alguns cartões de crédito disponibilizam programas de milhas, benéficos para quem viaja frequentemente de avião. Saiba como utilizar o cartão de crédito.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
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