O investimento imobiliário é uma boa solução para si?

| 5 min de leitura
Atualizado a 22 Julho 2025
 Investimento em imobiliário com pouco dinheiro

Conheça os vários tipos de investimentos imobiliários e fique a saber como pode investir no mercado imobiliário com pouco dinheiro.

Comprar uma casa para arrendar? Investir num fundo? Participar num projeto de crowdfunding? O investimento imobiliário continua a atrair quem procura segurança e rentabilidade, mas será mesmo a escolha certa para si? E de quanto dinheiro vai precisar para investir em imóveis e obter rendimentos?

 

 

Porque continua a atrair tantos investidores?

Mesmo num contexto económico mais exigente, o imobiliário continua a ser visto como um porto seguro. Porquê?

  • É um ativo físico: ter uma casa ou um terreno transmite uma sensação de segurança, sobretudo em comparação com investimentos mais abstratos, como ações ou criptomoedas

  • Protege contra a inflação: os imóveis tendem a valorizar no longo prazo e as rendas podem acompanhar a subida dos preços

  • Permite rendimento passivo: ao arrendar um imóvel, pode obter uma fonte de rendimento estável, especialmente em zonas com procura elevada.

 

Mas atenção: os ganhos não são garantidos e há riscos que deve conhecer. Vamos falar disso mais à frente.

 

 

Investimento imobiliário: em que posso investir?

O setor imobiliário é muito mais do que comprar um apartamento e esperar que valorize. Estas são as opções mais comuns:

 

 

Comprar para arrendar

É o modelo tradicional. Compra um imóvel e coloca-o no mercado de arrendamento, seja a longo prazo ou em regime de alojamento local (curto prazo).

  • Arrendamento a longo prazo: oferece estabilidade, menos rotatividade de inquilinos e menos gestão diária

  • Arrendamento de curta duração: pode gerar rendimentos mais altos, mas exige muito mais envolvimento (limpezas, reservas, sazonalidade, etc.).

 

 

Comprar para revender (flipping)

Compra um imóvel abaixo do preço de mercado, faz obras de valorização e revende com lucro. É uma estratégia de retorno rápido, mas de risco elevado. Exige capital, tempo, conhecimento do mercado e boa capacidade de gestão de obras.

 

 

Imobiliário comercial

Lojas, escritórios, armazéns. Este tipo de investimento costuma garantir rendas mais altas e contratos mais longos, mas pode ter maior sensibilidade à economia e exigir um investimento inicial mais elevado.

 

 

Fundos de investimento imobiliário

São carteiras de imóveis geridas por especialistas, nas quais pode investir comprando unidades de participação (como ações de um fundo). A gestão é feita por profissionais e o investimento inicial pode ser baixo.

 

  • Existem fundos abertos (mais acessíveis) e fundos fechados (normalmente para investidores institucionais)
  • A rentabilidade média dos fundos abertos tem rondado os 4% a 6% ao ano, mas não há garantia de capital, e o resgate pode demorar meses.

 

 

SIGI (versão portuguesa dos REIT)

As Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI) funcionam de forma semelhante aos Real Estate Investment Trusts (REITs) internacionais: compram imóveis para arrendamento e distribuem dividendos aos investidores.

  • São negociadas em bolsa e exigem a distribuição de pelo menos 90% dos lucros sob a forma de dividendos
  • Permitem investir com menor capital e beneficiam de algumas vantagens fiscais.

 

 

Crowdfunding imobiliário

Plataformas online permitem juntar pequenos investidores para financiar projetos imobiliários. Pode começar com valores a partir de 50 ou 100 euros.

  • Há dois tipos: por empréstimo (com juros) ou por capital (com divisão de lucros)
  • É um investimento acessível, mas arriscado — o capital não é garantido e a rentabilidade depende do sucesso do projeto.

 

 

Quanto precisa de investir?

A resposta depende da estratégia escolhida. Se optar por comprar um imóvel, vai precisar de capital significativo, tanto para a entrada como para cobrir impostos, obras, seguros e outras despesas. Fazer um crédito habitação pode ser uma opção, mas é essencial garantir que o imóvel gera rendimento suficiente para cobrir a prestação e ainda permitir algum lucro. É, portanto, uma abordagem que exige planeamento e nem sempre se adequa a todas as carteiras.

 

Por outro lado, existem formas de investir em imobiliário com valores mais acessíveis. Os fundos de investimento e as SIGI permitem começar com montantes a partir de 100 euros, enquanto o crowdfunding imobiliário aceita investimentos mínimos a partir de 50 euros.

 

 

Que riscos deve considerar?

Nenhum investimento está isento de risco. Eis alguns a ter em conta no imobiliário:

  • Liquidez: vender um imóvel ou resgatar um fundo pode demorar meses

  • Variação do mercado: uma zona pode perder valorização ou tornar-se menos atrativa

  • Custos inesperados: obras, impostos, inadimplência de inquilinos

  • Taxas de juro: se recorrer a crédito, aumentos nos juros afetam diretamente a sua rentabilidade.

 

 

7 dicas para começar a investir em imobiliário

1. Defina o seu objetivo: quer rendimento passivo, valorização rápida ou diversificar o seu património?

 

2. Avalie o seu perfil de risco: mais conservador? Prefira fundos ou imóveis para arrendamento. Mais ousado? Explore flipping ou crowdfunding

 

3. Estabeleça um orçamento realista: inclua entrada, impostos, obras, seguros e eventual recurso a crédito

 

4. Escolha bem a localização: zonas com serviços, transportes e procura garantem maior valorização e facilidade no arrendamento

 

5. Conheça a fiscalidade: conte com IMT, IMI, Imposto do Selo e, em alguns casos, tributação sobre mais-valias

 

6. Informe-se sobre o mercado: estude tendências, procure imóveis com potencial e consulte especialistas antes de avançar

 

7. Diversifique os seus investimentos: não coloque todo o capital num único imóvel ou tipo de investimento. Diversificar é reduzir o risco.

 

Se chegou até aqui e está a perguntar-se “mas, então, investir em imobiliário vale a pena?”, deixamos-lhe a nossa apreciação: para quem procura segurança, rentabilidade estável e está disposto a assumir algum risco, sim, pode ser uma boa aposta. Mas não é uma fórmula mágica.

 

A chave está em informar-se bem, avaliar as suas possibilidades e diversificar. E, claro, escolher o tipo de investimento que melhor se adapta ao seu perfil de investidor.

 

Nas palavras de Artur Mariano, autor do livro “Investir em Imobiliário: do 0 ao Milhão”: “Independentemente do que fizer, faça-o com base em dados concretos e recorra a consultores com créditos firmados na área. Especialmente se estiver a começar a investir em imóveis e não for um investidor experiente”.

 

Seja com imóveis físicos ou via fundos e plataformas digitais, o mercado imobiliário continua a oferecer oportunidades para todos os perfis - e carteiras.

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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