A prestação da casa continua a cair em 2025. O segredo está em saber até quando

4 minutos de leitura
Publicado a 8 Julho 2025
 imagem de uma casa de madeira e um símbolo de percentagem também em madeira

Nos últimos anos, a prestação da casa pesou, e muito, no orçamento das famílias. Agora que está a descer, a grande questão é: será que vai continuar?

As sucessivas subidas das taxas de juro tornaram o crédito à habitação cada vez mais pesado. Mas este ano, finalmente, o cenário começou a inverter-se. Com a descida das taxas Euribor, as mensalidades começam a ficar mais leves, e tudo aponta para que a tendência se mantenha até ao final do ano.

 

Ainda assim, convém não criar falsas expectativas: esta fase mais favorável pode não durar muito e é pouco provável que os valores de 2022 voltem a repetir-se.

 

 

O que está a fazer baixar a prestação da casa?

A principal razão tem nome: Euribor. É esta taxa que serve de base à maioria dos créditos à habitação em Portugal. E desde o final de 2023 que tem vindo a cair, depois de vários meses de subida.

 

O que está por trás desta descida? As decisões do Banco Central Europeu (BCE). Desde junho de 2024, o BCE começou a cortar gradualmente as suas taxas de juro de referência, um sinal claro de que a inflação na Zona Euro está a abrandar. Em junho de 2025, a taxa de depósito do BCE já estava nos 2% e os analistas acreditam que pode cair até 1,75% até ao final do ano.

 

Este movimento empurra a Euribor para baixo e, com isso, alivia a fatura do crédito à habitação.

 

Para perceber melhor o contexto desta descida, vale a pena olhar para a evolução das taxas Euribor nos últimos anos:

Quanto está a descer a prestação da casa?

Os números falam por si. Para um crédito de 150 mil euros a 30 anos com spread de 1%, a prestação mensal com Euribor a 6 meses desceu para cerca de 642 euros em junho de 2025, menos 56 euros face ao valor de dezembro. No caso da Euribor a 3 meses, a prestação ronda agora os 640 euros, menos 36 euros do que em março.

 

Estes valores são atualizados sempre que o contrato é revisto (de 3 em 3, 6 ou 12 meses, consoante o indexante escolhido). Por isso, quem ainda não sentiu o efeito, poderá senti-lo em breve - especialmente se tiver uma revisão agendada para o segundo semestre do ano.

 

A tendência de descida está à vista mês após mês. No gráfico abaixo, pode ver como têm evoluído as taxas Euribor a 3, 6 e 12 meses desde o início de 2025:

A prestação da casa vai continuar a baixar?

A resposta curta: sim, mas provavelmente a um ritmo mais lento.

 

As previsões apontam para que a Euribor a 6 meses ronde os 1,8% até ao final do ano, o que significa que ainda há margem para a prestação continuar a descer nos próximos meses. Contudo, os especialistas são unânimes em dizer que o BCE não deverá fazer muitos mais cortes.

 

Christine Lagarde, presidente do BCE, tem reforçado que o ciclo de cortes está a ser feito com cautela, precisamente para evitar desequilíbrios económicos.

 

Além disso, o contexto internacional pode influenciar o rumo das taxas. As tensões comerciais entre os EUA e a União Europeia, por exemplo, podem travar o crescimento económico, o que abriria espaço para mais cortes. Mas se a inflação voltar a surpreender, o BCE pode mudar de planos rapidamente.

 

 

E quem está a pensar comprar casa?

Para quem está a entrar agora no mercado, a descida da Euribor está a tornar os novos créditos mais acessíveis. Um empréstimo com Euribor a 12 meses contratualizado em junho de 2025 tem uma prestação de 638 euros, o valor mais baixo dos últimos dois anos para este tipo de crédito.

 

Este contexto pode representar uma boa oportunidade para avançar com a compra de casa, especialmente para quem tem estabilidade financeira e capacidade de resposta a possíveis oscilações futuras nas taxas.

 

 

O que fazer agora?

Mesmo com a tendência de descida, há formas de reduzir ainda mais a prestação da casa:

 

Simular diferentes cenários é sempre uma boa ideia antes de tomar qualquer decisão. E, claro, manter-se atento às próximas reuniões do BCE — a próxima acontece já em julho.

Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.

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