As moratórias de crédito têm sido, para milhares de famílias portuguesas, a principal medida de apoio numa situação de pandemia e de redução dos rendimentos.
Em breve, chegará o momento em que deverão retomar o pagamento das suas prestações de crédito. Saiba como preparar o fim da sua moratória.
As moratórias, que consistem na suspensão temporária de parte ou da totalidade da prestação para pagar um crédito são isso mesmo: um alívio temporário no orçamento durante um período em que os rendimentos diminuem.
Mas há que encarar esta solução com algumas precauções.
O prazo do empréstimo é alargado e, ao retomar o pagamento, a prestação poderá ser maior do que a que estava a pagar.
Para melhor preparar o seu orçamento para o fim da moratória, é importante saber até quando pode tirar partido deste benefício.
No caso da moratória pública, que abrange crédito habitação, crédito hipotecário e locação financeira de imóveis destinados à habitação bem como crédito pessoal para fins de educação, incluindo formação académica e profissional, há duas situações distintas:
Na moratória privada, já terminada, os prazos eram os seguintes:
Assim, e a menos que surjam novas alterações legislativas, para muitas famílias está na altura de fazer contas e começar a preparar o orçamento para o fim da moratória.
A moratória de crédito, como mecanismo de apoio, destina-se a famílias que foram afetadas pela pandemia, sofrendo perdas significativas de rendimento.
Situações de perda de emprego, de redução de horário, suspensão do contrato de trabalho ou de quebra de rendimentos estão entre as condições de acesso a esta moratória. E se, quando as moratórias foram criadas, em março de 2020, existia a esperança de que em 2021 a situação tivesse melhorado, hoje sabemos que não é bem assim.
Para muitas destas famílias, meses depois, o cenário continua a ser de grande incerteza e, muitas vezes, complicado. No entanto, mais cedo do que gostariam, terão de retomar o pagamento das prestações dos créditos em moratória.
Por isso, é importante perceber como equilibrar a sua situação financeira para que o retomar do pagamento dos créditos não seja um problema adicional.
Construa um orçamento mensal que inclua todos os rendimentos e despesas do seu agregado (fixas e variáveis).
Neste orçamento é importante contabilizar mesmo as pequenas despesas do dia a dia, que muitas vezes são esquecidas nestas contas.
Para que o processo seja mais simples, e até para facilitar os cálculos, pode recorrer a apps e sites com simuladores (por exemplo, o Todos Contam) e informação útil sobre como elaborar um orçamento.
Adicionalmente, crie uma versão do seu orçamento com a moratória e outro sem, de forma a compreender o impacto que esta mudança terá quando chegar o fim da moratória.
Ao analisar o seu orçamento familiar, procure perceber onde está a gastar o seu dinheiro e de que forma pode reduzir e otimizar as despesas da família.
Muitas vezes, as pequenas despesas são esquecidas e, quando contabilizadas, podem representar uma parte significativa do orçamento.
Nesta reorganização, e até porque, com o fim da moratória, a sua despesa vai aumentar, é fundamental encontrar formas de poupar.
Pode optar por retirar, logo no início do mês, uma parte do rendimento que será destinada a uma poupança para fazer face a um imprevisto.
Se o seu orçamento familiar tem mais despesas do que receitas, ou se é muito difícil poupar algum dinheiro ao fim do mês, fazer ajustes nas despesas é a melhor solução.
10 ideias de poupança
Assim, e para que o orçamento familiar esteja preparado para o impacto do fim da moratória, há medidas que pode tomar antes de voltar a ter essa despesa.
Conheça algumas formas de poupar que vão aumentar o rendimento disponível:
Aumentar a receita
Além de diminuir a despesa poderá, também, aumentar as receitas da família.
Uma das formas de conseguir um rendimento extra é rentabilizar um hobby. Se gosta de pintar ou de costurar, ou se tem criatividade para criar peças decorativas, faça desse talento uma forma de ganhar dinheiro.
Tem a garagem cheia de coisas que já não usa? Ainda guarda as bicicletas que os seus filhos usavam quando eram mais pequenos? Ou aquele equipamento de fitness que usou três vezes? Vender tudo o que já não utiliza tem duas vantagens: fica com mais espaço livre e com mais dinheiro na conta. Pode fazê-lo através de sites especializados, páginas nas redes sociais ou em lojas físicas que compram artigos em segunda mão.
É um desafio para muitas famílias afetadas pela crise pandémica, mas é importante para se preparar para o fim da moratória.
Se, com as recomendações anteriores, conseguir poupar e se a moratória lhe der alguma margem financeira, coloque esse dinheiro de lado. Guarde-o para o momento em que terá de voltar a amortizar a sua dívida e para garantir a estabilidade financeira da sua família.
Se tem dificuldade em poupar tendo dinheiro na conta à ordem, faça uma poupança programada, retirando, assim que recebe o ordenado, determinado valor para uma segunda conta.
Caso precise de uma motivação extra, pode aderir a desafios como o das 52 semanas, em que vai poupando 1 euro na primeira semana, dois na segunda e assim sucessivamente. Em 25 semanas terá 325€; ao fim de um ano serão 1 378€. Se este valor for poupado por dois membros de um casal, terá o dobro da poupança.
Se, ao analisar a sua situação financeira, prevê grandes dificuldades para conseguir cumprir com as suas obrigações financeiras no momento em que as despesas voltarem a aumentar, contacte o seu balcão ou gestor de conta e informe-se sobre as alternativas para a sua situação.
O mais importante é procurar uma solução assim que o problema se adivinhe, porque quanto mais cedo tomar medidas, mais fácil será evitar o incumprimento.
Comece, desde já, a preparar o orçamento da sua família para o fim da moratória.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
As moratórias de crédito têm sido, para milhares de famílias portuguesas, a principal medida de apoio numa situação de pandemia e de redução dos rendimentos.
Em breve, chegará o momento em que deverão retomar o pagamento das suas prestações de crédito. Saiba como preparar o fim da sua moratória.
As moratórias, que consistem na suspensão temporária de parte ou da totalidade da prestação para pagar um crédito são isso mesmo: um alívio temporário no orçamento durante um período em que os rendimentos diminuem.
Mas há que encarar esta solução com algumas precauções.
O prazo do empréstimo é alargado e, ao retomar o pagamento, a prestação poderá ser maior do que a que estava a pagar.
Para melhor preparar o seu orçamento para o fim da moratória, é importante saber até quando pode tirar partido deste benefício.
No caso da moratória pública, que abrange crédito habitação, crédito hipotecário e locação financeira de imóveis destinados à habitação bem como crédito pessoal para fins de educação, incluindo formação académica e profissional, há duas situações distintas:
Na moratória privada, já terminada, os prazos eram os seguintes:
Assim, e a menos que surjam novas alterações legislativas, para muitas famílias está na altura de fazer contas e começar a preparar o orçamento para o fim da moratória.
A moratória de crédito, como mecanismo de apoio, destina-se a famílias que foram afetadas pela pandemia, sofrendo perdas significativas de rendimento.
Situações de perda de emprego, de redução de horário, suspensão do contrato de trabalho ou de quebra de rendimentos estão entre as condições de acesso a esta moratória. E se, quando as moratórias foram criadas, em março de 2020, existia a esperança de que em 2021 a situação tivesse melhorado, hoje sabemos que não é bem assim.
Para muitas destas famílias, meses depois, o cenário continua a ser de grande incerteza e, muitas vezes, complicado. No entanto, mais cedo do que gostariam, terão de retomar o pagamento das prestações dos créditos em moratória.
Por isso, é importante perceber como equilibrar a sua situação financeira para que o retomar do pagamento dos créditos não seja um problema adicional.
Construa um orçamento mensal que inclua todos os rendimentos e despesas do seu agregado (fixas e variáveis).
Neste orçamento é importante contabilizar mesmo as pequenas despesas do dia a dia, que muitas vezes são esquecidas nestas contas.
Para que o processo seja mais simples, e até para facilitar os cálculos, pode recorrer a apps e sites com simuladores (por exemplo, o Todos Contam) e informação útil sobre como elaborar um orçamento.
Adicionalmente, crie uma versão do seu orçamento com a moratória e outro sem, de forma a compreender o impacto que esta mudança terá quando chegar o fim da moratória.
Ao analisar o seu orçamento familiar, procure perceber onde está a gastar o seu dinheiro e de que forma pode reduzir e otimizar as despesas da família.
Muitas vezes, as pequenas despesas são esquecidas e, quando contabilizadas, podem representar uma parte significativa do orçamento.
Nesta reorganização, e até porque, com o fim da moratória, a sua despesa vai aumentar, é fundamental encontrar formas de poupar.
Pode optar por retirar, logo no início do mês, uma parte do rendimento que será destinada a uma poupança para fazer face a um imprevisto.
Se o seu orçamento familiar tem mais despesas do que receitas, ou se é muito difícil poupar algum dinheiro ao fim do mês, fazer ajustes nas despesas é a melhor solução.
10 ideias de poupança
Assim, e para que o orçamento familiar esteja preparado para o impacto do fim da moratória, há medidas que pode tomar antes de voltar a ter essa despesa.
Conheça algumas formas de poupar que vão aumentar o rendimento disponível:
Aumentar a receita
Além de diminuir a despesa poderá, também, aumentar as receitas da família.
Uma das formas de conseguir um rendimento extra é rentabilizar um hobby. Se gosta de pintar ou de costurar, ou se tem criatividade para criar peças decorativas, faça desse talento uma forma de ganhar dinheiro.
Tem a garagem cheia de coisas que já não usa? Ainda guarda as bicicletas que os seus filhos usavam quando eram mais pequenos? Ou aquele equipamento de fitness que usou três vezes? Vender tudo o que já não utiliza tem duas vantagens: fica com mais espaço livre e com mais dinheiro na conta. Pode fazê-lo através de sites especializados, páginas nas redes sociais ou em lojas físicas que compram artigos em segunda mão.
É um desafio para muitas famílias afetadas pela crise pandémica, mas é importante para se preparar para o fim da moratória.
Se, com as recomendações anteriores, conseguir poupar e se a moratória lhe der alguma margem financeira, coloque esse dinheiro de lado. Guarde-o para o momento em que terá de voltar a amortizar a sua dívida e para garantir a estabilidade financeira da sua família.
Se tem dificuldade em poupar tendo dinheiro na conta à ordem, faça uma poupança programada, retirando, assim que recebe o ordenado, determinado valor para uma segunda conta.
Caso precise de uma motivação extra, pode aderir a desafios como o das 52 semanas, em que vai poupando 1 euro na primeira semana, dois na segunda e assim sucessivamente. Em 25 semanas terá 325€; ao fim de um ano serão 1 378€. Se este valor for poupado por dois membros de um casal, terá o dobro da poupança.
Se, ao analisar a sua situação financeira, prevê grandes dificuldades para conseguir cumprir com as suas obrigações financeiras no momento em que as despesas voltarem a aumentar, contacte o seu balcão ou gestor de conta e informe-se sobre as alternativas para a sua situação.
O mais importante é procurar uma solução assim que o problema se adivinhe, porque quanto mais cedo tomar medidas, mais fácil será evitar o incumprimento.
Comece, desde já, a preparar o orçamento da sua família para o fim da moratória.
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