Fadiga, cansaço, dores de cabeça ou falta de ar são alguns sintomas sentidos por quem recuperou de COVID-19, o chamado COVID persistente. Nas crianças, há relatos de inflamações agudas.
Dores de cabeça, cansaço físico e até confusão mental. Estes são sintomas reportados por alguns dos infetados com o novo coronavírus depois da recuperação.
A recuperação é apenas o fim da fase crítica. Muitos recuperados têm sintomas de COVID-19 por várias semanas ou meses. E há crianças com sintomas intensos várias semanas depois da doença. Afinal, que sequelas deixa a infeção por SARS-CoV-2?
Parece que ainda ninguém tem resposta para esta pergunta. Há muito que não se sabe sobre a COVID-19 e a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) tem feito eco dos apelos para se harmonizar dados sobre as sequelas da doença, para que se possa descobrir mais sobre as suas consequências a longo prazo.
Em março de 2021, a OMS fez um ponto de situação sobre o que se passa depois da infeção, onde se estimava que 1 em cada 10 infetados sinta os efeitos da COVID-19 durante 12 semanas ou até mais. Noutro estudo citado, 30% dos doentes revelava sintomas ao fim de 9 meses.
Já em julho de 2021, um estudo liderado pela University College of London mostrou que 96% dos participantes tiveram sintomas por mais de 90 dias e que há uma probabilidade de mais de 90% de esses sintomas se estenderem por 8 meses.
A esta condição tem-se chamado COVID persistente.
Já foi detetado um conjunto de sintomas que os recuperados da COVID-19 sentem meses depois do contágio. Ao registo desses sintomas prolongado no tempo tem-se chamado COVID persistente, embora ainda pouco se saiba sobre os motivos que o causam.
Os sintomas mais comuns são:
A fadiga severa é um dos sintomas mais reportados depois da recuperação da COVID-19. Há relatos de quem sente um cansaço extremo ao fazer atividades básicas do dia a dia, que antes da infeção não tinha dificuldade em realizar. Já imaginou cansar-se ao subir os degraus da sua casa?
Para quem sente os efeitos da doença a nível mental, a disfunção cognitiva já se manifestou, por exemplo, em episódios de perda de memória, confusão e dificuldade em manter a concentração.
Quanto à falta de ar, uma das recomendações médicas frequentes é ter por perto um oxímetro, um dispositivo que mede o nível de oxigénio no sangue.
Falta de ar, cansaço e disfunção cognitiva são só os sintomas mais comuns. O estudo da universidade britânica registou 203 sintomas em 10 sistemas de órgãos do corpo, como os sistemas nervoso, cardiovascular e respiratório e ainda os músculos, ossos, pele, rins ou fígado.
Entre esses 203 sintomas, há alguns tão diversos quanto a comichão na pele, a perda de memória e até alucinações.
Num episódio do seu podcast “Science in 5”, a própria Organização Mundial de Saúde fala em sintomas como:
O sistema nervoso de alguém que recuperou da infeção por COVID-19 fica marcado pelo contágio, com manifestações neurológicas e também psicológicas.
Além do “nevoeiro mental” e da fadiga, algumas sequelas da COVID no sistema nervoso passam por:
A falta de ar é outro sinal de COVID persistente. Mas só há alguns meses se começou a desvendar porquê.
Um estudo da Universidade de Oxford usou uma tecnologia inovadora de imagiologia para provar que existem sequelas de COVID nos doentes que tinham sido internados durante a doença, 3 meses depois. O estudo identificou anomalias na capacidade dos pulmões de levarem oxigénio ao sangue.
Faltam provas sobre os efeitos da COVID-19 a longo prazo, mas a Organização Mundial de Saúde reconhece que podem existir efeitos para o coração.
Outros problemas têm sido apontados no sistema cardiovascular, desde o aumento do risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral) ao enfarte do miocárdio e miocardite.
Ainda não são totalmente conhecidas eventuais doenças cardíacas que a infeção pode deixar como sequelas para futuro. Se esteve infetado com SARS-CoV-2, o recomendado é ver com o seu médico de família se convém consultar cardiologistas.
Desde o início da pandemia que vemos casos de pessoas que são internadas com COVID-19 e perdem força muscular, precisando mesmo de serem acompanhados na medicina de reabilitação, com sessões de fisioterapia.
Este é um dos efeitos graves da COVID, mas não ocorre em todos os infetados.
Alguns deles podem sentir dores nos sistemas ósseo e muscular.
Há estudos que registam efeitos 3 meses depois de os doentes terem alta. Outros analisam horizontes temporais maiores, como 6 meses. Há também relatos de sintomas a 9 meses.
O tempo é, neste caso, um aliado da investigação científica. Quantos mais dados vão sendo recolhidos, mais pormenorizada é a sua análise e mais compreensivos os estudos que a comunidade científica vai fazendo.
Consulte o seu médico de família. Se teve ou suspeita que pode ter tido COVID-19, fale com o seu médico, que conhece o seu historial e perfil.
Pergunte-lhe que acompanhamento deve ter a partir daí, se precisa de fazer exames ou estar mais atento a algum sinal em particular, nomeadamente falta de ar, dor no peito ou palpitações.
O médico poderá pedir-lhe que vigie alguns níveis como o de oxigénio no sangue.
Em alguns casos, os médicos de família podem recomendar um acompanhamento especializado, por exemplo, de cardiologistas, fisioterapeutas ou psicólogos.
O tratamento para o COVID persistente ainda não existe, porque a sua causa é desconhecida. Mas todas as semanas há descobertas sobre este vírus que parou o mundo, pelo que, o melhor é estar atento, falar com quem sabe e pode aconselhá-lo da melhor forma e consumir só a informação credível.
Quanto ao resto, siga as medidas da Direção-Geral de Saúde e proteja-se para evitar o contágio com COVID-19.
Algumas crianças têm registado sintomas fortes depois de recuperarem da infeção. Pensava-se que seriam sintomas do chamado COVID de longo prazo e, nalguns casos, eram.
Noutros casos, quando a situação se tornou mais aguda, soaram os alarmes.
Foi então identificada a Síndrome Inflamatória Multissistémica em Crianças, associada à infeção com o SARS-CoV-2.
Quanto tempo passa desde a infeção até à manifestação da síndrome, não se sabe. O que se sabe é que é caracterizada por uma hiperinflamação generalizada que pode afetar diferentes órgãos dos sistemas respiratório e cardíaco.
Quais são os sinais de alerta? Desde logo, febres altas, acima de 38 ou 39 graus, e que pouco reagem à medicação.
Nalguns casos, surgem também reações na pele como erupções e podem surgir também dores abdominais e diarreia.
Se os seus filhos tiveram COVID-19 e continuam a sentir-se cansados, com dificuldade em reagir e talvez até com falta de ar, confirme com o seu médico se podem estar a passar por esta síndrome e saiba o que deve fazer.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
Dores de cabeça, cansaço físico e até confusão mental. Estes são sintomas reportados por alguns dos infetados com o novo coronavírus depois da recuperação.
A recuperação é apenas o fim da fase crítica. Muitos recuperados têm sintomas de COVID-19 por várias semanas ou meses. E há crianças com sintomas intensos várias semanas depois da doença. Afinal, que sequelas deixa a infeção por SARS-CoV-2?
Parece que ainda ninguém tem resposta para esta pergunta. Há muito que não se sabe sobre a COVID-19 e a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) tem feito eco dos apelos para se harmonizar dados sobre as sequelas da doença, para que se possa descobrir mais sobre as suas consequências a longo prazo.
Em março de 2021, a OMS fez um ponto de situação sobre o que se passa depois da infeção, onde se estimava que 1 em cada 10 infetados sinta os efeitos da COVID-19 durante 12 semanas ou até mais. Noutro estudo citado, 30% dos doentes revelava sintomas ao fim de 9 meses.
Já em julho de 2021, um estudo liderado pela University College of London mostrou que 96% dos participantes tiveram sintomas por mais de 90 dias e que há uma probabilidade de mais de 90% de esses sintomas se estenderem por 8 meses.
A esta condição tem-se chamado COVID persistente.
Já foi detetado um conjunto de sintomas que os recuperados da COVID-19 sentem meses depois do contágio. Ao registo desses sintomas prolongado no tempo tem-se chamado COVID persistente, embora ainda pouco se saiba sobre os motivos que o causam.
Os sintomas mais comuns são:
A fadiga severa é um dos sintomas mais reportados depois da recuperação da COVID-19. Há relatos de quem sente um cansaço extremo ao fazer atividades básicas do dia a dia, que antes da infeção não tinha dificuldade em realizar. Já imaginou cansar-se ao subir os degraus da sua casa?
Para quem sente os efeitos da doença a nível mental, a disfunção cognitiva já se manifestou, por exemplo, em episódios de perda de memória, confusão e dificuldade em manter a concentração.
Quanto à falta de ar, uma das recomendações médicas frequentes é ter por perto um oxímetro, um dispositivo que mede o nível de oxigénio no sangue.
Falta de ar, cansaço e disfunção cognitiva são só os sintomas mais comuns. O estudo da universidade britânica registou 203 sintomas em 10 sistemas de órgãos do corpo, como os sistemas nervoso, cardiovascular e respiratório e ainda os músculos, ossos, pele, rins ou fígado.
Entre esses 203 sintomas, há alguns tão diversos quanto a comichão na pele, a perda de memória e até alucinações.
Num episódio do seu podcast “Science in 5”, a própria Organização Mundial de Saúde fala em sintomas como:
O sistema nervoso de alguém que recuperou da infeção por COVID-19 fica marcado pelo contágio, com manifestações neurológicas e também psicológicas.
Além do “nevoeiro mental” e da fadiga, algumas sequelas da COVID no sistema nervoso passam por:
A falta de ar é outro sinal de COVID persistente. Mas só há alguns meses se começou a desvendar porquê.
Um estudo da Universidade de Oxford usou uma tecnologia inovadora de imagiologia para provar que existem sequelas de COVID nos doentes que tinham sido internados durante a doença, 3 meses depois. O estudo identificou anomalias na capacidade dos pulmões de levarem oxigénio ao sangue.
Faltam provas sobre os efeitos da COVID-19 a longo prazo, mas a Organização Mundial de Saúde reconhece que podem existir efeitos para o coração.
Outros problemas têm sido apontados no sistema cardiovascular, desde o aumento do risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral) ao enfarte do miocárdio e miocardite.
Ainda não são totalmente conhecidas eventuais doenças cardíacas que a infeção pode deixar como sequelas para futuro. Se esteve infetado com SARS-CoV-2, o recomendado é ver com o seu médico de família se convém consultar cardiologistas.
Desde o início da pandemia que vemos casos de pessoas que são internadas com COVID-19 e perdem força muscular, precisando mesmo de serem acompanhados na medicina de reabilitação, com sessões de fisioterapia.
Este é um dos efeitos graves da COVID, mas não ocorre em todos os infetados.
Alguns deles podem sentir dores nos sistemas ósseo e muscular.
Há estudos que registam efeitos 3 meses depois de os doentes terem alta. Outros analisam horizontes temporais maiores, como 6 meses. Há também relatos de sintomas a 9 meses.
O tempo é, neste caso, um aliado da investigação científica. Quantos mais dados vão sendo recolhidos, mais pormenorizada é a sua análise e mais compreensivos os estudos que a comunidade científica vai fazendo.
Consulte o seu médico de família. Se teve ou suspeita que pode ter tido COVID-19, fale com o seu médico, que conhece o seu historial e perfil.
Pergunte-lhe que acompanhamento deve ter a partir daí, se precisa de fazer exames ou estar mais atento a algum sinal em particular, nomeadamente falta de ar, dor no peito ou palpitações.
O médico poderá pedir-lhe que vigie alguns níveis como o de oxigénio no sangue.
Em alguns casos, os médicos de família podem recomendar um acompanhamento especializado, por exemplo, de cardiologistas, fisioterapeutas ou psicólogos.
O tratamento para o COVID persistente ainda não existe, porque a sua causa é desconhecida. Mas todas as semanas há descobertas sobre este vírus que parou o mundo, pelo que, o melhor é estar atento, falar com quem sabe e pode aconselhá-lo da melhor forma e consumir só a informação credível.
Quanto ao resto, siga as medidas da Direção-Geral de Saúde e proteja-se para evitar o contágio com COVID-19.
Algumas crianças têm registado sintomas fortes depois de recuperarem da infeção. Pensava-se que seriam sintomas do chamado COVID de longo prazo e, nalguns casos, eram.
Noutros casos, quando a situação se tornou mais aguda, soaram os alarmes.
Foi então identificada a Síndrome Inflamatória Multissistémica em Crianças, associada à infeção com o SARS-CoV-2.
Quanto tempo passa desde a infeção até à manifestação da síndrome, não se sabe. O que se sabe é que é caracterizada por uma hiperinflamação generalizada que pode afetar diferentes órgãos dos sistemas respiratório e cardíaco.
Quais são os sinais de alerta? Desde logo, febres altas, acima de 38 ou 39 graus, e que pouco reagem à medicação.
Nalguns casos, surgem também reações na pele como erupções e podem surgir também dores abdominais e diarreia.
Se os seus filhos tiveram COVID-19 e continuam a sentir-se cansados, com dificuldade em reagir e talvez até com falta de ar, confirme com o seu médico se podem estar a passar por esta síndrome e saiba o que deve fazer.
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