Antes de avançar com o crédito habitação, vale a pena parar e analisar bem a simulação. Uma leitura atenta pode poupar-lhe muito no futuro.
Comprar casa é um grande passo e, na maioria das vezes, dado com a ajuda de um crédito habitação. Mas antes de assinar qualquer contrato, há algo fundamental a fazer: analisar bem a simulação de crédito.
É neste momento que se percebe o que realmente está em cima da mesa, do valor das prestações aos custos escondidos que podem pesar no bolso.
É, basicamente, o “rascunho” do empréstimo que o banco está disposto a conceder. A simulação inclui todos os detalhes importantes como o valor emprestado, a prestação mensal, os juros, os seguros obrigatórios e outros custos.
Juntamente com a simulação, o banco deve entregar a FINE (Ficha de Informação Normalizada Europeia), um documento obrigatório e padronizado que resume as condições do crédito e facilita a comparação justa entre diferentes propostas.
Nem tudo se resume ao valor da prestação. Há outros dados que, se forem ignorados, podem sair caros. Apresentamos-lhe os principais:
O banco normalmente não empresta 100% do valor da casa. O mais comum é financiar até 90%. O restante tem de sair do seu bolso (entrada inicial).
Pode escolher prazos até 40 anos (dependendo da idade), mas quanto maior o prazo, mais juros vai pagar. Um prazo mais curto implica prestações mais altas, mas um custo total menor.
Este é o número mais importante para comparar propostas. A TAEG inclui tudo: juros, comissões, seguros e outros encargos. Quanto mais baixa, melhor.
Diz quanto vais pagar no total até ao fim do crédito. É útil para ter uma noção clara do custo real do empréstimo. Uma TAEG mais baixa costuma significar um MTIC mais baixo.
É o valor que vai pagar todos os meses. Mas atenção: não escolha só com base nesta prestação. Às vezes é mais baixa porque o prazo é maior ou porque há custos escondidos.
Normalmente, tem de contratar:
Estes podem ser feitos no banco ou fora deste (onde até se pode revelar serem mais em conta). Mas note que se não contratar com a instituição onde está a negociar o crédito, o spread pode ser agravado.
Desde comissões de abertura até aos custos com avaliação do imóvel e escritura: tudo isto vem discriminado na simulação. São custos iniciais a ter em conta.
Alguns bancos pedem que abra conta, domicilie o ordenado, subscreva um cartão de crédito, entre outros. Estas “vendas associadas” podem baixar o spread, mas também aumentam os custos mensais.
Agora que já sabe o que cada elemento significa, importa perceber como fazer uma boa comparação entre propostas de diferentes bancos. Aqui vão algumas dicas práticas:
1. Olhe para a TAEG e o MTIC. Se está a comparar dois créditos com o mesmo montante e prazo, estes são os indicadores que lhe dizem qual é o mais barato no final do contrato.
2. Compare propostas com os mesmos critérios. Para ser uma comparação justa, os créditos devem ter:
3. Analise os produtos obrigatórios. Verifique se a proposta depende da subscrição de seguros, cartões ou outros serviços. E mais: tente perceber o que acontece se decidir cancelar algum desses produtos no futuro.
4. Veja a flexibilidade. Pergunte se é possível amortizar o crédito (pagar antes do tempo) sem penalizações. Por lei, a comissão de amortização está limitada a 0,5% (taxa variável) ou 2% (taxa fixa).
5. Cuidado com promoções temporárias. Alguns bancos oferecem spreads mais baixos no primeiro ano, mas depois o valor sobe. Leia as letras pequenas e confirme se a proposta mantém as condições ao longo do tempo.
Os conteúdos apresentados não dispensam a consulta das entidades públicas ou privadas especialistas em cada matéria.
O que achou deste artigo?
Queremos continuar a trazer-lhe conteúdos úteis. Diga-nos o que mais gostou.
Agradecemos a sua opinião!
A sua opinião importa. Ajude-nos a melhorar este artigo do Salto.
Agradecemos o seu contributo!
O Banco Santander Totta, S.A. é o responsável pelo tratamento dos dados pessoais recolhidos.
O Banco pode ser contactado na Rua da Mesquita, 6, Centro Totta, 1070-238 Lisboa.
O Encarregado de Proteção de Dados do Banco poderá ser contactado na referida morada e através do seguinte endereço de correio eletrónico: privacidade@santander.pt.
Os dados pessoais recolhidos neste fluxo destinam-se a ser tratados para a finalidade envio de comunicações comerciais e/ou informativas pelo Santander.
O fundamento jurídico deste tratamento assenta no consentimento.
Os dados pessoais serão conservados durante 5 anos, ou por prazo mais alargado, se tal for exigido por lei ou regulamento ou se a conservação for necessária para acautelar o exercício de direitos, designadamente em sede de eventuais processos judiciais, sendo posteriormente eliminados.
Assiste, ao titular dos dados pessoais, os direitos previstos no Regulamento Geral de Proteção de Dados, nomeadamente o direito de solicitar ao Banco o acesso aos dados pessoais transmitidos e que lhe digam respeito, à sua retificação e, nos casos em que a lei o permita, o direito de se opor ao tratamento, à limitação do tratamento e ao seu apagamento, direitos estes que podem ser exercidos junto do responsável pelo tratamento para os contactos indicados em cima. O titular dos dados goza ainda do direito de retirar o consentimento prestado, sem que tal comprometa a licitude dos tratamentos efetuados até então.
Ao titular dos dados assiste ainda o direito de apresentar reclamações relacionadas com o incumprimento destas obrigações à Comissão Nacional da Proteção de Dados, por correio postal, para a morada Av. D. Carlos I, 134 - 1.º, 1200-651 Lisboa, ou, por correio eletrónico, para geral@cnpd.pt (mais informações em https://www.cnpd.pt/).
Para mais informação pode consultar a nossa política de privacidade (https://www.santander.pt/politica-privacidade).