finanças
Os mercados financeiros são essenciais para o funcionamento das economias modernas, desempenhando as seguintes funções principais:
Mercado Primário
Mercado Secundário
Investidores
Emissores
Intermediários financeiros
Entidades reguladoras e supervisores
Liquidez
Volatilidade
Eficiência de mercado
Risco sistémico
O que é o Código ISIN
O que é o código Ticker
Quando e porquê ocorrem alterações no ISIN ou Ticker
Alterações no ISIN
Alterações no Ticker
Impacto das alterações do ISIN e Ticker no Investidor
ISIN
Ticker
Tipos de ordens
As ordens são instruções que um investidor dá a um intermediário (como um banco ou corretora) para comprar ou vender ativos. Cada tipo tem características específicas que influenciam o momento e o preço da execução.
Ordem limitada
Ordem ao mercado
Stop Loss e Take Profit (se disponíveis)
Horários de negociação
Diferença entre mercados regulados e OTC (Over The Counter)
Mercados regulados
Mercados OTC (Over The Counter)
Custos de transação
Ao comprar ou vender ativos, os investidores enfrentam vários custos:
Comissões
Spreads
O que é liquidez?
Liquidez é a facilidade com que um ativo financeiro pode ser comprado ou vendido no mercado sem causar alterações significativas no seu preço.
Importância da liquidez
O que é Slippage?
Slippage é a diferença entre o preço esperado de uma ordem de compra ou venda e o preço efetivamente obtido na execução dessa ordem.
Por que ocorre o Slippage?
Consequências do Slippage para o investidor
Como minimizar o Slippage?
Ter uma boa perceção da liquidez do mercado e do fenómeno do slippage é essencial para gerir custos e riscos na execução das ordens de investimento.
As ações são títulos de propriedade que representam uma fração do capital social de uma empresa. Ao comprar ações, o investidor torna-se coproprietário da empresa, adquirindo direitos económicos e políticos.
Direitos do acionista
Comportamento e risco
Tipos de ações
Ordinárias (Common Shares)
Preferenciais (Preferred Shares)
As obrigações são títulos de dívida que representam um empréstimo feito pelo investidor ao emissor (governo, empresa, ou outra entidade). Em troca, o emissor compromete-se a pagar juros periódicos (cupão) e reembolsar o capital na data de vencimento.
Características fundamentais
Risco de crédito
Sensibilidade às taxas de juro
Os ETFs são fundos de investimento que replicam o desempenho de um índice de mercado, setor ou classe de ativos, sendo negociados em bolsa como ações individuais.
Características e vantagens
Tipos de ETFs
O mercado de divisas (Foreign Exchange Market) é onde as moedas são negociadas, sendo o maior mercado financeiro do mundo em termos de volume de transações diárias.
Características essenciais
Risco cambial
Os warrants são instrumentos derivados que conferem ao titular o direito, mas não a obrigação, de comprar (call) ou vender (put) um ativo subjacente a um preço estabelecido (preço de exercício) até uma data pré-determinada.
Função e utilização
Riscos
São produtos financeiros estruturados que replicam o desempenho de um ou mais ativos subjacentes, podendo incluir características adicionais como proteção do capital, alavancagem ou rendimentos condicionados.
Tipos e características
Complexidade e transparência
Os derivados são contratos financeiros cujo valor depende do preço de um ativo subjacente. Utilizados para cobertura (hedging) ou especulação, exigem um conhecimento aprofundado.
Principais tipos
Utilização e risco
Os dividendos representam a parte do lucro que uma empresa distribui aos seus acionistas. São uma forma de remuneração pelo capital investido e constituem uma componente essencial da rentabilidade para muitos investidores, especialmente em ações de empresas estáveis e maduras.
Tipos de dividendos
Podem ser pagos em dinheiro (dividendos monetários) ou em ações adicionais (dividendos em espécie). O pagamento pode ser periódico (trimestral, semestral ou anual) ou extraordinário.
Dividendos em dinheiro (cash dividends)
São a forma mais comum de distribuição de lucros. A empresa transfere diretamente para os acionistas um valor em numerário, proporcional à quantidade de ações que detêm.
Vantagens para o investidor: liquidez imediata
Impacto na empresa: redução do capital disponível para reinvestimento.
Dividendos em ações (stock dividends ou scrip dividends)
A empresa distribui novas ações aos acionistas em vez de dinheiro. Cada acionista recebe ações adicionais em proporção à sua participação.
Outras formas de distribuição
Datas importantes associadas aos dividendos
Ex-dividend date (data ex-direito)
Para receber dividendos, a ação deve ser adquirida antes da ex-dividend date.
Record date (data de registo)
Payment date (data de pagamento)
É a data em que o dividendo é efetivamente creditado na conta dos acionistas.
Como interpretar o dividend yield
O dividend yield é um indicador que expressa a relação entre o dividendo anual pago por ação e o preço da ação.
Fórmula
Divide-se o valor total dos dividendos pagos por ação ao longo de um ano pelo preço atual da ação e, em seguida, multiplica-se esse resultado por 100.
Ou seja:
Dividend yield = (Dividendo anual por ação / Preço da ação) × 100
Exemplo
Se uma empresa distribui 1,20€ por ação anualmente e a ação está cotada a 30€, o dividend yield é:
Dividend yield = (1,20 ÷ 30) × 100 = 4%
Interpretação
Importante: o dividend yield deve ser analisado em conjunto com outros indicadores financeiros, como o payout ratio e a evolução dos lucros.
Impacto dos dividendos na cotação da ação
Quando uma empresa decide distribuir dividendos, essa decisão influencia diretamente o preço das suas ações, devido à relação entre o valor da empresa e o valor pago aos acionistas.
Antes da data ex-dividendo
No dia ex-dividendo
Após o pagamento do dividendo
Porque ocorre esta descida do preço?
O pagamento de dividendos representa uma saída de caixa da empresa, reduzindo o seu ativo líquido. Como consequência, o valor da empresa diminui pelo montante do dividendo pago, o que se reflete na cotação da ação.
Este fenómeno é um ajuste técnico e não significa necessariamente que a empresa está em pior situação ou que a ação perdeu valor real — o valor transferido é simplesmente passado da empresa para os acionistas.
Considerações para o investidor
O valor do dividendo sai do património da empresa, ou seja, do ponto de vista económico, o acionista recebe uma parte do valor da empresa em dinheiro, e por isso o valor da ação ajusta-se proporcionalmente.
Considerações finais
As obrigações são títulos de dívida emitidos por empresas, governos ou outras entidades, que pagam juros aos seus detentores. Estes juros são chamados de cupões
A rentabilidade total é a medida mais completa para avaliar o sucesso de um investimento, pois considera não só os rendimentos recebidos (dividendos ou juros), mas também a valorização ou desvalorização do preço do ativo.
O reinvestimento dos dividendos e juros recebidos é uma estratégia fundamental para maximizar o crescimento do capital investido ao longo do tempo.
Mais-valias (ganhos de capital)
As mais-valias correspondem aos ganhos obtidos com a alienação onerosa de ativos financeiros, como ações, obrigações, unidades de participação em fundos ou outros instrumentos cotados.
Dividendos
Os dividendos recebidos por investidores particulares também estão sujeitos a IRS.
O sistema fiscal português permite compensar mais-valias com menos-valias apuradas no mesmo ano ou nos 5 anos seguintes, desde que devidamente declaradas.
Retenção na fonte
Determinados rendimentos, como dividendos ou juros, estão sujeitos a retenção na fonte. Isto significa que o imposto é automaticamente deduzido pelo intermediário financeiro (ex: banco), sendo entregue diretamente ao Estado.
Declaração anual de IRS
Alguns rendimentos ou operações exigem a inclusão obrigatória na declaração de IRS, nomeadamente:
A tributação de fundos de investimento depende do local onde o fundo está domiciliado e da forma como os rendimentos são distribuídos ou reinvestidos.
Fundos domésticos (regulados pela CMVM e domiciliados em Portugal)
Fundos estrangeiros
Os fundos domiciliados fora de Portugal (mesmo que distribuídos por entidades portuguesas) têm regras distintas.
Aumentos de capital
Um aumento de capital ocorre quando uma empresa decide reforçar os seus recursos financeiros através da emissão de novas ações.
Reduções de capital
A empresa pode reduzir o seu capital social por várias razões:
O que são direitos de subscrição
Como funciona o exercício de direitos
Durante o prazo estabelecido, o acionista pode optar por:
Impacto na carteira
Direitos negociáveis vs. não negociáveis
Estes eventos alteram o número de ações em circulação sem mudar o valor total investido pelos acionistas.
Divisão de ações (stock split)
Consiste na divisão de cada ação em várias, sem alteração no capital total da empresa.
Agrupamento de ações (reverse split)
Consiste na fusão de várias ações num único título.
Fusões
Integração de duas empresas numa nova entidade. Pode ser feita por incorporação ou por criação de uma nova sociedade.
Aquisições
Uma empresa compra outra, podendo absorver ou manter as marcas e estrutura da empresa adquirida.
Oferta Pública de Aquisição (OPA)
Proposta formal para aquisição de ações de uma empresa cotada, apresentada por outro investidor ou empresa.
Todos estes eventos têm efeitos diretos e indiretos nas carteiras:
Considerações finais
A análise fundamental é uma abordagem de avaliação de ativos que procura determinar o valor intrínseco de uma empresa. Parte da análise das demonstrações financeiras, do setor de atividade, da qualidade da gestão, da posição competitiva e de fatores macroeconómicos.
O objetivo é comparar o valor intrínseco estimado com o preço de mercado atual e, assim, identificar se uma ação está subvalorizada (potencial de valorização) ou sobrevalorizada (potencial de correção).
PER (Price-to-Earnings Ratio ou Rácio Preço/Lucro)
Dividend Yield (Rendimento do Dividendo)
P/B (Price-to-Book Ratio ou Rácio Preço/Valor Contabilístico)
ROE (Return on Equity ou Rentabilidade dos Capitais Próprios)
Lucro por ação (Earnings per Share – EPS)
Margem líquida
A leitura dos relatórios e contas de uma empresa permite obter uma imagem clara da sua situação financeira e desempenho:
É essencial acompanhar a evolução destes dados ao longo do tempo (análise temporal) e compará-los com empresas semelhantes do mesmo setor (análise comparativa ou peer analysis).
Apesar de ser uma ferramenta poderosa, a análise fundamental apresenta algumas limitações:
Considerações finais
A análise técnica é uma metodologia que estuda padrões gráficos e indicadores estatísticos derivados do histórico de preços e volumes de negociação dos ativos financeiros. Parte do princípio de que “o preço reflete toda a informação disponível” (hipótese dos mercados eficientes em forma fraca) e que os movimentos de mercado seguem tendências reconhecíveis e repetitivas.
Ao contrário da análise fundamental, que se foca nos resultados financeiros e no valor intrínseco dos ativos, a análise técnica ignora os fundamentos da empresa e concentra-se exclusivamente no comportamento do mercado.
Gráficos de linhas
Gráficos de Barras
Gráficos de Velas Japonesas (Candlestick)
Tendência
Identificar corretamente a tendência é essencial para alinhar a estratégia do investidor com o movimento do mercado.
Suporte
Resistência
Suportes e resistências são zonas de decisão importantes, frequentemente associadas a volumes elevados de negociação.
Médias móveis (Moving averages)
As médias móveis são frequentemente usadas como sinais de compra/venda:
RSI (Índice de Força Relativa)
MACD (Moving Average Convergence Divergence)
Estes indicadores são especialmente úteis para:
A análise técnica permite
A combinação de padrões gráficos com indicadores técnicos aumenta a fiabilidade das decisões. No entanto, nenhuma ferramenta técnica garante sucesso — é essencial testá-las e adaptá-las à própria estratégia.
Considerações finais
Investir não é apenas um exercício técnico ou racional — é, também, uma atividade profundamente emocional. Muitos erros financeiros resultam da incapacidade de gerir emoções em momentos de stress, euforia ou frustração.
Medo
Ganância
Arrependimento
Os enviesamentos cognitivos são padrões mentais automáticos, muitas vezes inconscientes, que distorcem a perceção e influenciam decisões de forma sistemática. No contexto dos investimentos, estes enviesamentos podem comprometer a objetividade do investidor.
Excesso de confiança
Aversão à perda
Efeito manada
Compreender a influência da psicologia no comportamento financeiro é um passo essencial para melhorar os resultados dos investimentos. Para isso, é importante desenvolver disciplina, literacia financeira e uma abordagem estruturada à gestão do património.
Acompanhamento da carteira
Educação financeira contínua
Considerações finais
Buy & hold (comprar e manter)
Esta estratégia consiste em adquirir ativos financeiros (como ações ou fundos) com a intenção de os manter no longo prazo, independentemente das flutuações do mercado a curto prazo.
Limitações
Market Timing (temporização de mercado)
Consiste em tentar antecipar os momentos ideais de compra e venda com base em previsões de movimentos do mercado.
Referência: Vanguard (2012), “The case for indexing” – mostra que os investidores que seguem uma estratégia de buy & hold geralmente obtêm melhores resultados a longo prazo do que os que tentam fazer market timing.
Consiste em investir um valor fixo em intervalos regulares (mensalmente, por exemplo), independentemente do preço do ativo.
Investimento em valor (Value investing)
Procura ativos que estão subvalorizados em relação ao seu valor intrínseco, geralmente usando métricas como o PER ou o P/B ratio.
Investimento em crescimento (Growth investing)
Foca-se em empresas com elevado potencial de crescimento futuro, mesmo que estejam sobrevalorizadas hoje.
Investimento temático
Baseia-se em identificar tendências estruturais de longo prazo (como envelhecimento populacional, energias renováveis, inteligência artificial) e investir em empresas ou setores alinhados com essas megatendências.
Investimento ESG (Ambiental, Social e Governance)
Consiste em selecionar ativos com base em critérios de sustentabilidade, ética e responsabilidade corporativa.
Referência: MSCI ESG Research – empresas com pontuação ESG elevada apresentam, em média, menor volatilidade e maior retorno ajustado ao risco.
O perfil de risco e os objetivos de investimento mudam ao longo da vida. É fundamental ajustar a estratégia de acordo com a idade, situação financeira e horizonte temporal
Rentabilidade nominal
É o retorno bruto de um investimento num determinado período de tempo, sem ajustamentos. É o que normalmente aparece nos relatórios ou na plataforma de investimentos (ex: +6% anual).
Rentabilidade real
Reflete o ganho efetivo após deduzir o impacto da inflação. Representa o poder de compra efetivo do rendimento.
Fórmula simplificada:
Rentabilidade real ≈ rentabilidade nominal – taxa de Inflação
Exemplo: se um fundo rendeu 5% e a inflação foi 3%, o retorno real foi 2%.
Importância:
Analisar a rentabilidade real permite perceber se o investimento está efetivamente a preservar (ou aumentar) o valor do capital.
Sharpe Ratio
Alfa
Beta
Benchmark
É o índice ou referência contra o qual se mede o desempenho da carteira (ex: PSI 20, MSCI World, Euribor 3M, etc.).
Objetivos do acompanhamento
Importância
Permite distinguir entre desempenho derivado de boas decisões e aquele apenas decorrente das condições gerais de mercado.
Atenção: é fundamental escolher um benchmark relevante e coerente com a alocação da carteira.
Porquê rever a carteira regularmente
Tipos de ajustamento
Frequência recomendada
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