finanças
Ao iniciares o teu percurso como investidor, é essencial dedicares algum tempo a refletir sobre os teus objetivos e as necessidades que pretendes satisfazer através do investimento.
Por isso, antes de tomares qualquer decisão, desafiamos-te a responder a uma pergunta que parece simples (mas nem sempre é): porque quero investir?
Ter um plano ajuda a tomar decisões mais informadas e evita a improvisação — uma má conselheira no mundo dos investimentos.
Sabemos que, neste momento, tudo pode parecer demasiado novo ou complexo. São muitos conceitos e temas a considerar, muitos dos quais talvez nunca tenhas pensado. Mas não te preocupes! Vai lendo com calma, reflete, e com o tempo tudo fará mais sentido. O importante é começar.
O primeiro passo é definir os teus objetivos.
Os teus objetivos podem ser muito diferentes — e todos são válidos. Pensa no que queres que o teu dinheiro faça por ti. Aqui ficam algumas possibilidades:
Depois do “Porquê”, pensa também no “Para quando?”
Define um horizonte temporal para cada um dos teus objetivos. Isso vai ajudar-te a priorizar e escolher as estratégias de investimento mais adequadas.
E o “Quanto”?
Este colchão é o valor que decides manter em liquidez, sem investir, para fazer face a imprevistos. Uma regra comum é manter o equivalente a 6 meses de despesas essenciais. Mas este valor deve ser adaptado ao teu perfil e à tua tranquilidade.
Mesmo com uma boa preparação, deves perguntar-te:
Qual é a probabilidade de precisar do dinheiro antes do prazo definido?
Se a probabilidade for alta, pode ser preferível investir em produtos com maior liquidez — ou seja, que possam ser transformados rapidamente em dinheiro.
Duas perguntas-chave:
Se já investiste antes, recorda como reagiste em momentos de perda. Mantiveste a calma ou ficaste ansioso? Foste capaz de manter os investimentos até ao prazo previsto? Estas respostas vão ajudar-te a perceber qual o tipo de investidor que és.
Quando tiveres refletido sobre estas questões (sem pressa!), estarás mais preparado para traçar o teu plano de investimento e identificar os ativos e produtos mais adequados aos teus objetivos.
Ao longo deste percurso, vais descobrir que existem muitas formas de investir: desde a variedade de produtos (ações, obrigações, ETFs, etc.), até diferentes horizontes temporais, níveis de risco, potenciais de rentabilidade, moedas e até o melhor momento para investir.
Neste caminho do investidor, vais aprender tudo o que precisas para investires de forma independente:
Tudo isto vai ajudar-te a criar uma base sólida de conhecimento, para investires com mais confiança e consciência.
Além disso, as nossas plataformas digitais (NetBanco e App Santander) estão pensadas para que tenhas uma experiência simples, intuitiva e cómoda.
Em resumo
Tens o controlo total das tuas decisões de investimento — escolhes quando e onde comprar ou vender. Mas terás sempre ao teu lado as ferramentas e a informação necessárias para facilitar esse caminho.
Antes de começares o teu percurso no caminho do investidor, queremos partilhar contigo como o Santander vê o mundo dos investimentos. Ao longo de muitos anos a ajudar os nossos clientes a investir, desenvolvemos uma metodologia própria baseada na experiência e em princípios sólidos.
Mesmo que já tenhas esta ideia bem presente, achamos importante começar por uma razão fundamental pela qual todos os aforradores devem considerar investir: a inflação.
O que é a inflação?
A inflação é, simplesmente, o aumento do custo de vida — o preço dos bens e serviços que consumimos diariamente. Mas mais do que isso, é o principal inimigo da poupança: o teu dinheiro guardado no banco, numa gaveta ou debaixo do colchão, continuará a valer o mesmo (ex: 1.000€), mas permitirá comprar cada vez menos coisas.
Ou seja, perdes poder de compra. E a única forma de combater a inflação é pôr o dinheiro a trabalhar — investir para gerar rentabilidade a médio e longo prazo.
De aforrador a investidor
Mas investir não significa, necessariamente, aceitar riscos desmedidos, estar obcecado com os mercados, ser economista ou viver agarrado a gráficos e relatórios.
Na verdade, como disse Warren Buffett, um dos maiores investidores de sempre: "um investidor só precisa fazer algumas coisas bem, desde que evite grandes erros. Não é preciso fazer coisas extraordinárias para alcançar resultados extraordinários."
E é por isso que estamos aqui — para te guiar com simplicidade, clareza e confiança.
Algumas ideias fundamentais da nossa metodologia
Vamos partilhar contigo princípios simples, mas comprovados, seguidos por investidores experientes ao longo de décadas. O mais curioso? Todos os reconhecemos como lógicos…, mas esquecemo-nos deles assim que os mercados se tornam turbulentos.
Para evitar isso, inspira-te na mitologia grega: como Ulisses, que pediu para ser amarrado ao mastro do navio para resistir ao canto das sereias.
Cria um plano, define metas claras e cumpre-as — mesmo quando o mercado te tentar desviar.
O que deves fazer para ter sucesso no mundo dos investimentos?
Começa o quanto antes
Poucos têm noção do poder dos juros compostos até o verem em ação.
Até Einstein reconheceu a sua força: "o juro composto é a força mais poderosa do universo."
Quanto mais cedo começares, maior o efeito multiplicador do teu investimento ao longo do tempo.
Investe aos poucos
Tal como estudar um pouco todos os dias é melhor do que deixar tudo para o fim, investir gradualmente pode ajudar a reduzir o impacto emocional.
Imagina que tens 100€ para investir. Em vez de aplicares tudo de uma vez, divide por períodos (por exemplo, investir 25€ por trimestre ao longo de um ano).
Este comportamento reduz o stress e ajuda-te a manter a disciplina. Aliás, sabias que o psicólogo Daniel Kahneman ganhou o Nobel da Economia em 2002? Porque compreendeu como as emoções influenciam as decisões financeiras.
Diversifica
Sim, todos gostávamos de encontrar “aquela” ação que triplica de valor. Mas isso acontece muito raramente. E pior: se colocares todo o teu dinheiro num único ativo e ele cair, o prejuízo pode ser grande.
Diversificar é o antídoto:
Investe em diferentes tipos de ativos, setores, geografias, moedas e estilos de investimento.
A ideia é simples: quando uns ativos caem, outros podem subir — e assim compensas perdas com ganhos.
Lembra-te: não se trata de maximizar lucros, mas de minimizar erros.
E quem evita erros, aumenta a probabilidade de obter uma rentabilidade consistente a longo prazo.
Conta com um especialista
Tal como recorres a um médico ou mecânico quando precisas, nas finanças o apoio profissional também faz a diferença.
Os especialistas não têm uma bola de cristal, mas têm conhecimento, ferramentas e experiência para te ajudar a construir carteiras diversificadas, com controlo de risco e orientadas para gerar retorno ao longo do tempo.
Além disso, ter alguém a acompanhar os mercados por ti pode dar-te tranquilidade e evitar que caias em dois erros psicológicos muito comuns:
Pensa a longo prazo
Os mercados têm uma companheira constante: a volatilidade. Às vezes, esta é exagerada face aos fundamentos económicos.
A curto prazo (um mês, um trimestre, até um ano), prever o comportamento do mercado é quase impossível.
Mas quanto maior o horizonte temporal, maior a previsibilidade — e maior a probabilidade de ganhos.
Historicamente, as ações têm sido um dos ativos mais rentáveis a longo prazo — desde que estejas diversificado.
Como disse Peter Lynch, outro investidor de sucesso: "podes perder dinheiro no curto prazo, mas é no longo prazo que realmente ganhas. O destino do investidor é ditado pelo estômago, não pelo cérebro."
Em resumo:
Investir não tem de ser complicado nem assustador. Com um plano claro, disciplina e — se quiseres — o apoio certo, podes proteger o teu dinheiro da inflação e fazê-lo crescer de forma sustentável.
Sabias que podes tornar-te proprietário de empresas como a Amazon ou a Ferrari? Ou pelo menos, de uma parte delas. É isso mesmo: ao comprar ações, estás a participar no capital de empresas cotadas em bolsa.
O mercado de ações — também conhecido como bolsa de valores — está altamente desenvolvido, oferecendo a oportunidade de investir em empresas muito diversas. No mundo, existem mais de 41.000 empresas cotadas e mais de 250 mercados financeiros!
O que significa comprar uma ação de uma empresa?
Ao comprar ações, estás a:
Em que deves reparar ao escolher ações?
Selecionar boas ações exige análise. Aqui estão alguns critérios importantes:
Por que investir em ações?
Um investimento com potencial, mas também com riscos
Investir em ações é uma opção indicada para investidores que aceitam um certo nível de risco em troca da possibilidade de alcançar rentabilidades mais elevadas.
Mas atenção: existem milhares de empresas cotadas. Por isso, é essencial analisar bem cada oportunidade e escolher aquelas que consideras mais interessantes de acordo com os teus objetivos.
As ações representam a propriedade de uma parte de uma empresa.
O retorno pode surgir através de dividendos ou da valorização do preço da ação.
Uma escolha adequada para quem procura rentabilidades superiores e está disposto a assumir riscos.
Os ETFs, ou fundos cotados, são uma forma simples e eficaz de investir em temas ou setores do teu interesse — como tecnologia, saúde, matérias-primas, ou empresas norte-americanas — com a mesma facilidade de negociar ações em bolsa (sem valor mínimo e com as mesmas comissões).
A grande vantagem? Com uma única operação, podes investir numa diversificada carteira de ativos.
Vamos esclarecer alguns conceitos
Estes produtos pertencem à categoria dos chamados ETPs (Exchange Traded Products), instrumentos financeiros negociados em bolsa, emitidos por gestoras de ativos de todo o mundo. A sua função é replicar o desempenho de um ativo ou conjunto de ativos, permitindo uma exposição rápida, flexível e com baixos custos a mercados de:
Os ETFs são os mais populares, mas existem outros dois tipos de ETPs:
Como funcionam os ETFs?
Os ETFs são, normalmente, fundos de gestão passiva. Ou seja, limitam-se a seguir a evolução de um índice de referência (como o S&P 500 ou o Euro Stoxx 50), sem tentarem “bater o mercado”. Por isso, têm comissões muito mais baixas do que os fundos de investimento de gestão ativa.
Tal como as ações, os ETFs são negociados em bolsa. Podes comprá-los e vendê-los em tempo real, ao preço de mercado, o que os torna muito líquidos. Assim, os ETFs combinam as vantagens de um fundo de investimento (diversificação) com a flexibilidade das ações (compra e venda imediata).
Se tens uma ideia de investimento — por exemplo, apostar num setor, país ou tendência futura —, os ETFs são uma ferramenta eficaz para diversificar o risco e aplicar a tua estratégia de forma direcionada.
Que tipos de ETFs existem?
A oferta de ETFs é extremamente variada. Podes investir de forma diversificada e, ao mesmo tempo, com um foco muito específico. Aqui estão algumas categorias:
Vantagens dos ETFs
Os ETFs são uma excelente opção para investidores que pretendem construir uma carteira diversificada de forma prática, eficiente e com controlo total sobre o momento de entrada e saída.
Nem só os bancos podem emprestar dinheiro a uma empresa. Tu também podes fazê-lo e receber uma rentabilidade em troca.
Assim como os Estados emitem dívida pública (obrigações do Tesouro) para financiar o seu défice, as empresas também podem emitir obrigações corporativas quando necessitam de financiamento. Em vez de recorrerem a um banco, procuram investidores no mercado financeiro. Estes investidores compram os títulos de dívida, emprestando dinheiro à empresa. Em troca, recebem juros periódicos (conhecidos como cupões) e, no final do prazo, o reembolso do capital investido.
É exatamente o mesmo mecanismo utilizado pelos governos na emissão de dívida pública. A diferença é que, neste caso, o “empréstimo” é feito diretamente por investidores através de instrumentos financeiros como as obrigações.
Atualmente, o mercado de obrigações está altamente desenvolvido e o valor total das obrigações emitidas no mundo ultrapassa a capitalização bolsista global. Além disso, a emissão de novas obrigações supera largamente a quantidade de novas ações que entram em bolsa.
O que significa comprar uma obrigação (de uma empresa ou de um governo)?
Mesmo que o cupão seja fixo, o preço de compra pode não ser o mesmo do valor nominal. Isso significa que a rentabilidade efetiva da tua obrigação poderá ser maior ou menor, dependendo do preço a que a compras.
Em que deves prestar atenção ao escolher obrigações
Sendo um mercado amplo, há uma grande diversidade de obrigações. Eis os principais critérios de seleção:
Além disso, podes considerar outros fatores semelhantes aos das ações, como o setor, a localização geográfica ou o tamanho da empresa.
Para que tipo de investidor são adequadas as Obrigações?
Ideais para investidores que:
Quais são as vantagens das Obrigações?
O mercado cambial (ou mercado de divisas) é o maior do mundo — e há muitas razões pelas quais todos nós, de alguma forma, nos relacionamos com ele.
Sempre que viajas para um país com uma moeda diferente da tua, precisas de trocar a tua moeda pela moeda local para poderes cobrir as tuas despesas durante a estadia. Na prática, estás a comparar a divisa estrangeira com a tua, e dependendo da taxa de câmbio no momento da transação, vais receber mais ou menos moeda estrangeira.
Por exemplo, se fores viajar para os Estados Unidos, terás de trocar euros por dólares:
Portanto, a taxa de câmbio afeta diretamente o teu poder de compra no estrangeiro — e essa flutuação cria oportunidades de investimento.
O que é o mercado Forex?
O mercado onde se compram e vendem divisas chama-se Forex (Foreign Exchange). É o maior mercado financeiro do mundo, com um volume médio diário de transações superior a 5 biliões de dólares, e está aberto 24 horas por dia.
Neste mercado, é possível:
Quais os principais objetivos ao operar com divisas?
1. Uso transacional
Quando compras moeda estrangeira para viajar, pagar despesas ou fazer transferências — como no exemplo da viagem aos EUA. Não tem objetivo de investimento.
2. Investimento
Se acreditas que uma divisa vai valorizar ou desvalorizar em relação a outra, podes investir nesse sentido e tentar obter ganhos com a variação da taxa de câmbio
3. Cobertura cambial (hedging)
Se vais receber pagamentos futuros noutra moeda ou investir num país fora da zona euro, podes fixar hoje uma taxa de câmbio para uma data futura, eliminando o risco de variação cambial.
4. Refúgio em tempos de incerteza
Algumas moedas são consideradas “refúgios seguros”, como o dólar americano (USD) ou o franco suíço (CHF). São muito líquidas e tendem a valorizar em momentos de instabilidade, funcionando como proteção para os teus investimentos.
O que deves considerar ao operar em Forex?
Cada tipo de par tem níveis distintos de volatilidade, liquidez e fatores que influenciam o seu comportamento. Por exemplo, a coroa norueguesa está altamente correlacionada com o preço do petróleo.
Como se obtêm ganhos no mercado cambial?
Imagina que acreditas que a libra esterlina (GBP) vai valorizar face ao euro (EUR):
Cenário A – acertaste na previsão
Cenário B – a previsão falhou
Em resumo:
A taxa de câmbio entre divisas é volátil, e isso pode representar tanto riscos como oportunidades de investimento. Podes usar o mercado de divisas para:
As opções são instrumentos financeiros derivados que conferem o direito (mas não a obrigação) de comprar ou vender um ativo financeiro por um preço previamente acordado numa data futura também definida.
Quem compra esse direito (seja de compra ou de venda) paga um prémio a quem vende o direito. E quem vende o direito (de compra ou de venda) recebe esse prémio como compensação.
Pode parecer confuso à primeira vista, mas vamos simplificar:
As quatro posições possíveis:
Opção de compra (Call)
Opção de venda (Put)
Exemplo de Opção Call (de compra)
Suponhamos que as ações da ABC estão hoje a 2,50€.
Cenário A – as ações sobem para 5€ no vencimento
Cenário B – as ações caem para 1,50€
Exemplo de Opção Put (de venda)
Suponhamos que as ações da XYZ estão hoje a 3,50€.
Cenário A – as ações sobem para 5€
Cenário B – as ações caem para 1,50€
Como escolher entre Call e Put?
A tua expectativa sobre o preço do ativo subjacente (ações, índices, etc.) é o que determina qual estratégia seguir:
O que deves analisar ao negociar opções?
Um warrant é um instrumento financeiro derivado que concede ao comprador o direito de comprar ou vender um ativo subjacente (ações, índices, divisas, etc.) a um preço previamente acordado, numa data futura específica.
Ao contrário das opções tradicionais, os warrants são emitidos por instituições financeiras ou empresas (neste caso, geralmente sobre as suas próprias ações), o que introduz um risco adicional: o risco de crédito do emitente.
Se a entidade emissora entrar em falência, poderás não conseguir exercer o direito ou perder o capital investido.
Tipos de warrants
Importante:
Diferentemente das opções tradicionais, não podes vender um warrant para assumir uma posição de vendedor. Apenas podes comprar este tipo de direito. Por esse motivo, também irás pagar um preço (ou prémio) ao adquiri-lo.
No mais, os warrants funcionam de forma bastante semelhante às opções, e por isso, recomendamos que revejas a secção anterior sobre Opções para entender os princípios básicos.
O que é um certificado?
Um certificado é um produto financeiro estruturado que permite ao investidor acompanhar a evolução de um ou mais ativos — como ações, índices, matérias-primas ou taxas de juro — sem precisar de os adquirir diretamente.
Estes produtos são emitidos por bancos ou instituições financeiras e foram concebidos para proporcionar aos investidores um acesso mais simples a mercados ou estratégias específicas, podendo incluir características como proteção parcial ou total do capital, limites de perda, ou potenciais bónus de rendimento.
Porque investir em certificados?
Os certificados são ideais para investidores que procuram:
Consoante a estrutura do certificado, o investidor pode beneficiar de:
O que deves saber antes de investir:
Exemplo prático:
imagina que queres investir no índice Euro Stoxx 50, mas procuras reduzir a exposição ao risco.
Um banco pode emitir um certificado com proteção parcial do capital e potencial de ganho limitado.
É fundamental entender a importância de uma diversificação adequada. Aquela frase que já deves ter ouvido inúmeras vezes, "não coloque todos os ovos na mesma cesta", tem um significado muito mais profundo do que parece à primeira vista.
E por que isso é tão importante?
A resposta é simples: se todos os ativos em que investes são semelhantes, a tua carteira pode ter um bom desempenho se o mercado evoluir positivamente. No entanto, se o mercado tiver uma queda, todos os ativos se comportarão da mesma forma, o que resultará numa desvalorização significativa da carteira.
A razão principal para diversificar não é apenas procurar uma rentabilidade mais alta, mas sim reduzir o risco. A diversificação permite incorporar ativos que, quando alguns investimentos vão mal, podem apresentar um bom desempenho.
Diversificar não significa apenas incluir muitos ativos na tua carteira. Se todos os ativos têm características muito semelhantes e dependem dos mesmos fatores, a diversificação será limitada.
Exemplo de comparação de carteiras
Carteira 1
Carteira 2
A Carteira 1 parece diversificada, mas na realidade está fortemente concentrada no setor automóvel e na região da União Europeia:
Por outro lado, a Carteira 2 tem menos ativos, mas o risco está mais bem distribuído:
Essa carteira, ao incluir produtos garantidos, oferece maior proteção do capital, reduzindo o risco.
A diversificação não é apenas uma ferramenta de controle de risco, mas também pode ajudar a identificar oportunidades de rentabilidade. Se diversificares de forma correta, estarás a explorar melhores oportunidades em diferentes ativos, regiões e setores.
Diversificação não é só geográfica ou setorial
Também podes considerar diversificar entre tipos de ativos. Além de ações, por exemplo, podes incluir ativos de proteção. Existem ativos que tendem a ter um bom desempenho quando os mercados estão em queda ou incertos, como o ouro, o dólar americano ou a dívida pública dos EUA. Esses são conhecidos como ativos-refúgio, e podem ajudar a proteger a tua carteira.
Ao decidir investir, é importante estar informado sobre a situação económica, geopolítica e os mercados financeiros, para escolher o melhor momento para agir. Não só sobre o mercado em que pensas investir, mas também sobre a empresa ou o setor em questão.
Aqui estão algumas dicas para te manter atualizado:
Estar informado é uma excelente forma de estar preparado para aproveitar as melhores oportunidades.
Existem analistas financeiros independentes que estudam as empresas listadas em Bolsa e emitem recomendações sobre o seu potencial de valorização. Eles analisam os dados financeiros da empresa e o comportamento histórico dos seus preços para sugerir se é melhor comprar, vender ou manter as ações.
Consultar a visão de analistas pode ajudar a complementar a tua própria análise, oferecendo uma perspetiva experiente.
Gostarias de experimentar ser investidor sem arriscar o teu dinheiro? Podes treinar com a Carteira Virtual, simulando investimentos com dinheiro fictício. Esta ferramenta permite-te aprender de forma prática e sem risco.
Se pensares na famosa frase do desporto "joga como treinas", pode ser uma boa ideia tratar as tuas simulações de investimento como reais para maximizar os benefícios do treino.
Poderás acompanhar a evolução da tua carteira virtual e tomar decisões de manter, comprar ou vender com base na tua análise.
Nos passos anteriores, já viste como investir em ações, ETFs e warrants permite que acedas a mercados globais. A operação é simples, mas é importante conhecer alguns pontos chave para executar os teus investimentos com mais segurança.
Passos principais para comprar e vender:
Carteira de títulos
Primeiro, para comprares qualquer um desses ativos, precisas de abrir uma carteira de títulos, onde os ativos serão depositados. Nessa conta, poderás ver todos os ativos que vais adquirindo para a tua carteira. Podes escolher em qual carteira de títulos (já que podes abrir várias) pretendes realizar a operação.
Depois de abrir a carteira, já podes começar a investir.
Seleção do subjacente
O próximo passo é escolher o ativo específico no qual desejas investir, chamado de subjacente. Deves garantir que o identificas corretamente, seja pelo nome ou pelo código, para evitar escolher um ativo semelhante por engano. Existem dois tipos de códigos para isso: ticker e ISIN.
Por exemplo, no caso das ações do Banco Santander, o ticker é SAN SM Equity e o ISIN é ES0113900J37.
Definir o valor a investir
Ao definir o valor a investir, é importante saber que ações e ETFs não podem ser divididos em frações menores do que uma unidade. Portanto, o número de ações (para ações e warrants) ou participações (para ETFs) deverá ser inteiro.
Não há um valor mínimo para investir. Podes comprar desde 1 título.
Existem duas formas de definir o valor a investir: por número de títulos ou por quantia em moeda na qual o ativo está listado. Contudo, as transações são sempre processadas por número de títulos, sendo o valor apenas indicativo (calculado com base no preço de mercado).
Mercado e moeda
É importante teres em mente o mercado em que o ativo está listado, pois isso afetará a moeda na qual o ativo é negociado.
Tipos de ordens
Depois de definir o subjacente, o número de títulos e o valor a investir, terás de escolher o tipo de ordem que queres enviar ao mercado. Existem várias opções, tanto para ordens de compra como de venda:
Ordens padrão:
Ordens Smart:
Cancelamento de ordens
Se, por algum motivo, decidires que já não queres comprar ou vender as ações ou ETFs nos quais colocaste uma ordem, podes cancelar a ordem (desde que ela ainda não tenha sido executada).
Execução das operações
Após a execução da compra ou venda, os ativos serão depositados ou levantados imediatamente da sua carteira de títulos, e este movimento será refletido na sua conta à ordem, no dia da liquidação financeira. Os ativos serão depositados ou levantados imediatamente da sua carteira de títulos, e este movimento será refletido na sua conta à ordem no dia da liquidação financeira.
Custos de compra e venda
Deves estar ciente de que todas as operações de compra e venda envolvem comissões. Antes de confirmares a ordem, poderás ver todos os detalhes e custos envolvidos.
Eventos corporativos
Nas ações, podem ocorrer eventos corporativos que podem afetar a tua posição. Estes eventos podem ser voluntários ou obrigatórios para os acionistas. Poderás consultar no net banco estes eventos corporativos.
Exemplos de eventos corporativos:
Explicamos todos os aspetos que deves conhecer para realizar operações de obrigações.
Seleção da obrigação
Em primeiro lugar, deves selecionar a obrigação com a qual desejas operar. Podes procurar e selecionar as obrigações com base em diversos critérios:
Cálculo do valor de compra
Após selecionares a obrigação com a qual desejas operar, deves indicar o valor a investir. Para saber o valor exato que deves desembolsar na compra de uma obrigação, deves considerar duas variáveis fundamentais: valor nominal e cotação (preço ex-cupão).
Vamos a um exemplo:
Qual é o valor a pagar pelo nominal?
Desejas comprar a obrigação da empresa ABC, com vencimento a 27 de maio de 2030 e código ISIN XS0099887766. O valor nominal (ou valor mínimo para investir) desta obrigação é de 100.000 euros. O nominal não é negociável e está predefinido. Não poderás investir um valor nominal inferior.
Suponhamos que esta obrigação esteja a ser cotada a 101,1 (preço ex-cupão). Deves realizar o seguinte cálculo para saber o valor a pagar pelo nominal:
Ou seja, quando decidires comprar uma obrigação, deves ter em mente o valor nominal (mínimo de investimento), a cotação (preço ex-cupão), o cupão corrido e a moeda.
Execução da compra ou venda
Quando executares a compra ou venda de obrigações, poderás ver o movimento na tua carteira de títulos, bem como o movimento correspondente na conta corrente associada à carteira de títulos.
Acompanhar as operações realizadas é uma das partes-chave da jornada do investidor. Nesse sentido, uma das variáveis mais importantes nas quais deves prestar atenção é a evolução da rentabilidade dos teus investimentos. Isso permitirá compreender como estão a evoluir os teus investimentos, se estão a atingir as tuas expectativas ou a detetar comportamentos inesperados, tanto positivos quanto negativos, seja em cada posição individualmente, como na totalidade da tua carteira.
A rentabilidade, embora pareça ser um conceito amplamente conhecido, pode ser expressa de diversas maneiras, fornecendo informações relevantes para entender o comportamento dos teus investimentos. A seguir, explicamos algumas das formas de calcular e interpretar a rentabilidade dos teus investimentos, para que possas compreender os conceitos apresentados ao consultares os teus investimentos. Não precisas calcular a rentabilidade, mas é importante entender o que significa cada conceito.
Rentabilidade
A rentabilidade é a soma da valorização e do rendimento do teu investimento.
Nesse contexto, a valorização determina-se pela variação do preço do produto/instrumento desde a sua aquisição. O rendimento é o montante efetivamente recebido do produto/instrumento, comumente conhecidos como rendimentos de capital mobiliário (exemplos: dividendos de ações, devoluções de prémios, reduções de nominal, etc.).
Período
A rentabilidade pode ser calculada para diferentes períodos:
Estado da rentabilidade
Outro ponto importante é conhecer o estado da rentabilidade dos teus investimentos. Devemos lembrar que a rentabilidade de um investimento só se concretiza quando a operação de desinvestimento (venda) é realizada. Portanto, enquanto o investimento se mantiver na carteira, falaremos de uma "rentabilidade latente", que pode variar conforme o comportamento do ativo. Ou seja, a rentabilidade latente refere-se às posições vivas na data final do período consultado. Por outro lado, uma vez realizada a operação de desinvestimento, falaremos de "rentabilidade realizada", que se refere às posições transferidas, amortizadas ou vendidas durante o período de consulta.
Rentabilidade simples
A rentabilidade simples (também conhecida como rentabilidade acumulada) mede o lucro obtido com um investimento. Ou seja, ela avalia a razão entre os ganhos ou perdas obtidas e o valor inicial investido.
Imagina que realizaste dois investimentos, (A) e (B), em momentos diferentes e com montantes distintos: o investimento inicial em (A) foi de 100 euros em janeiro de 2021, e o investimento inicial em (B) foi de 50 euros em janeiro de 2019. Em outubro de 2021, decides vender ambos os investimentos por 150 euros cada um. A rentabilidade simples de cada investimento seria:
Essa é a rentabilidade simples em termos percentuais, mas saberias calcular a rentabilidade monetária de cada investimento? Para isso, basta multiplicar a rentabilidade percentual pelo valor inicial investido. Assim, no exemplo dos investimentos A e B:
Com essa informação, poderíamos concluir que o investimento (B) foi muito mais rentável que o investimento (A)? Depende de como olhares para a situação. Em termos absolutos, a resposta é clara: sim. No entanto, veremos a seguir como analisar a rentabilidade a partir de outra perspetiva, levando em consideração o tempo necessário para alcançar essa rentabilidade.
Rentabilidade anualizada
Outra forma de medir a rentabilidade de um investimento é por meio da rentabilidade anualizada. Esta métrica indica quanto terias ganho ou perdido se o prazo do teu investimento tivesse sido de um ano. Ela é muito útil quando queremos comparar investimentos com durações diferentes. Assim, poderíamos comparar a rentabilidade de um investimento realizado em três meses com um investimento de um ano e meio. No primeiro caso, a rentabilidade anualizada assume que o desempenho obtido em três meses será repetido ao longo do ano. No segundo caso, calcula-se a rentabilidade que deveria ter sido alcançada a cada ano para alcançar o mesmo desempenho.
Retomemos o exemplo anterior: qual seria a rentabilidade anualizada de cada investimento
Como podes ver, e ao contrário do que parecia ao analisar a rentabilidade simples, a rentabilidade anualizada mostra que o investimento em (A) parece muito mais interessante, pois gerou uma rentabilidade maior em termos relativos, considerando o tempo necessário para atingi-la. A rentabilidade anualizada permite comparar investimentos realizados em períodos diferentes e com prazos distintos.
Depois de decidires investir, é importante acompanhares as tuas operações e os ativos que te interessam. Para isso, recomendamos que uses o nosso sistema de alertas automáticos — uma forma simples e eficaz de te manteres informado sobre o que mais importa nos teus investimentos.
Receber alertas automáticos sobre a execução, cancelamento ou rejeição de ordens por notificação push no telemóvel e por e-mail ou sms.
Se quiseres automatizar ainda mais o acompanhamento dos teus investimentos (ou simplesmente evitar perder tempo a monitorizar tudo), podes configurar alertas de preço. Recebes um aviso quando um ativo atinge o preço que definiste. Isto ajuda-te a concentrar-te no que interessa e evita decisões impulsivas em momentos de maior volatilidade.
Ativa os alertas para não perderes nada de importante!
Proteger o teu investimento deve ser um dos teus principais objetivos.
Limita as perdas!
Um stop loss é uma ordem de venda que se ativa automaticamente quando o preço de um ativo atinge um determinado valor. Assim, limitas as tuas perdas — ou proteges ganhos — sem teres de estar sempre a acompanhar o mercado.
Imagina que compras uma ação por 5€. Podes definir um stop loss nos 4,5€ (queda de 10%). Se o valor cair, a venda é feita automaticamente, travando maiores prejuízos.
O mesmo se aplica se a ação subir. Por exemplo, se ela chegar a 5,5€, podes mover o stop loss para esse valor e proteger o teu lucro.
Mantém a composição da tua carteira
Com o tempo, os ativos na tua carteira podem desviar-se da distribuição inicial (por exemplo, 30% obrigações e 70% ações). Esse desequilíbrio muda o teu perfil de risco — mesmo que não faças nenhuma operação.
Por isso, deves rebalancear a carteira periodicamente (por exemplo, uma vez por ano), ou sempre que detetares alterações significativas.
Mercado demasiado valorizado? Usa um Reverse ETF
Um Reverse ETF replica o comportamento inverso de um índice. Por exemplo, se o Ibex 35 cair 5%, o ETF sobe 5%. Se achares que o mercado está sobrevalorizado, esta pode ser uma forma de proteger a tua carteira contra possíveis quedas.
Garante o teu investimento
Os produtos garantidos asseguram total ou parcialmente o capital investido e podem ainda oferecer uma rentabilidade potencial. São indicados para quem procura segurança e não quer estar exposto à volatilidade do mercado. No entanto, têm rendimentos mais baixos, por isso é boa ideia combiná-los com outros produtos de maior rentabilidade.
Mesmo sendo todos diferentes, muitos investidores cometem os mesmos erros — quase sempre por razões emocionais ou psicológicas. O segredo é reconhecer esses padrões e adotar uma estratégia disciplinada.
Não te deixes levar pela volatilidade
Os preços dos ativos podem oscilar muito — por vezes sem razão aparente. Evita reagir a quedas súbitas. A história mostra que os mercados tendem a recuperar. Se acreditares que os fundamentos continuam sólidos, mantém o investimento dentro do horizonte temporal que definiste.
Diversifica a tua carteira
Evita apostar tudo num só ativo. A tentação de encontrar “a próxima grande oportunidade” é real, mas arriscada. Diversifica os teus investimentos por diferentes ativos, setores e regiões para reduzir o risco.
Evita o excesso de confiança
É fácil cair na armadilha de pensar que sabemos mais do que realmente sabemos. O excesso de confiança leva muitas vezes a erros repetidos. Mantém uma postura realista, informa-te bem e segue sempre o teu plano.
finanças
finanças
finanças
finanças